August Nemo - Romancistas Essenciais - Franklin Távora

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Romancistas Essenciais - Franklin Távora: краткое содержание, описание и аннотация

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Na coleção Romancistas Essenciais o crítico August Nemo apresenta autores que fazem parte da história da literatura em língua portuguesa.
Neste volume temos Franklin Távora, autor brasileiro que iniciou o romantismo de caráter regionalista no Nordeste. Uma de suas obras mais marcantes é O Cabeleira, romance passado em Pernambuco do século XVIII. Sua obra é de grande contribuição para os contos literários brasileiros, pela abordagem de lendas e tradições populares, em oposição a uma literatura do sul, considerada cheia de estrangeirismos e antinacionalismos.
Não deixe de conferir os demais volumes desta série!
Essa obra inclui:
– O Cabeleira.
– O Matuto.

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Com a tornada do dia, ressurgiu em todos a confiança, só não em Luísa, que via próximo o termo da vida de sua mãe privada novamente do uso da fala por lhe haver voltado a congestão.

Chegou a hora do almoço, a do jantar, e finalmente escureceu de novo sem que os caçadores houvessem volvido a seus lares. Então a consternação tornou-se geral e verdadeiramente cruel.

As famílias reuniram-se todas na casa-grande para se protegerem em caso de perigo que logo tiveram por iminente.

Três dias se passaram nessa aflição que se não pode descrever mas que facilmente se imagina.

Rosalina pensou de uma vez em ir pedir socorro no povoado, mas a quem? O capitão-mor achava-se no Recife, e o povoado, que um século antes constava de uma. capela dedicada a Santo Antão, e de meia dúzia de casas, pouco mais era do que isto na época em que se passou esta história; precisava também de proteção.

De sua agonia a veio tirar um caboclo velho, que morava no caminho do povoado, em terras da engenhoca, e que era o estafeta do lugar. Vivia só em uma palhoça à beira da estrada. Chamava-se Matias mas era mais conhecido pela alcunha de Veado, a qual se originara de ser ele muito ágil e andador.

Matias, achando-se sem fumo para o cachimbo, dirigiu-se à casa-grande no pressuposto de encontrar aí o Liberato que uma vez por outra lhe dava do melhor que tinha alguns pedaços para seu gasto. Só então soube do que havia, e logo se ofereceu para ir dar com o crioulo a quem devia muitas obrigações e respeito. Havendo Rosalina aceitado o oferecimento, Matias voltou à choupana a buscar uma espingarda velha, e um minuto depois estava no rasto dos caçadores.

Antes de transpor os limites da fazenda, viu ele para as bandas do Monte das Tabocas um bando de urubus esvoaçando como costumam quando sentem carniça. Seria alguma rês morta o objeto da inspeção dessas aves? Talvez fosse. A seca estava fazendo no gado vítimas aos centos.

O Veado porém, naturalmente suspeitoso, acreditou logo que estava ali o cadáver do Liberato ou de alguns dos seus.

Para ir ter à grota sobre a qual se libravam os urubus, não era preciso entrar a mata, mas unicamente contorná-la pelo lado oposto ao rio. O terreno apresentava desse lado um vasto tabuleiro, e depois ia gradualmente alteando até a grota, que se interpunha entre o tabuleiro e a mata, formando um fosso natural que protegia o couto. Só quem tivesse grande coragem, e fosse perfeito conhecedor dos acidentes do solo, se animaria a arriscar o pé no profundo despenhadeiro.

Matias em pouco tempo atravessou toda a planície e chegou à borda do abismo. Cheiro de carnes putrefatas feriu-lhe logo o olfato agudíssimo que sentia, à distância, o quati, o veado, a anta, e até a cobra.

De cima nada pôde ver, porque do fundo do vale e das encostas da montanha se levantava uma vegetação secular cuja folhagem vasta e enredada parecia destinada a conservar perpetuamente oculta às vistas do homem a escusa região. O cheiro da carne corruta porém foi um indício, um raio de luz para o índio que, havendo tomado a peito descobrir a verdade, estava no propósito de não hesitar, para o conseguir, diante da perda da própria vida.

A seus pés mostrava-se um sulco deixado no terreno pelas águas que, descendo ao longo do estreito espinhaço, aqui se escoavam para o tabuleiro, ali para dentro do precipício. Por ele se encaminhou Matias, arrimando-se na espingarda, e com ela rompendo a custo os cipós que formavam diante de sua passagem uma rede quase inextricável.

Passou-se uma hora. O Sol chegou ao poente. Veio o lusco-fusco, e com ele aumentaram as tristezas, os medos e as agonias das mulheres recolhidas na casa-grande.

Rosalina, tendo posto todos os cães da banda de fora, e fechado todas as portas da casa, abriu o seu tosco oratório e convidou as outras ao terço tradicional, agora mais do que nunca necessário para fortalecer os espíritos abatidos.

Florinda estava expirando. Ao lado dela achava-se Luísa desfeita em lágrimas, e Aninha que ajudava a enferma a morrer. A porta do aposento inteiramente aberta deixava ver as outras mulheres de joelhos na sala, aos pés do oratório, cantando as rezas que constituem o terço, essa parte do culto externo que, depois de longamente usada em quase todo o norte, desapareceu das capitais, e já não tem no próprio interior das províncias a prática geral a que em grande parte se deve referir o adoçamento dos costumes dessas povoações antes de haverem sido dotadas com as escolas e com os institutos de educação que atualmente as disputam à ignorância com mais vigor e proveito.

De súbito o ladrar dos cães veio interromper o concerto das vozes femininas que enchiam o âmbito da sala, e iam repercutir no vasto pátio. O ladrar aumentou, e com ele tornou-se mais distinto, mais próximo, ao princípio um estrupido de passos, depois um ruído de vozes surdas do lado de fora da habitação.

Nesta a alegria e a aflição, a primeira quando se lhes afigurou que os caçadores chegavam, a segunda quando, em lugar destes, pensavam serem os malfeitores que as vinham assaltar, disputaram um instante em violenta porfia os espíritos das pobres mulheres naturalmente expostas, pelas suas circunstâncias especiais, a estas cruéis alternativas.

Depressa porém se dissiparam todas as dúvidas. Com fúria indômita, os cães deram mostras de querer despedaçar os visitantes. Semelhante indício foi uma prova evidente de que, não de casa, mas estranhos eram estes.

De repente ouviu-se uma voz que, ecoando no terreiro, veio ressoar dentro de casa.

— Aqui estou. Sou eu.

Era a voz de Matias.

Rosalina, ébria de violenta alegria, correu à porta para a abrir, mas logo sobresteve a este novo falar do caboclo:

— Não digo, não digo isto, ainda que me matem.

— Dize que abra a porta, se não te varo com esta faca, Veado do demo — disse Joaquim a meia voz.

— Não digo. — repetiu o caboclo.

E alteando a .voz, trêmula e como abafada, gritou com toda a força que pôde:

— Não abram, não abram. Eu trouxe os malvados enganados até aqui para poder avisá-la, sinhá Rosalina. Liberato, Ricardo, Sebastião e Vicente são com Deus. Fujam, se podem, que eu sei que morro.

— Ah! miserável, que a nós iludiste — vociferou Joaquim.

E com a faca atravessou incontinente o coração de Matias que, sem soltar um ai, caiu envolto em um turbilhão de sangue.

Não é sem grande constrangimento, leitor, que a minha pena, molhada em tinta, graças a Deus, e não em sangue, descreve cenas de estranho canibalismo como as que nesta história se lêem. Aperta-se-me naturalmente o coração sempre que me vejo obrigado a relatá-las. Entre os motivos da minha repugnância e da minha tristeza sobressai o seguinte: Eu vejo nestes horrores e desgraças a prova, infelizmente irrecusável, de que o ente por excelência, a criatura fadada, como nenhuma outra, para altíssimos fins, pode cair na abjeção mais profunda, se o afastam dos seus sumos destinos circunstâncias de tempo e lugar que, nada, ou muito pouco valendo por si mesmas, são de grande peso para a perturbação do equilíbrio moral do rei da criação, tal é a fragilidade da realeza, ou antes das realezas humanas. Mas desgraçadamente estas cenas não são geradas pela minha fantasia. São fatos acontecidos há pouco mais de um século. Se só alguns deles foram recolhidos pela história, quase todos pertencem à tradição que no-los legou [ 1], passado. Não estou imaginando, estou, sim, recordando; e recordar é instruir, e quase sempre moralizar. Com estas razões considero-me justificado aos teus olhos, leitor benévolo.

Gritos, queixumes, imprecações e prantos que nenhuma pena humana pode descrever, seguiram-se, de dentro da casa, às últimas palavras do Veado.

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