As Variedades do Português no Ensino de Português Língua Não Materna

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Nos últimos anos, o ensino das variedades linguísticas tornou-se uma temática importante na didática e linguística aplicada para as línguas estrangeiras. O português como língua policêntrica com uma forte variação diatópica não se exclui deste discurso. Além da questão clássica Que português ensinar e aprender? referindo-se às duas variedades padrão de Portugal e do Brasil, novas perspetivas enfocam o conjunto global das variedades lusófonas e as outras dimensões de variação linguística. Neste volume reúnem-se contributos que abordam a temática em contextos de ensino secundário e superior na Alemanha, em Portugal, na Galiza e em Timor-Leste. Reflexões teóricas, estudos empíricos, análises de manuais e propostas didáticas demonstram a extensão do discurso sobre as variedades no ensino de PLNM.

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Também a utilização da relativa cortadora podia ser abordado partindo de um exemplo real extraído do Jornal Nacional :

Exemplo 2:

C Carvalhar, nutricionista – A pessoa se serve muito, lá na frente acha uma coisa Ø que gostaria mais, coloca e acaba saindo do restaurante empanturrada (JN, 15/10/2008 apud Arden 2015, 254).

Além da elisão da preposição ( de ) para introduzir a oração relativa, bastante produtiva no PB falado, o exemplo serve para ilustrar a tendência para a utilização da próclise no PB ( se serve vs. PE serve-se ), a utilização desviante de preposições regendo Complementos Circunstanciais de Lugar (“Onde”) ( na frente vs. EP à frente ), a maior produtividade do condicional na variedade brasileira ( gostaria ), em contextos onde no PE hoje em dia, sobretudo na linguagem oral, domina o pretérito do imperfeito como equivalente funcional e diferenças na construção de perífrases verbais. À perífrase verbal acabar saindo no PB, corresponde acabar por sair no PE.

Para esta finalidade didática podem-se igualmente incluir trechos de novelas1 ou séries, uma vez que muitas vezes são representados grupos sociais e, por conseguinte, variedades distintas, ainda que importe ter em conta o problema da autenticidade caraterístico da oralidade fingida (cf. Goetsch 1985).

5.2 Exemplo de uma análise a partir de um excerto de um texto literário

Outra possibilidade é a de recorrer a textos literários com um grau de dificuldade moderado, como, por exemplo, O menino no espelho de Fernando Sabino (ex. 3), como sugerido por Pinto ( 21993, 19).1 Neste tipo de exercícios é de evitar a mera substituição de lexemas, pois as estruturas continuam, neste exemplo, a ser tipicamente brasileiras e o texto perderia a sua autenticidade, aumentando o risco de os alunos misturarem as respetivas normas e de serem introduzidos erros no significado do texto na altura da sua adaptação por parte dos professores na preparação dos respetivos exercícios ou dos autores dos manuais no caso de se tratar de equipas exclusivamente compostas por falantes nativos de uma das variedades (cf. Pöll 2000, 58sq., a propósito das variedades extra-europeias do Francês). Além disso, no caso de um suporte auditivo deve ser tido em conta que os leitores do texto sejam falantes nativos da respetiva variedade, evitando que, por exemplo, um leitor nativo do PE leia o excerto de um texto na variedade do PB, sob pena de perder a sua autenticidade (cf. Pöll 2000, 59).

Exemplo 3

Vagabunda? Está me chamando (5) de vagabunda? Nabacinho é você, seu bicho ordinário! Não sei onde estou que não te corto o pescoço, asso no espeto e como, ouviu? E ainda chupo os ossinhos um por um!

Ela correu de novo os olhos em torno:

Por falar em comer: quéde a galinha? Já está na hora de fazer o almoço. Onde é que ela se meteu?

Não sei.

Você não estava brincando com ela ontem, menino?

Isso foi ontem. Hoje eu não vi ela ainda.

Será que ela fugiu? Ou alguém roubou?

E ela olhou para o papagaio, cismada agora com o silêncio dele:

Vai ver que é por isso que esse nabacinho (1) de uma figa estava gritando pega ladrão (4). Algum ladrão de galinha.

Agarrei a ideia no ar, era a salvação:

Isso mesmo! Quando eu estava ali no quintal vi um homem passar correndo Levava uma coisa escondida embaixo (3) do paletó (2). Só podia ser a galinha.

Fernando Sabino (1996 [1982]): O menino no espelho , 18sq.

Para começar a abordagem do texto e após contextualizá-lo na obra e esta na respetiva história literária e no respetivo contexto sociocultural brasileiro, seria interessante começar por ouvir uma cassete ou um CD áudio no qual o texto é falado por falantes nativos da respetiva variedade. De seguida poder-se-iam discutir particularidades da pronúncia do PB. Nomeadamente a palatalização de ou antes de ou , em or d inário , t io , pe d e ; a semivocalização de na coda da sílaba, por exemplo em be l dade e quinta l ; a velarização do na coda da última sílaba da palavra (ex. – fazer ; seguir ) e o fechamento de e abertos no PE (ex. – oxigénio e tónica ) (cf. Pinto 21993, 19). Embora nesta passagem não haja exemplos, seria ainda importante advertir para a utilização do [i] epentético no BP, para desfazer clusters consonânticos e obter sílabas harmoniosas prototípicas (consoante + vogal), por exemplo, e ab [i] surdo e p [i] siquiatra (Pinto 21993, 19).

Após a leitura do texto, poder-se-ia começar por uma abordagem das especificidades lexicais, nomeadamente de lexemas, que o PE desconhece, tais como: nabacinho (1) (‘tonto’, ‘palerma’), caraterístico da proximidade comunicativa, marcado diafasicamente como baixo, ou paletó (2) (‘casaco (curto)’, ‘jaqueta’), preposições distintas embaixo (3) (‘debaixo de’) e até mesmo expressões idiomáticas fixas, tais como pega ladrão (4) (PE – ‘agarrem o ladrão’) ou não sei onde estou (PE ‘não sei quem sou para ’ ou ‘não sei por que é que ’). Um exercício para aplicação e gestão de conhecimentos, relativamente às diferenças lexicais pode ser feito logo após a leitura do texto, por exemplo, com exercícios de escolha múltipla.

De grande interesse para além da variação do valor semântico são, no entanto, aspetos gramaticais, que podem ser abordados mediante exercícios de escolha múltipla, preenchimento de lacunas ou redação, adaptando as frases às normas do PE. Numa primeira aproximação poderá também ser recomendável facultar um texto com uma explicação das respetivas especificidades.

Deste modo, no exemplo em análise (ex. 3) seria de salientar o uso distinto de formas pronominais, mais propriamente o domínio da próclise no caso de pronomes átonos ( está me chamando (5) – PE está a chamar-me ) e a preferência pelo objeto nulo ( alguém Ø roubou – PE alguém a roubou ; pega Ø ladrão – PE pega o ladrão ) ou pela forma plena do pronome pessoal ou seja o pronome pessoal reto ou pleno para expressar o complemento direto ( eu não vi ela – PE eu não a vi ). Além disso, conforme se pode verificar em (5) seria de destacar o uso do gerúndio para expressar o caráter contínuo e progressivo de uma ação verbal no PB, adotando uma perspetiva interior sobre a ação verbal, contemplada no seio do seu decurso, sem focalizar o início e o fim da mesma (ex. – não estava brincando – PE não estava a brincar ; estava gritando – PE estava a gritar ), que no PE é expresso pela construção estar a + infinitivo do verbo principal. Esta preferência pelo gerúndio está também patente em construções em que o verbo desempenha uma função modalizadora ( passar correndo – PE passar a correr ) para expressar o modo como a ação foi desempenhada. No domínio da pragmática é de destacar a supressão da segunda pessoa do singular substituída pela forma você + verbo conjugado na terceira pessoa do singular ( Está Ø me chamando de vagabunda? – PE Estás-me a chamar de vagabunda? ). Esta supressão no paradigma verbal resulta na indiferenciação entre a forma de proximidade e de distância comunicativa nas formas de tratamento, caraterística do PB à semelhança do inglês. No PE a utilização de você para uma pessoa hierarquicamente superior, quer seja a nível profissional, quer seja social é completamente inaceitável e alvo de repreensão e correção (cf. Merlan 2011, 198sqq.).2 Nos exemplos até aqui discutidos, trata-se de utilizações caraterísticas da norma culta falada do PB.

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