August Nemo - Romancistas Essenciais - Coelho Neto

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Romancistas Essenciais - Coelho Neto: краткое содержание, описание и аннотация

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Na coleção Romancistas Essenciais o crítico August Nemo apresenta autores que fazem parte da história da literatura em língua portuguesa.
Neste volume temos Coelho Neto, escritor, político, professor e membro fundador da Academia Brasileira de Letras. Foi popular em sua época, snsiderado o «Príncipe dos Prosadores Brasileiros», numa votação realizada em 1928 pela revista O Malho. Apesar disto, foi consideravelmente combatido pelos modernistas, sendo pouco lido desde então, em verdadeiro ostracismo intelectual e literário.
Não deixe de conferir os demais volumes desta série!
Essa obra inclui:
– Turbilhão.
– A Conquista.

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— Vais levar isso, Felícia?

— Então, nhonhô? Arruda é muito bom. A gente deve ter sempre em casa um pé de arruda para uma dor. E, com a planta na mão, ergueu-se e foi acomodá-la em um vaso de barro.

— Vê lá! não esqueças por aí alguma coisa. Olhe os homens. Varre a casa e seque logo. Tomas o bonde na Estrada e segues. Sabes onde é?

— Então, nhonhô? Uai!

Dona Júlia apareceu à porta da rua.

— Vamos, Paulo.

O estudante tomou o chapéu e saiu. Uma das carroças já estava cheia, com a grande mesa suspensa ao fundo, toda enleada em cordas; duas outras esperavam. A vizinhança estava agitada: mulheres às janelas, crianças às portas, olhando. Paulo segredou:

— Vamos para o outro passeio, mamãe; e atravessaram a rua.

Uma mulher gorda, esborrachando à janela o seio espapaçado, disse: "Seja feliz!" "Obrigada", agradeceu Dona Júlia. "Lembranças a Violante... E não se esqueça da gente. Apareça."

Paulo sentia o sangue subir-lhe às faces como se o estivessem injuriando. Das janelas acenavam adeuses, Dona Júlia correspondia; ele, d'olhos baixos, mal tocava no chapéu, muito cosido à mãe, brincando com a bengala. Quando voltaram a esquina sentiu um grande alívio. A velha caminhava lentamente, deslumbrada com aquele esplendor, ela que, tão raramente, deixava a sombra da sua casa, vendo o sol apenas no quintalejo ou no trecho da rua.

Os pesados caminhões, que entravam para os armazéns da Estrada, causavam-lhe medo. Detinha-se de instante a instante agarrando-se ao braço do filho, e diante da estação, atropelada pelos que transitavam, entre carros e tílburis, ficou estonteada, sem saber dirigir-se e foi necessário que Paulo lhe desse o braço levando-a para a calçada onde deviam esperar o bonde da Lapa.

Sentia a vista perturbada com a vida tumultuosa da praça; a claridade intensa ofuscava-a, os ouvidos zuniam-lhe. "Que barulho, minha Nossa Senhora!" Junto a um quiosque, vários homens descalços, em mangas de camisa, discutiam e, como um pequeno, a correr, esbarrasse com ela, Paulo revoltou-se; a velha, porém, serenou-o.

— Deixa, é uma criança; não foi por querer.

O bonde apareceu. Entraram e ela, antes de sentar-se, voltou-se para o lado da casa que deixara, suspirando. Estou só pensando em Violante... e, depois dum silêncio, perguntou baixinho: Soubeste ontem alguma coisa?

— Mamede disse-me que está na pista do cocheiro.

— Que cocheiro?

— Do carro em que ela fugiu.

— Foi de carro!?

— Naturalmente.

Calaram-se. O bonde fez uma parada perto da Rua do Núncio. para a Muda.

— E se prendessem o cocheiro? Ele deve saber onde ela está.

— Mamede vai ver.

Depois dum longo tempo de recolhimento, levada aos trancos pelo bonde, Dona Júlia levantou os olhos e, na sacada duma casa, viu duas mulheres de penteadores brancos: uma sentada, a ler, deixando à mostra um pedaço de perna gorda, a outra muito debruçada, com os cabelos soltos, esvoaçando.

— Que rua é esta?

— Lavradio.

A velha acenou com a cabeça e, como se lhe bastasse a informação, aquietou-se.

— Aqui é a Polícia. Foi aqui que eu estive, disse Paulo.

D. Júlia inclinou a cabeça e foram-se-lhe os olhos por um largo portão, ao longo dum túnel sombrio.

— Ah! meu Deus, se essa gente quisesse!...

Quando chegaram ao Largo da Lapa a timidez retomou-a. Ergueu-se pesadamente e, agarrando-se aos balaústres, foi descendo com esforço.

— Já não sei andar. Se eu saísse sozinha perdia-me por aí. Por onde é? Que sol, Paulo! Isto faz mal. Estou tonta - parece que sai fogo das pedras.

Abriu a sombrinha e convidou o filho. - Chega para nós dois.

— Não, mamãe; eu estou acostumado. Não se incomode comigo.

Ela voltava-se de quando em quando, assustada, como se houvesse ouvido rodar de carros.

— Aquilo ali é o Passeio Público, não é?

— É sim, senhora.

A velha suspirou fundamente.

— Quando vocês eram pequenos, vínhamos quase todos os domingos aqui, com o velho. - E ficou a olhar saudosamente o arvoredo.

— Mas acho isto mais largo...

— Sim, senhora: é que foi aproveitada uma parte do terreno do Convento.

— Logo vi.

Tudo lhe causava admiração: os bondes, em tandem, os carros, os prédios novos. Diante do mar não se pôde conter: parou, lançando os olhos livremente pelas águas que faiscavam; dando, porém, com a Igreja do Outeiro, tremeram-lhe os lábios numa prece. E confessou que estava mais contente porque tinha aquela alegria ante os olhos.

— E os meus santos! - exclamou de repente, estacando.

— A senhora não os arrumou?

— Sim, mas com os balanços da carroça...

— Fique descansada.

— A casa é ainda muito longe?

— Não, senhora. Não vê aquela árvore? É ali. O ponto é magnífico, não acha? Aqui está tudo à mão. Depois, a vantagem de não termos vizinhos fronteiros.

— Lá também não tínhamos.

— Pois sim, mas aqueles trens, aquela lufa-lufa de máquinas... Quem podia com aquilo?!

— Eu já estava acostumada; até me distraía.

— Mau gosto. É aqui, mamãe.

Júlia levantou o olhar, examinando a casa, chegou um pouco adiante para ver o jardim vizinho e, como Paulo empurrasse a porta, a mulher do lado debruçou-se à janela, curiosamente.

— Quem é essa moça?

— Não sei.

— Não vá ser uma dessas mulheres...

Entraram. O cheiro das tintas enchia toda a casa como um hálito mau. Paulo, porém, abriu de par em par as janelas e o ar penetrou correndo os aposentos, purificando o ambiente. Dona Júlia detinha-se, examinava os papéis, o soalho, ainda úmido da lavagem, o teto; abria as bicas, para que a água corresse e, no quintal, ficou um momento parada, pensativa, até que o filho apareceu à porta da cozinha.

— Então?

— É boa. Só o que tem é que é muito devassada.

Paulo levantou os olhos. Pela janela de uma casa alta via-se o interior de um quarto, onde um homem ruivo, em mangas de camisa, meio curvado, fazia o laço da gravata ao espelho.

— Sim, tem esse defeito, mas também pelo preço, neste ponto, não se podia achar coisa melhor.

Dona Júlia concordou, voltando a examinar os aposentos, um a um, com cuidado minucioso. Na sala, chegou um instante à janela, voltou-se para a montanha: lá estava a igreja, muito branca, dominando o mar, como uma atalaia.

Tão embevecida ficou que não via os bondes passando, cheios, rápidos como os trens que, diante da outra casa, iam e vinham, dia e noite, abalando a rua tranqüila. A mulher, à janela da casa contígua, com o colo farto achatado no peitoril, acompanhava os bondes com um olhar cobiçoso, sorrindo e, quando a rua reentrava no sossego, punha-se a cantar, bambaleando-se.

As andorinhas não tardaram. Como Dona Júlia já conhecia a casa, tirou a capa e foi determinando a colocação dos móveis. As duas da tarde, pouco depois de haver partido a última carroça, chegou Felícia, cansada, suada, com embrulhos, queixando-se da soalheira.

Paulo, descalço, armava os móveis, enquanto a velha arranjava alguma coisa para o jantar. O gato, em liberdade, corria a casa, desconfiado, miando, a saltar de móvel em móvel, farejando, e o gaturamo, virando e revirando a cabecinha, piava, saudoso, como se sentisse falta do seu antigo retiro e do trecho de céu que costumava namorar do fundo da sua prisão estreita.

A noite já a casa tinha largueza e conforto, arrumada e, diante dos santos, na cômoda, ardia a lamparina vigilante. Paulo, estafado, bocejava estendido no sofá, sem fome; à mesa mal debicou, queixando-se da cabeça. Recolheram-se cedo. Só Felícia andou até tarde na cozinha a bater marteladas, arranjando as prateleiras.

Dona Júlia não pôde conciliar o sono: sentia-se oprimida, pensando na filha. Que seria dela? Talvez que, àquela hora, a pobrezinha estivesse a bater à porta da casa abandonada, arrependida, infeliz, procurando os seus. E onde iria repousar? Quem lhe daria agasalho? Suspirou, com os olhos nas duas imagens que brilhavam à luz trêmula da lamparina. Sentia como um remorso, parecia-lhe que, com aquela mudança, abandonara, de vez, a filha.

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