Ursula Le Guin - A Mão Esquerda da Escuridão

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A Mão Esquerda da Escuridão: краткое содержание, описание и аннотация

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Genly Ai foi enviado a Gethen com a missão de convencer seus governantes a se unirem a uma grande comunidade universal. Ao chegar no planeta Inverno, como é conhecido por aqueles que já vivenciaram seu clima gelado, o experiente emissário sente-se completamente despreparado para a situação que lhe aguardava. Os habitantes de Gethen fazem parte de uma cultura rica e quase medieval, estranhamente bela e mortalmente intrigante. Nessa sociedade complexa, homens e mulheres são um só e nenhum ao mesmo tempo. Os indivíduos não possuem sexo definido e, como resultado, não há qualquer forma de discriminação de gênero, sendo essas as bases da vida do planeta. Mas Genly é humano demais. A menos que consiga superar os preconceitos nele enraizados a respeito dos significados de feminino e masculino, ele corre o risco de destruir tanto sua missão quanto a si mesmo.

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A gíria karhideana para designá-los é “semimortos”, pois são estéreis.

O Pervertido do grupo, após aquele primeiro longo e estranho olhar dirigido a mim, não prestou mais atenção a ninguém a não ser ao seu vizinho, o kemmerer, cuja sexua­lidade ativa seria estimulada gradativamente até se formar uma capacidade feminina completa, por essa insistente e exagerada masculinidade do Pervertido. Este mantinha-se falando suavemente, inclinando-se para ele, que respondia pouco e parecia se encolher. Os outros estavam calados e não havia outro som a não ser o murmúrio do Pervertido. Faxe observava atentamente um dos zanis. O Pervertido colocou a mão rápida e suavemente na do kemmerer, que esgueirou-se ao tato, com medo ou repulsão, e olhou para Faxe como que pedindo auxílio. Faxe não se mexeu. O kemmerer então permaneceu no seu lugar e não se moveu quando seu vizinho o tocou novamente.

Um dos zanis ergueu o rosto e emitiu um longo e falso riso: “Ah, ah, ah…” Faxe ergueu a mão. Imediatamente todos os rostos do círculo se voltaram para ele, como se tivesse juntado o grupo num só feixe.

Era uma tarde chuvosa aquela. A luz acinzentada tinha se desvanecido nas estreitas e altas janelas; agora, frestas de luz se alongavam pelo solo, como velas fantásticas, longos triângulos da parede ao chão e sobre o rosto dos nove. Vinham do luar lá fora. O fogo havia se extinguido há muito e não havia outra luz senão estas listas pálidas deslizando pelo círculo, desenhando um rosto, uma mão, um dorso imóvel.

Por instantes vi o perfil de Faxe rígido e pálido como uma pedra clara naquela luz difusa do anoitecer. A diagonal do luar atingiu as costas do kemmerer de cabeça encurvada sobre os joelhos, mãos crispadas, corpo tremendo ao ritmo regular das batidas das mãos do zani sobre as pedras. Esta­vam todos ligados, ligadíssimos, como se fossem ponto de união de uma teia de aranha. Eu sentia, independente de minha vontade, a conexão que os ligava, sem palavras, inar­ticulada, através de Faxe, que tentava controlar e manobrar, pois ele era o centro, o mestre, o áugure-mor. A luz fraca acabou por desaparecer ao atingir a parede oposta; mas aque­la rede de forças, de tensões no silêncio, crescia.

Eu tentava me manter mentalmente desligado deles; fiquei muito inquieto por aquela tensão silenciosa e elétrica, por uma sensação de ser sugado para lá, tornando-me um ponto, uma figura integrada também naquela rede. Porém sempre que tentava erguer uma barreira psíquica entre mim e eles era pior: sentia-me cortado e acuado dentro de mim mesmo, com a mente perseguida por alucinações da visão e do tato, um caldeirão fervente de imagens selvagens, visões abruptas e sensações carregadas de tensões sexuais grotescas, violentas, um fermentar vermelho e negro de raiva erótica. Sentia-me como que sugado para dentro de aberturas, de bocas com lábios esfarrapados, vaginas, feridas, entradas do inferno; perdia meu equilíbrio, caía… Se não conseguisse deter esse caos, despencaria mesmo, ficaria louco e não sa­beria como recobrar-me disto. As forças de empatia que estavam em ação eram imensamente poderosas e confusas. Surgidas da perversão e frustração do sexo, estavam muito acima do meu controle e da minha repressão. Entretanto, elas estavam controladas. O centro ainda era Faxe. Horas se passaram, não havia mais luar, apenas escuridão, e no centro dela estava Faxe — a pitonisa — uma mulher, uma mulher vestida de luz. Era uma luz prateada; de prata era sua armadura… Uma mulher vestida com armadura de prata com uma espada… A luz subitamente aumentou, tornou-se fogo, intolerável, e ela gritou, numa expressão de dor e terror:

— Sim! Sim! Sim!

O riso histérico do zani recomeçou e cresceu, cada vez mais forte, até atingir uma altura insuportável, indo e vindo, oscilante, muito mais forte que qualquer voz humana poderia gritar, perfurando o tempo. Houve movimentos no escuro, uma confusão de pés se arrastando e como que uma quebra de encanto, uma evasão de prenúncios.

— Luz! Luz! — exclamou uma voz poderosa. Inúme­ras vezes: — Luz! Luz! Acendam a lareira! Luz!

Era o médico de Spreve. Ele havia entrado no círculo e o encantamento se quebrara. Estava ajoelhado ao lado dos zanis, as peças mais vulneráveis do grupo. Ambos estavam encolhidos no chão. O kemmerer repousava com sua cabeça nos joelhos de Faxe, respirando ofegantemente, ainda tremendo todo. A mão de Faxe acariciava seu cabelo, com uma certa gentileza ausente. O Pervertido tinha se retirado para um canto, soturno e deprimido. A sessão tinha terminado, o tempo continuava como sempre. A rede de energia se dis­solvera em cansaço e mal-estar. Onde estava a minha respos­ta, a predição do oráculo, a ambígua enunciação da profecia?

Ajoelhei ao lado de Faxe. Olhou-me com seu olhar lím­pido. Por instantes eu o vi, como antes, no escuro, como uma mulher vestida de luz e queimando no fogo, gritando: “Sim!”

A voz suave de Faxe quebrou a visão.

— Obteve sua resposta, Enviado?

— Sim, áugure-mestre.

Na verdade ele me havia respondido. A resposta havia sido “sim”. Daqui a cinco anos, Gethen seria um membro do Conselho Ecumênico. Nenhum enigma; nada excuso ou dúbio. Naquele mesmo momento fiquei certo da qualidade da resposta. Não tanto uma profecia, mas uma constatação. Não era possível negar minha própria certeza de que a res­posta estava certa. Tinha a clareza imperativa de uma pre­monição.

Temos naves Nafal e transmissão instantânea e comu­nicação mental, mas não tínhamos ainda conquistado o dom da premonição. Para isto, tínhamos que ir a Gethen.

Dias depois, Faxe conversava comigo:

— Eu sirvo como um fio condutor; a energia se con­densa em nós, sempre indo e voltando, redobrando o impulso cada vez mais até que explode e a luz se faz em mim, em torno de mim; eu passo a ser a própria luz. O velho homem do Monastério Arbin disse uma vez que se o áugure-mor pudesse ser colocado no vácuo, no momento exato da respos­ta, ele permaneceria queimando por anos. É isso que os yomeshtas acreditam que Meshe faça — que ele vê o pas­sado e o futuro, nitidamente, não por um momento, mas durante toda a sua vida. É difícil de acreditar. Duvido que alguém possa suportá-lo. Más não importa…

Nusuth, a ambígua negativa do handdara.

Passeávamos lado a lado e Faxe me olhava. Seu rosto, um dos mais belos rostos humanos que eu já vira, parecia duro e ao mesmo tempo delicado, como mármore esculpido.

— No escuro — disse ele —, havia dez pessoas e não nove. Havia um estranho.

Éverdade, havia. Eu não tinha barreiras contra vo­cês. Faxe, você é aquele que escuta, um ser com empatia natural e provavelmente um telepata natural e poderoso tam­bém. É por isso que você é o responsável, o que pode con­servar as tensões e reações do grupo circulando numa inten­sidade sempre crescente até que a tensão explode e você consegue, neste momento máximo, a resposta.

Ele me escutou com grave interesse.

— É estranho ver os mistérios do meu ofício vistos do lado de fora, através de outros olhos e outras mentes. Tenho-os visto, sempre, do ângulo interno, como um discípulo.

— Se você permitir, Faxe, isto é, se desejar, gostaria de me comunicar com você através de uma conversação mental.

Estava seguro de que ele era uma fonte natural de po­der comunicador, e alguma prática bastaria para derrubar, um pouco, a barreira do seu inconsciente.

— Uma vez feito isso, eu ouviria o que os outros pensam?

— Não, não. Não além do que você já consegue através da empatia. Comunicação mental é comunicação voluntária, enviada e recebida.

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