Eca de Queiros - Romancistas Essenciais - Eça de Queirós

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Romancistas Essenciais - Eça de Queirós: краткое содержание, описание и аннотация

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Na coleção Romancistas Essenciais o crítico August Nemo apresenta autores que fazem parte da história da literatura em língua portuguesa.
Neste volume temosEça de Queirós, o único romancista português a conquistar fama internacional em sua época – atualmente o autor já foi traduzido para mais de 70 idiomas. Em seu tempo ele era polêmico por críticar as instituições nacionais, o clero e os costumes da classe média em saus obras. Seu romance O Crime do Padre Amaro foi o seu primeiro grande trabalho, um marco inicial do Realismo em Portugal.
Não deixe de conferir os demais volumes desta série!
Essa obra inclui:
– O Crime do Padre Amaro.
– O Primo Basílio.

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— Então que tal, que tal? Mais fresquinha, hem?

Depois, de tarde, eram os passeios à beira-mar, a apanhar conchinhas; o recolher das redes, onde a sardinha toda viva ferve aos milheiros, luzidia sobre a areia molhada; e que longas perspectivas de ocasos ricamente dourados, sobre a vastidão do mar triste, que escurece e geme!

D. Maria da Assunção tinha sido visitada, logo ao chegar, por um rapaz, filho do Sr. Brito de Alcobaça, seu parente. Chamava-se Agostinho, ia frequentar o quinto ano de direito na Universidade. Era um moço delgado, de bigode castanho, pera, cabelo comprido deitado para trás, e luneta: recitava versos, sabia tocar guitarra, contava anedotas de caloiros, fazia partidas , e era famoso na Vieira, entre os homens, "por saber conversar com senhoras".

— O Agostinho, patife! diziam. É chalaça a esta, chalaça àquela. Lá para sociedade não há outro!

Logo desde os primeiros dias Amélia reparou que os olhos do Sr. Agostinho Brito se fitavam constantemente nela, "p'ra namoro". Amélia corava muito, sentia o seio alargar-se-lhe dentro do vestido; e admirava-o, achava-o muito "dengueiro".

Um dia em casa da Sra. D. Maria da Assunção pediram a Agostinho para recitar.

— Oh, minhas senhoras, isto aqui não é forja de ferreiro! exclamou ele, jovial.

— Ora vá! não se faça rogado, disseram, insistindo.

— Bem, bem, por isso não nos havemos de zangar.

— A Judia , Brito, lembrou o recebedor de Alcobaça.

— Qual Judia ! disse ele, há-de ser mas há-de ser a Morena ! — E olhou para Amélia. — Foi uma poesia que fiz ontem.

— Valeu, valeu!

— E cá o rapaz acompanha, disse um sargento do 6 de Caçadores, tomando logo a guitarra. Fez-se um silêncio: o Sr. Agostinho deitou o cabelo para trás, fincou a luneta, apoiou as duas mãos às costas duma cadeira, e fitando Amélia:

— À Morena de Leiria ! disse.

Nasceste nos verdes campos

Onde Leiria é famosa,

Tens a frescura da rosa,

E o teu nome sabe a mel...

— Perdão, exclamou o recebedor, a Sra. D. Juliana não está boa. Era a filha do escrivão de direito de Alcobaça; tinha-se feito muito pálida, e, lentamente, desmaiava na cadeira, com os braços pendentes, o queixo sobre o peito. Borrifaram-na de água, levaram-na para o quarto de Amélia; quando lhe desapertaram o vestido e lhe deram vinagre a respirar, ergueu-se sobre o cotovelo, olhou em redor, começaram a tremer-lhe os beiços e rompeu a chorar. Fora, os homens em grupo comentavam: — Foi o calor, diziam.

— O calor que ela tinha sei eu, rosnou o sargento de caçadores. O Sr. Agostinho torcia o bigode, contrariado. Algumas senhoras foram a casa acompanhar a Sra. D. Juliana. D. Maria da Assunção e a S. Joaneira, atabafadas nos seus xales, iam também. Havia vento, um criado levava um lampião, e todos caminhavam na areia, calados.

— Tudo isto é teu proveito, disse a Sra. D. Maria da Assunção baixo à S. Joaneira, demorando-se um pouco atrás.

— Meu!?

— Teu. Pois tu não percebeste? A Juliana, em Alcobaça, era namoro do Agostinho. Mas o rapaz aqui anda pelo beiço pela Amélia. A Juliana percebeu, viu-o recitar aqueles versos, olhar para ela, zás!

— Ora essa!... disse a S. Joaneira.

— Deixa lá, o Agostinho tem um par de mil cruzados que lhe deixam as tias. É um partidão!

Ao outro dia, à hora do banho, a S. Joaneira vestia-se na sua barraca, e Amélia, sentada na areia, esperava, pasmada para o mar.

— Olá! sozinha? disse uma voz por detrás.

Era Agostinho. Amélia, calada, começou a riscar a areia com a sombrinha. O Sr. Agostinho suspirou, alisou outro pedaço de areia com o pé, escreveu — AMÉLIA. Ela, muito vermelha, quis apagar com a mão.

— Então! disse ele. E debruçando-se, baixo: — É o nome da Morena, bem vê. O seu nome sabe a mel! ...

Ela sorriu:

— Ande, que fez ontem desmaiar aquela pobre Juliana — disse.

— Ora! importa-me a mim bem com ela! Estou farto daquele estafermo! Então que quer? Eu cá sou assim. Tanto digo que me não importo com ela, como digo que há uma pessoa por quem dava tudo... Eu sei...

— Quem é? É a Sra. D. Bernarda?

Era uma velha hedionda, viúva de um coronel.

— É, disse ele rindo. É justamente por quem eu ando apaixonado é pela D. Bernarda.

— Ah! o senhor anda apaixonado! disse ela devagar, com os olhos baixos, riscando a areia.

— Diga-me uma coisa, está a mangar comigo? exclamou Agostinho puxando por uma cadeirinha, sentando-se junto dela.

Amélia pôs-se de pé.

— Não quer que eu me sente ao pé de si? perguntou ele ofendido.

— Eu é que estava cansada de estar sentada.

Calaram-se um momento.

— Já tomou banho? disse ela.

— Já.

— Estava frio hoje?

— Estava.

As palavras de Agostinho eram agora muito secas.

— Zangou-se? disse ela docemente, pondo-lhe de leve a mão no ombro. Agostinho ergueu os olhos, e vendo o bonito rosto trigueiro, todo risonho, — exclamou com veemência:

— Estou mesmo doido por si!

— Chut!... disse ela.

A mãe de Amélia, levantando o pano da barraca, saía, muito abafada, de lenço amarrado na cabeça.

— Mais fresquinha, hem? perguntou logo Agostinho, tirando o chapéu de palha.

— Estava por aqui?

— Vim dar uma vista de olhos. E agora toca ao almocinho, hem?

— Se é servido... disse a S. Joaneira.

Agostinho, muito galante, ofereceu o braço à mamã.

E desde então seguia sempre Amélia, de manhã no banho, de tarde à beira-mar; apanhava-lhe conchas; e tinha-lhe feito outros versos — o Sonho . Uma estrofe era violenta:

Senti-te contra o meu peito

Tremer, palpitar, ceder...

Ela murmurava-os com grande comoção, de noite, suspirando, abraçando o travesseiro.

Outubro findava, as férias tinham acabado. Uma noite o alegre rancho da Sra. D. Maria da Assunção e das amigas fora dar um passeio ao luar. À volta, porém, erguera-se vento, nuvens pesadas empastaram o céu, caíram gotas de água. Estavam então junto a um pequeno pinheiral, e as senhoras, aos gritinhos, quiseram abrigar-se. Agostinho, com Amélia pelo braço, rindo alto, foi penetrando longe dos outros na espessura; e então, sob o monótono e gemente rumor das ramas, disse-lhe baixo, cerrando os dentes:

— Estou doido por ti, filha!

— Creio lá nisso! murmurou ela.

Mas Agostinho, tomando subitamente um tom grave:

— Sabes? talvez eu tenha de me ir amanhã embora.

— Vai-se?

— Talvez; não sei ainda. Além de amanhã é a matrícula.

— Vai-se... suspirou Amélia.

Ele então tomou-lhe a mão, apertou-lha com furor:

— Escreve-me! disse.

— E a mim, escreve-me? disse ela.

Agostinho agarrou-a pelos ombros e machucou-lhe a boca de beijos vorazes.

— Deixe-me! deixe-me! dizia ela sufocada.

De repente teve um gemido doce como um arrulho de ave, e abandonava-se — quando a voz aguda de D. Joaquina Gansoso gritou:

— Há uma aberta. É andar! é andar!

E Amélia, desprendendo-se, atarantada, correu a agachar-se sob o guarda-chuva da mamã.

Ao outro dia, com efeito, o Sr. Agostinho partiu. Vieram as primeiras chuvas, e dentro em pouco também Amélia, a mãe, a Sra. D. Maria da Assunção voltaram para Leiria.

Passou o Inverno.

E um dia, em casa da S. Joaneira, D. Maria da Assunção deu parte que o Agostinho Brito, segundo lhe escreviam de Alcobaça, tinha o casamento justo com a menina do Vimeiro.

— Cáspite! exclamou D. Joaquina Gansoso, apanha nada menos que os seus trinta contos! Olha o meco!

E diante de todos Amélia rompeu a chorar.

Amava Agostinho; e não podia esquecer aqueles beijos de noite no pinheiral cerrado. Pareceu-lhe então que não tornaria a ter alegria! Ainda lembrada daquele moço da história do Tio Cegonha , que por amor se escondera na solidão de um convento, começou a pensar em ser freira: deu-se a uma forte devoção, manifestação exagerada das tendências que desde pequenina as convivências de padres tinham lentamente criado na sua natureza sensível; lia todo o dia livros de rezas; encheu as paredes do quarto de litografias coloridas de santos; passava longas horas na igreja, acumulando Salve-Rainhas à Senhora da Encarnação. Ouvia todos os dias missa, quis comungar todas as semanas — e as amigas da mãe achavam-na "um modelo, de dar virtude a incrédulos" !

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