Paulo Coelho - O Alquimista

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«Estava penetrando na Linguagem do Mundo, e tudo nesta terra faz sentido, até mesmo o voo de gaviões», disse.

E aproveitou para agradecer pelo fato de estar cheio de amor por uma mulher. «Quando se ama, as coisas fazem ainda mais sentido», pensou.

De repente, um gavião deu um rápido mergulho no céu e atacou o outro. Quando fez este movimento, o rapaz teve uma súbita e rápida visão: um exército, de espadas desembainhadas, entrando no oásis. A visão logo sumiu, mas aquilo lhe deixou sobressaltado. Havia ouvido falar das miragens, e já havia visto algumas: eram desejos que se materializavam sobre a areia do deserto. Entretanto, ele não desejava um exército invadindo o oásis.

Pensou em esquecer aquilo e voltar à sua meditação. Tentou novamente concentrar-se no deserto côr-de-rosa e nas pedras. Mas alguma coisa em seu coração não o deixava quieto.

«Siga sempre os sinais», dissera o velho rei. E o rapaz pensou em Fátima. Lembrou-se do que havia visto, e pressentiu que estava próximo de acontecer.

Com muita dificuldade, saiu do transe em que havia entrado. Levantou-se, e começou a caminhar em direção às tamareiras. Mais uma vez percebia as muitas linguagens das coisas: desta vez, o deserto era seguro, e o oásis se transformara em perigo.

O cameleiro estava sentado aos pés de uma tamareira, também olhando o pôr-do-sol. Viu quando o rapaz surgiu por detrás de uma das dunas.

— Um exército se aproxima — disse. — Tive uma visão.

— O deserto enche de visões o coração de um homem — respondeu o cameleiro.

Mas o rapaz lhe contou dos gaviões: estava olhando seu vôo quando tinha mergulhado de repente na Alma do Mundo.

O cameleiro ficou quieto; entendia o que o rapaz estava falando. Sabia que qualquer coisa na face da terra pode contar a história de todas as coisas. Se abrisse um livro em qualquer página, ou olhasse as mãos das pessoas, ou cartas de baralho, ou voo dos pássaros, ou seja lá o que fosse, qualquer pessoa iria encontrar um laço com a coisa que estava vivendo. Na verdade, não eram as coisas que mostravam nada; eram as pessoas que, olhando para as coisas, descobriam a maneira de penetrar na Alma do Mundo.

O deserto estava cheio de homens que ganhavam a vida porque podiam penetrar com facilidade na Alma do Mundo. Eram conhecidos por Adivinhos, e temidos por mulheres e velhos. Os Guerreiros raramente os consultavam, porque era impossível entrar numa batalha sabendo quando se vai morrer. Os Guerreiros preferiam o sabor da luta e a emoção do desconhecido; o futuro havia sido escrito por Allah, e o que quer que Ele tivesse escrito, era sempre para o bem do homem.

Então os Guerreiros viviam apenas o presente, porque o presente era cheio de surpresas, e eles tinham que prestar atenção em muitas coisas: onde estava a espada do inimigo, onde estava seu cavalo, qual o próximo golpe que devia desferir para salvar a vida.

O cameleiro não era Guerreiro, e já havia consultado alguns adivinhos. Muitos disseram coisas certas, outros disseram coisas erradas.

Até que um deles, o mais velho (e o mais temido), perguntou porque o cameleiro estava tão interessado em saber o futuro.

— Para que possa fazer as coisas — respondeu o cameleiro. — E mudar o que não gostaria que acontecesse.

— Então deixará de ser seu futuro — respondeu o adivinho.

— Talvez então eu queira saber o futuro para me preparar para as coisas que virão.

— Se forem coisas boas, isto será uma agradável surpresa — disse o adivinho. — Se forem coisas ruins, você estará sofrendo muito antes delas acontecerem.

— Quero saber o futuro porque sou um homem — disse o cameleiro para o adivinho. E os homens vivem em função do seu futuro.

O adivinho ficou quieto por algum tempo. Ele era especialista no jogo de varetas, que eram atiradas no chão e interpretadas da maneira que caíam. Naquele dia ele não jogou as varetas. Envolveu-as num lenço e tornou a colocar no bolso.

— Ganho a vida adivinhando o futuro das pessoas — disse ele. — Conheço a ciência das varetas, e sei como utilizá-la para penetrar neste espaço onde tudo está escrito.

Ali posso ler o passado, descobrir o que já foi esquecido, e entender os sinais do presente.

«Quando as pessoas me consultam, eu não estou lendo o futuro; estou adivinhando o futuro. Porque o futuro pertence a Deus, e ele só o revela em circunstâncias extraordinárias. E como consigo adivinhar o futuro? Pelos sinais do presente. No presente é que está o segredo; se você prestar atenção no presente, poderá melhorá-lo. E se você melhorar o presente, o que acontecerá depois também será melhor.

Esqueça o futuro e viva cada dia de sua vida nos ensinamentos da Lei, e na confiança de que Deus cuida dos seus filhos.

Cada dia traz em si a Eternidade».

O cameleiro quis saber quais as circunstâncias em que Deus permitia ver o futuro:

— Quando Ele mesmo o mostra. E Deus mostra o futuro raramente, e por uma única razão: é um futuro que foi escrito para ser mudado.

Deus tinha mostrado um futuro ao rapaz, pensou o cameleiro. Porque queria que o rapaz fosse o Seu instrumento.

— Vá falar com os chefes tribais — disse o cameleiro. — Conte dos guerreiros que se aproximam.

— Eles vão rir de mim.

— São homens do deserto, e os homens do deserto estão acostumados com os sinais.

— Então já devem saber.

— Não estão preocupados com isto. Acreditam que se tiverem que saber algo que Allah deseje lhe contar, alguma pessoa lhes dirá isto. Já aconteceu muitas vezes antes. Mas hoje, esta pessoa é você.

O rapaz pensou em Fátima. E resolveu ir ver os chefes tribais.

— Trago sinais do deserto — disse ao guarda que ficava na porta da imensa tenda branca no centro do oásis. — Quero ver os chefes.

O guarda não disse nada. Entrou e demorou-se muito lá dentro. Depois saiu com um árabe jovem, vestido de branco e ouro. O rapaz contou ao jovem o que havia visto. Ele pediu que esperasse um pouco e tornou a entrar.

A noite caiu. Entraram e saíram vários árabes e mercadores. Aos poucos as fogueiras foram se apagando, e o oásis começou a ficar tão silencioso como o deserto. Só a luz da grande tenda continuava acesa. Durante todo este tempo, o rapaz pensava em Fátima, ainda sem entender a conversa daquela tarde.

Finalmente, depois de muitas horas de espera, o guarda mandou que o rapaz entrasse.

O que viu deixou-o extasiado. Nunca poderia imaginar que, no meio do deserto, existisse uma tenda como aquela. O chão estava coberto com os mais belos tapetes que já havia pisado, e do teto pendiam lustres de metal amarelo trabalhado, coberto de velas acessas. Os chefes tribais estavam sentados no fundo da tenda, em semicírculo, descansando seus braços e pernas em almofadas de seda com ricos bordados. Criados entravam e saíam com bandejas de prata cheias de especiarias e chá. Alguns se encarregavam de manter acesas as brasas dos narguilés. Um suave perfume de fumo enchia o ambiente.

Haviam oito chefes, mas o rapaz logo percebeu quem era o mais importante: um árabe vestido de branco e ouro, sentado no centro do semicírculo. Ao seu lado estava o jovem árabe com quem tinha conversado antes.

— Quem é o estrangeiro que fala de sinais? — perguntou um dos chefes, olhando para ele.

— Eu sou — respondeu. E contou o que havia visto.

— E por que o deserto ia contar isto a um estranho, quando sabe que estamos há várias gerações aqui? — disse outro chefe tribal.

— Porque meus olhos ainda não se acostumaram com o deserto — respondeu o rapaz. — E eu posso ver coisas que os olhos habituados demais não conseguem mais ver.

«É porque eu sei da Alma do Mundo», pensou consigo mesmo. Mas não falou nada, porque os árabes não acreditam nestas coisas.

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