Antônio Silva - Guerras do Alecrim e da Manjerona

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( Entra Dona Clóris )

Dona Clóris: Oh! Quanto folgo que já estejas bom!

Semicúpio: E tão bom que parece que nunca tive nada.

Dona Clóris: Com que saraste?

Semicúpio: Com o mesmo mal; porque também há males que vêm por bem.

Dona Clóris: Que dizes, que te não entendo? Estás louco?

Semicúpio: Meu amo ainda o está mais do que eu, desde que te viu assim por maior esta manhã; e assim para significar-te a tremendíssima eficácia de seu amor, aqui me manda a teus pés, minto, aos teus átomos, para que com os disfarces do Alecrim possa merecer os teus agrados.

Dona Clóris: Sevadilha, põe-te a espreitar não venha alguém.

Sevadilha: Sim Senhora. Arrelá como ardil do homem! (vai-se)

Dona Clóris: E quem é esse teu ano que tanto me adora?

Semicúpio: É o Senhor Dom Gilvaz, cavalheiro de tão lindas prendas, com verbi gratia Londres e Paris.

Dona Clóris: Que oficio tem?

Semicúpio: Há de ter um de defuntos, quando morrer.

Dona Clóris: E enquanto vivo, em que se ocupa?

Semicúpio: Em morrer por vossa mercê.

Dona Clóris: Fala a propósito.

Semicúpio: Senhora, meu amo não necessita de ofícios para manter os seus estados , porque tem várias propriedades consigo muito boas; além disso tem uma quinta na semana, que fica entre a quarta e a sexta, tão grande que é necessário vinte e quatro horas, para se correr toda.

Dona Clóris: Quanto fará toda de renda?

Semicúpio: Não se pode saber ao certo; sei que tem várias rendas em Flandres, e outras em Peniche, e estas bem grossas; também tem um foro de fidalgo, e um juro de nobreza.

Dona Clóris: Basta que é fidalgo?

Semicúpio: Como as estrelas, que as vê ao meio-dia, e as estas horas não vê outra coisa; e certamente lhe posso dizer que é tão antiga a sua descendência, que diz muita gente, que descende de Adão.

Dona Clóris: Se isso é assim, talvez, que me incline a quere-lo para meu esposo.

Semicúpio: Venha a resposta, senhora, que meu amo está esperando com língua de palmo.

Dona Clóris: Pois ouve o que lhe hás de dizer.

Canta Dona Clóris a seguinte

Ária

Dirás ao meu bem,
Que não desconfie,
Que adore, que espere,
Que não desespere,
Que à sua firmeza Constante serei.
Que firme eu também
A tanta fineza
Amante, constante
Extremos farei. ( vai-se )

Semicúpio: Vencido está o negocio; mas o capote do velha cá não há de ficar por vida de Semicúpio; que se a ocasião faz o ladrão, hei de sê-lo por não perder a ocasião. ( vai-se com o capote ).

( Entra Sevadilha )

Sevadilha: Espera, homem, onde levas o capote? E foi-se como um cesto rosto? Ai, mofina desgraçada, que há de ser de mim se meu amo não achar o seu rico capote?

( Entra Dom Lancerote )

Dom Lancerote: Já sarou o homem, Sevadilha?

Sevadilha: Sim, Senhor.

Dom Lancerote: Já se foi?

Sevadilha: Sim, Senhor.

Dom Lancerote: Guardaste o capote?

Sevadilha: ( à parte ) Ai é ela.

Dom Lancerote: Não ouves? Guardaste o capote?

Sevadilha: Qual capote?

Dom Lancerote: O meu.

Sevadilha: Qual meu?

Dom Lancerote: O meu de Saragoça.

Sevadilha: Ah sim, o capote do homem do Alecrim?

Dom Lancerote: Qual homem?

Sevadilha: O do acidente.

Dom Lancerote: Tu zombas?

Sevadilha: Zombaria fora, o homem levou o capote.

Dom Lancerote: O meu capote?

Sevadilha: Eu não sei, se ele era de vossa mercê, o que sei é que o homem do Alecrim levou um capote, com que estava coberto.

Dom Lancerote: E como o levou?

Sevadilha: Nos ombros.

Dom Lancerote: O meu capote furtado?

Sevadilha: Pois nunca se viu furtar um capote?

Dom Lancerote: Não, bribantona, que era um capote aquele que nunca ninguém o furtou. Oh, dia infeliz, dia aziago, dia indigno de que o Sol te visite com os seus raios!

Sevadilha: Santa Bárbara!

Dom Lancerote: Tu, descuidada, hás de por para ali o meu capote, ou do corpo t’o hei de tirar.

Sevadilha: Como m’o há de tirar do corpo se eu o não tenho?

Dom Lancerote: Desta sorte.

Cantam Dom Lancerote e Sevadilha: a seguinte

Ária a duo

Dom Lancerote:

Moça tonta, descuidada,

Sevadilha:

Há mulher mais desgraçada
Neste mundo? Não, não há.

Dom Lancerote:

Se não dás o meu capote,
Tua capa hei de rasgar.

Sevadilha:

Não me rasgue a minha capa.

Dom Lancerote:

Dá-me, moça o meu capote.

Sevadilha:

Minha capa.

Dom Lancerote:

Meu capote.

Ambos:

Trata logo de o pagar.

Dom Lancerote:

Meu capote assim furtado!

Sevadilha:

Meu adorno assim rasgado!

Ambos:

Que desgraça!

Dom Lancerote:

Contra a moça.

Sevadilha:

Contra o velho.

Ambos:

A justiça hei de chamar:
Meu capote donde está? ( vão-se ).

Cena III

Praça: no fim haverá uma janela. Entra Dom Gilvaz embuçado.

Dom Gilvaz: disse a Semicúpio que aqui o esperava; mas tarda tanto que entendo o apanharam na empresa. Mas, se será aquele, que ali vem? Não é Semicúpio que ele não tem capote. Quem será?

( Entra Semicúpio embuçado em um capote ).

Semicúpio: Lá está um vulto embuçado no meio do caminho; queira Deus não me chegue ao vulto; não sei se torne para trás, mas pior é mostrar covardia; eu faço das tripas coração; vou chegando, mas sempre de longe.

Dom Gilvaz: Ele se vem chegando, e eu confesso que não estou todo trigo.

Semicúpio: Este homem não está aqui para bom fim; eu finjo-me valente: afaste-se lá, deixe-me passar, aliás o passarei.

Dom Gilvaz: Vossa mercê pode passar.

Semicúpio: ai, que é D. Gil! Pois agora farei com que me tenha por valoroso. Quem está ai? Fale, quando não despeça-se desta vida que o mando para a outra.

Dom Gilvaz: Primeiro perderá a sua, quem me intenta reconhecer.

Semicúpio: Tenha mão, Senhor Dom Gilvaz, que sou Semicúpio.

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