Talvez ela apenas estivesse sendo paranoica porque um babaca havia, basicamente, tentado estupra-la. Aquela adrenalina adicional que estava fluindo por ela era uma combinação insalubre. Ela apenas precisava ir para casa, tomar um banho e ir para a cama. Aquela porcaria de fazer festas tinha que acabar.
Ela se aproximou do apartamento, esperando que sua colega de quarto não estivesse em casa. Ela faria milhares de perguntas do porquê ela chegara cedo em casa. Fazia isso porque era intrometida e não tinha uma vida própria... e não porque se importava.
Ela subiu os degraus do prédio. Quando abriu a porta e entrou, olhou para a rua, com aquela sensação de estar sendo observada novamente. No entanto, as ruas estavam vazias; a única coisa que viu foi um casal se beijando com força na frente de um prédio próximo ao dela. Ela também viu a mesma van vermelha. Estava estacionada no semáforo, numa espécie de marcha lenta. Sophie se perguntou se havia algum babaca dirigindo, assistindo a pegação na frente do outro prédio.
Com uma série de arrepios, Sophie entrou. A porta se fechou, deixando a noite atrás dela. Mas aquele sentimento inquietante permaneceu.
***
Ela acordou quando sua colega de quarto saiu na manhã seguinte. A chata barulhenta estava, provavelmente, saindo para comprar mais mangas ou mamãos para seus pretenciosos smoothies de fruta. Sophie tinha certeza que sua colega de quarto não tinha aulas naquela manhã. Ela olhou para o relógio e viu que eram dez e meia
Merda, ela pensou. Ela teria aula em uma hora e não conseguiria chegar a tempo. Precisava que tomar banho, comer algo e então ir para o campus. Ela suspirou, pensando em como havia permitido se tornar aquele tipo de garota. Seria assim agora? Deixaria seu drama pessoal atrapalhar sua educação e melhora de vida? Ela estava—
Uma batida na porta interrompeu suas reflexões internas. Ela resmungou e saiu da cama. Vestia apenas calcinhas e uma camiseta fina de algodão, mas aquilo não importava. Tinha quase certeza que era sua colega de quarto. A idiota provavelmente havia deixado sua carteira. Ou chaves. Ou alguma coisa...
Outra batida, macia, mas insistente. Sim… era sua colega de quarto. Só ela tinha aquele jeito irritante de bater.
- Calma aí! – Sophie gritou.
Ela chegou na porta e abriu, destrancando a fechadura. Encontrou-se olhando para um estranho. Havia algo errado no rosto dele–foi a primeira coisa que ela notou.
E a última.
O estranho invadiu o apartamento, fechando a porta rapidamente. Antes que Sophie pudesse gritar, havia uma mão em sua garganta e um pano sob sua boca. Ela respirou uma dose pesada de algum tipo de produto químico – um cheiro tão forte que encheu seus olhos de água enquanto ela lutava contra os braços do estranho.
Sua luta diminuiu rapidamente. No momento em que qualquer medo real pudesse tomar conta dela, o mundo havia se tornado uma sombra preta que levou Sophie a um lugar mais escuro e profundo que o sono.
Noites que não eram cheias de trabalho ou agitadas não eram algo com o qual Avery estava acostumada. Então, quando se via em uma noite assim, ela nunca sabia como agir. No momento, estava sentada em seu sofá, segurando seu telefone e enviando uma mensagem para Rose. Ela sabia que se realmente fosse manter Rose em sua vida a partir de agora, teria que torna-la sua prioridade.
Sim, ela tinha as notas do caso de Patty Dearbone em sua frente, mas elas não a estavam consumindo. Ela também tinha uma cópia da carta que o assassino enviara e mesmo que aquilo a provocasse, ela fez o melhor que pode para colocar Rose acima de tudo naquele momento. Em suas mensagens para a filha, estava descobrindo que Rose estava esperando por algum tipo de atenção, mesmo que não estivesse ciente disso. Ela estava fofocando com uma garota adolescente, falando sobre garotos e filmes. Elas também estavam planejando a próxima saída juntas. Avery tomou o cuidado de contar a Rose o que estava acontecendo em seu trabalho. Assim, se alguma coisa acontecesse e interferisse nos planos, não seria algo que surgiria do nada.
Tentando se acostumar com as estranhas conversas com sua filha de 19 anos, Avery também estava curtindo outro aspecto em sua vida com o qual ela ainda não estava acostumada: ter Ramirez na maior parte do tempo.
Ele estava sentado no lado oposto do sofá, com as pernas esticadas. Seus pés estavam entrelaçados, com os dedos roçando preguiçosamente.
Isso é meio triste, ela pensou. Fofo... mas triste. Eu pensei que essa parte da minha vida tinha acabado... brincando com os dedos com um belo homem mem meu sofá. Essa é a minha vida agora?
Ela riu para si mesma. Não pode evitar. Algumas vezes as surpresas da vida iam além do que era possível compreender.
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