Aluísio Azevedo - O Cortiço (Clássicos eternos de Aluísio Azevedo)

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O Cortiço (Clássicos eternos de Aluísio Azevedo): краткое содержание, описание и аннотация

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A obra descreve a ascensão social do comerciante português João Romão, dono de uma venda, uma pedreira e um cortiço, próximo ao sobrado de um patrício endinheirado, o comendador Miranda. A rivalidade entre os dois aumenta à medida que cresce o número de casinhas do cortiço, alugadas, na sua maioria, pelos empregados da pedreira, que também fazem compras na venda de João Romão, que, desse modo passa a enriquecer rapidamente. Com a intenção obsessiva de tornar-se rico, João Romão economiza cada moeda e explora quem quer que seja sempre que tem oportunidade, como o faz com a escrava fugida chamada Bertoleza que o auxilia no trabalho duro e para quem ele forjou um documento de alforria.
O Cortiço é um romance naturalista do brasileiro Aluísio Azevedo publicado em 1890 que denuncia a exploração e as péssimas condições de vida dos moradores das estalagens ou dos cortiços cariocas do final do século XIX.

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– É justamente quanto lhes dou.

– ...melhor seria tomar dois bons trabalhadores de cinquenta, que fazem o dobro do que fazem aqueles monos e que podem servir para outras coisas! Parece que nunca trabalharam! Olhe, é já a terceira vez que aquele que ali está deixa cair o escopro! Com efeito!

João Romão ficou calado, a cismar, enquanto voltavam. Vinham ambos pensativos.

– E você, se eu o tomar – disse depois o vendeiro –, muda-se cá para a estalagem?...

– Naturalmente! Não hei de ficar lá na cidade nova, tendo o serviço aqui!...

– E a comida, forneço-a eu?...

– Isso é que a mulher é quem a faz; mas as compras saem-lhe da venda...

– Pois está fechado o negócio! – deliberou João Romão, convencido de que não podia, por economia, dispensar um homem daqueles. E pensou lá de si para si: “Os meus setenta mil-réis voltar-me-ão à gaveta. Tudo me fica em casa!”

– Então estamos entendidos?...

– Estamos entendidos!

– Posso amanhã fazer a mudança?

– Hoje mesmo, se quiser; tenho um cômodo que lhe há de calhar. É o número 35. Vou mostrar-lho.

E aligeirando o passo, penetraram na estrada do capinzal com direção ao fundo do cortiço.

– Ah! É verdade! Como você se chama?

– Jerônimo, para o servir.

– Servir a Deus. Sua mulher lava?

– É lavadeira, sim, senhor.

– Bem, precisamos ver-lhe uma tina.

E o vendeiro empurrou a porta do fundo da estalagem, de onde escapou, como de uma panela fervendo que se destapa, uma baforada quente, vozeria tresandante à fermentação de suores e roupa ensaboada secando ao sol.

Capítulo V

No dia seguinte, com efeito, ali pelas sete da manhã, quando o cortiço fervia já na costumada labutação, Jerônimo apresentou-se junto com a mulher, para tomarem conta da casinha alugada na véspera.

A mulher chamava-se Piedade de Jesus; teria trinta anos, boa estatura, carne ampla e rija, cabelos fortes de um castanho fulvo, dentes pouco alvos, mas sólidos e perfeitos, cara cheia, fisionomia aberta; um todo de bonomia toleirona, desabotoando-lhe pelos olhos e pela boca numa simpática expressão de honestidade simples e natural.

Vieram ambos à boleia da andorinha que lhes carregou os trens. Ela trazia uma saia de sarja roxa, cabeção branco de paninho de algodão e na cabeça um lenço vermelho de alcobaça; o marido a mesma roupa do dia anterior.

E os dois apearam-se muito atrapalhados com os objetos que não confiaram dos homens da carroça; Jerônimo abraçado a duas formidáveis mangas de vidro, das primitivas, dessas em que se podia à vontade enfiar uma perna; e a Piedade atracada com um velho relógio de parede e com uma grande trouxa de santos e palmas bentas. E assim atravessaram o pátio da estalagem, entre os comentários e os olhares curiosos dos antigos moradores, que nunca viam sem uma pontinha de desconfiança os inquilinos novos que surgiam.

– O que será este pedaço de homem? – indagou a Machona da sua vizinha de tina, a Augusta Carne-Mole.

– A modos – respondeu esta –, que vem para trabalhar na pedreira. Ele ontem andou por lá um ror de tempo com o João Romão.

– Aquela mulher que entrou junto será casada com ele?

– É de crer.

– Ela me parece gente das ilhas.

– Eles o que têm é muito bons trastes de seu! – interveio a Leocádia. – Uma cama que deve ser um regalo e um toucador com um espelho maior do que aquela peneira!

– E a cômoda, você viu, Nhá Leocádia? – perguntou Florinda, gritando para ser ouvida, porque entre ela e a outra estavam a Bruxa e a velha Marciana.

– Vi. Rico traste!

– E o oratório, então? Muito bonito!...

– Vi também. É obra de capricho. Não! Eles sejam lá quem for, são gente arranjada... Isso não se lhes pode negar!

– Se são bons ou maus só com o tempo se saberá!... – arriscou Dona Isabel.

– Quem vê cara não vê corações... – sentenciou o triste Albino, suspirando.

– Mas o número 35 não estava ocupado por aquele homem muito amarelo que fazia charutos?... – inquiriu Augusta.

– Estava – confirmou a mulher do ferreiro, a Leocádia –, porém creio que arribou, devendo não sei quanto, e o João Romão então esvaziou-lhe ontem a casa e tomou conta do que era dele.

– É! – acudiu a Machona. – Ontem, pelo cair das duas da tarde, o Romão andava aí às voltas com os cacarecos do charuteiro. Quem sabe, se o pobre homem não levou a breca, como sucedeu àquele outro que trabalhava de ourives?

– Não! Este creio que está vivo...

– O que lhe digo é que aquele número 35 tem mau agouro! Eu cá por mim não o queria nem de graça! Foi lá que morreu a Maricas do Farjão!

Três horas depois, Jerônimo e Piedade achavam-se instalados e dispunham-se a comer o almoço, que a mulher preparara o melhor e o mais depressa que pôde. Ele contava aviar até a noite uma infinidade de coisas, para poder começar a trabalhar logo no dia seguinte.

Era tão metódico e tão bom como trabalhador quanto o era como homem.

Jerônimo viera da terra, com a mulher e uma filhinha ainda pequena, tentar a vida no Brasil, na qualidade de colono de um fazendeiro, em cuja fazenda mourejou durante dois anos, sem nunca levantar a cabeça, e de onde afinal se retirou de mãos vazias e uma grande birra pela lavoura brasileira. Para continuar a servir na roça tinha que sujeitar-se a emparelhar com os negros escravos e viver com eles no mesmo meio degradante, encurralado como uma besta, sem aspirações, nem futuro, trabalhando eternamente para outro.

Não quis. Resolveu abandonar de vez semelhante estupor de vida e atirar-se para a Corte, onde, diziam-lhe patrícios, todo o homem bem-disposto encontrava furo. E, com efeito, mal chegou, devorado de necessidades e privações, meteu-se a quebrar pedra em uma pedreira, mediante um miserável salário. A sua existência continuava dura e precária; a mulher já então lavava e engomava, mas com pequena freguesia e malpaga. O que os dois faziam chegava-lhes apenas para não morrer de fome e pagar o quarto da estalagem.

Jerônimo, porém, era perseverante, observador e dotado de certa habilidade. Em poucos meses se apoderava do seu novo ofício e, de quebrador de pedra, passou logo a fazer paralelepípedos; e depois foi-se ajeitando com o prumo e com a esquadria e meteu-se a fazer lajedos; e finalmente, à força de dedicação pelo serviço, tornou-se tão bom como os melhores trabalhadores de pedreira e a ter salário igual ao deles. Dentro de dois anos, distinguia-se tanto entre os companheiros, que o patrão o converteu numa espécie de contramestre e elevou-lhe o ordenado a setenta mil-réis.

Mas não foram só o seu zelo e a sua habilidade o que o pôs assim para a frente; duas outras coisas contribuíram muito para isso: a força de touro que o tornava respeitado e temido por todo o pessoal dos trabalhadores, como ainda, e, talvez, principalmente, a grande seriedade do seu caráter e a pureza austera dos seus costumes. Era homem de uma honestidade a toda prova e de uma primitiva simplicidade no seu modo de viver. Saía de casa para o serviço e do serviço para casa, onde nunca ninguém o vira com a mulher senão em boa paz; traziam a filhinha sempre limpa e bem-alimentada, e, tanto um como o outro, eram sempre os primeiros à hora do trabalho. Aos domingos iam às vezes à missa ou, à tarde, ao Passeio Público; nessas ocasiões, ele punha uma camisa engomada, calçava sapatos e enfiava um paletó; ela, o seu vestido de ver a Deus, os seus ouros trazidos da terra, que nunca tinham ido ao monte de socorro, malgrado as dificuldades com que os dois lutaram a princípio no Brasil.

Piedade merecia bem o seu homem, muito diligente, sadia, honesta, forte, bem-acomodada com tudo e com todos, trabalhando de sol a sol e dando sempre tão boas contas da obrigação, que os seus fregueses de roupa, apesar daquela mudança para Botafogo, não a deixaram quase todos.

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