ATRAÍDAS
(UM MISTÉRIO DE RILEY PAIGE – LIVRO 4)
BLAKE PIERCE
Blake Pierce
Blake Pierce é autor da série bestseller de mistérios RILEY PAGE, que inclui sete livros (e ainda há mais por vir). Ele também é o autor da série de mistério MACKENZIE WHITE, que inclui cinco livros (mais estão previstos); da série de mistério AVERY BLACK, composta por quatro livros (mais por vir); e da nova série de mistério KERI LOCKE.
Um leitor ávido e fã de longa data dos gêneros de mistério e suspense, Blake adora ouvir as opiniões de seus leitores. Então, por favor, sinta-se à vontade para visitar o site www.blakepierceauthor.com e manter contato.
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LIVROS ESCRITOS POR BLAKE PIERCE
SÉRIE DE MISTÉRIO DE RILEY PAIGE
SEM PISTAS (Livro #1)
ACORRENTADAS (Livro #2)
ARREBATADAS (Livro #3)
ATRAÍDAS (Livro #4)
PERSEGUIDA (Livro #5)
SÉRIE DE ENIGMAS MACKENZIE WHITE
ANTES QUE ELE MATE (Livro nº1)
ANTES QUE ELE VEJA (Livro nº2)
SÉRIE DE ENIGMAS AVERY BLACK
MOTIVO PARA MATAR (Livro nº1)
MOTIVO PARA CORRER (Livro nº2)
SÉRIE DE MISTÉRIO KERI LOCKE
RASTRO DE MORTE (Livro 1)
INDICE
PRÓLOGO
CAPÍTULO UM
CAPÍTULO DOIS
CAPITULO TRÊS
CAPÍTULO QUATRO
CAPÍTULO CINCO
CAPÍTULO SETE
CAPÍTULO OITO
CAPITULO NOVE
CAPÍTULO DEZ
CAPÍTULO ONZE
CAPÍTULO DOZE
CAPÍTULO TREZE
CAPÍTULO CATORZE
CAPÍTULO QUINZE
CAPÍTULO DEZASSEIS
CAPÍTULO DEZASSETE
CAPITULO DEZOITO
CAPÍTULO DEZANOVE
CAPÍTULO VINTE
CAPÍTULO VINTE E UM
CAPÍTULO VINTE E DOIS
CAPÍTULO VINTE E TRÊS
CAPÍTULO VINTE E QUATRO
CAPÍTULO VINTE E CINCO
CAPÍTULO VINTE E SEIS
CAPÍTULO VINTE E SETE
CAPÍTULO VINTE E OITO
CAPÍTULO VINTE E NOVE
CAPÍTULO TRINTA
CAPÍTULO TRINTA E UM
CAPÍTULO TRINTA E DOIS
CAPÍTULO TRINTA E TRÊS
CAPÍTULO TRINTA E QUATRO
CAPÍTULO TRINTA E CINCO
CAPÍTULO TRINTA E SEIS
CAPÍTULO TRINTA E SETE
CAPÍTULO TRINTA E OITO
CAPÍTULO TRINTA E NOVE
CAPÍTULO QUARENTA
CAPITULO QUARENTA E UM
CAPÍTULO QUARENTA E TRÊS
CAPÍTULO QUARENTA E QUATRO
CAPÍTULO QUARENTA E CINCO
CAPÍTULO QUARENTA E SEIS
CAPÍTULO QUARENTA E SETE
CAPÍTULO QUARENTA E OITO
Sentado no carro, o homem dava sinais de alguma preocupação. Ele sabia que tinha que se apressar. Naquela noite era importante que tudo corresse bem. A grande questão era saber se a mulher seguiria aquele percurso à hora habitual.
Eram onze horas da noite e o momento aproximava-se.
O homem recordou-se da voz que ouvira, uma voz que ecoara na sua cabeça antes de chegar àquele local. A voz do avô.
“Espero que tenhas razão quanto ao horário dela, Mafarrico.”
Mafarrico. O homem sentado no carro não gostava daquela forma de tratamento. Não era o seu nome. Era um dos nomes que se dava ao diabo com origem no folclore popular. Para o avô, ele não era mais do que uma “semente maligna”.
O avô chamara-o de Mafarrico desde sempre. Apesar de todas as outras pessoas o chamarem pelo seu nome, o nome que lhe ficara gravado de forma mais profunda fora Mafarrico. Ele odiava o avô, mas não o conseguia tirar da cabeça.
Mafarrico esbofeteou-se várias vezes numa tentativa de fazer desaparecer aquela voz.
Doera e, por alguns instantes, fora inundado por uma sensação de calma.
Apesar do riso monótono do avô ainda ecoar algures dentro de si, naquele momento parecia ter-se esbatido ligeiramente.
Olhou ansiosamente para o relógio. Passavam alguns minutos das onze. Será que ela se atrasaria? Iria para outro lugar? Não, não era o seu estilo. Ele vigiara os seus movimentos durante vários dias e constatara que era sempre pontual e mantinha sempre a mesma rotina.
Se ao menos ela soubesse tudo o que estava em jogo. O avô castigá-lo-ia se estragasse tudo. Mas era mais do que isso. O próprio mundo parecia ter os dias contados. A sua responsabilidade era enorme e Mafarrico sentia esse peso indelevelmente.
Entretanto, luzes de faróis trespassaram a escuridão da estrada e o homem suspirou de alívio. Só podia ser ela.
Aquela estrada rural fazia ligação a poucas casas. Estava quase sempre deserta àquela hora da noite, exceto no momento em que a mulher regressava do trabalho em direção à casa onde alugara um quarto.
Mafarrico dispusera o seu carro de forma a ficar de frente para o da mulher e parou-o bem no meio daquela pequena estrada de terra batida. O homem estava fora do carro com as mãos a tremer, manuseando uma lanterna sobre o capô, esperando que o estratagema resultasse.
O seu coração bateu com mais força quando o carro da mulher passou ao lado do seu.
Para! Pediu ele, silenciosamente. Para, por favor!
E logo de seguida o carro parou a pouca distância do seu.
O homem reprimiu um sorriso.
Mafarrico virou-se e olhou em direção às luzes. Sim, era o carrinho maltrapilho da mulher, tal como previra.
Agora, restava-lhe apenas atraí-la até ele.
Ela baixou o vidro, ele encarou-a e sorriu-lhe de forma agradável.
“Parece que fiquei apeado,” Disse ele.
Apontou de forma descontraída a lanterna na direção do seu rosto. Sim, não havia dúvida de que era ela.
Mafarrico reparou que ela tinha um rosto encantador e franco. Mais importante de tudo, ela era muito magra, algo que ia ao encontro do que pretendia.
Era uma pena o que teria que lhe fazer. Mas era como o avô sempre dissera: “É para o bem comum.”
Era verdade e Mafarrico sabia-o. Se a mulher ao menos compreendesse, talvez até estivesse disposta a sacrificar-se. Afinal de contas, o sacrifício era uma das mais nobres caraterísticas da natureza humana. Ela devia dar-se por contente por poder contribuir.
Mas ele sabia que isso seria esperar demais. As coisas iriam desenrolar-se de forma violenta e confusa, como aliás sempre acontecia.
“O que se passa?” Perguntou a mulher.
A forma como a mulher falava tinha algo de apelativo, mas ainda não percebera o quê.
“Não sei,” Respondeu. “Morreu.”
A mulher espreitou para fora da janela. Ele olhou diretamente para ela. O seu rosto sardento emoldurado por uma cabeleira ruiva e encaracolada, era aberto e sorridente. Não parecia estar minimamente incomodada com o inconveniente.
Mas confiaria o suficiente para sair do carro? Se as outras mulheres servissem como barómetro, provavelmente sim.
O avô dizia-lhe constantemente que era feio e ele não conseguia evitar pensar em si dessa forma. Mas também sabia que as outras pessoas – sobretudo as mulheres – consideravam-no bem-parecido.
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