Ursula Le Guin - O Feiticeiro e a Sombra

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Numa terra longínqua chamada Terramar vive o maior de todos os arquimagos. O seu nome é Gued, mas há muito tempo atrás, ele era um jovem chamado Gavião, um ser estranho, irrequieto e sedento de poder e sabedoria, que se tornou aprendiz de feiticeiro. Neste livro conta-se a história da sua iniciação no mundo da magia e dos desafios que teve que superar depois de ter profanado antigos segredos e libertado uma negra e pérfida sombra sobre o mundo. Aprendeu a usar as palavras que libertavam poder mágico, domou um dragão de tempos imemoriais e teve que atravessar perigos de morte para manter o equilíbrio de Terramar. No meio de um suspense quase insustentável, de encontros místicos, de amizades inquebrantáveis, de sábios poderosos e de forças tenebrosas do reino das trevas e da morte, Gued não pode vacilar, qualquer fraqueza sua fará perigar o equilíbrio que sustenta o mundo… e a sombra maléfica que ele libertou, gélida e silenciosa, só está à espera desse momento para devastar, com as suas asas negras, o mundo inteiro.

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Ia voltando o manto para o calor e a pele de pellauí secava depressa. Logo que a lã do forro ficou pelo menos quente, se não totalmente seca, enrolou-se no manto e estendeu-se junto ao fogo.

— Durmam, durmam, pobre gente — disse ele aos seus silenciosos anfitriões e, deitando a cabeça no chão de areia, deixou-se dormir.

Três noites passou ele naquela ilhota sem nome, porque na primeira manhã, ao acordar, não havia músculo que não lhe doesse, estava febril e sentia-se mal. Todo aquele dia e a noite que se lhe seguiu permaneceu deitado junto ao fogo como um toro levado pelas ondas. No outro dia acordou, ainda entorpecido e dorido, mas recuperado. Voltou a envergar as suas roupas encrustadas de sal, pois não havia água doce suficiente para as lavar, e, saindo para a manhã cinzenta e ventosa, observou aquele lugar para onde a sombra o arrastara ao engano.

Era uma faixa de areia e rochedos, com uma milha de largura máxima e um pouco maior no sentido do comprimento, debruada em toda a volta de baixios e rochedos. Sobre ela não crescia qualquer árvore ou arbusto, nem plantas para além das ervas esgarçadas, dobradas pelo vento. A cabana erguia-se numa depressão das dunas e o velho e a mulher viviam ali sozinhos, na extrema desolação do mar vazio. A cabana fora construída, melhor dizendo, empilhada com tábuas e ramos trazidos pelo mar. Tiravam a água, salobra, de um pequeno poço ao lado da cabana. Por alimento tinham peixes e moluscos, crus ou secos, e algas dos rochedos. As peles em farrapos da cabana e uma pequena provisão de agulhas de osso e anzóis, bem como os tendões para linhas de pesca e para rodar o pau de fazer fogo, não vinham de cabras como Gued pensara a princípio, mas de focas malhadas. E na realidade aquele era o tipo de lugar onde as focas se dirigem para criar os seus filhotes no Verão. Mas mais ninguém demanda um tal lugar. Os velhos temiam Gued não porque o julgassem um espírito, não por se tratar de um feiticeiro, mas simplesmente porque era um homem. Tinham esquecido que havia outras pessoas no mundo.

O temor taciturno do velho nunca esmoreceu. Quando pensava que Gued se iria aproximar o suficiente para o tocar, logo se afastava manquejando, olhando para trás com um franzir de sobrancelhas por baixo das farripas da sua cabeleira de um branco sujo. A princípio, a mulher soltara queixumes e escondera-se debaixo do seu montão de farrapos sempre que Gued se movia. Mas, quando ele ficara estendido e num quase sono febril na escura cabana, vira-a agachar-se para o olhar com uma expressão estranha, parada e andante. E, mais tarde ainda, dera-lhe água a beber. Mas quando ele se sentou para receber a concha das suas mãos, assustara-se e deixara-a cair, entornando toda a água, e depois chorou e limpou os olhos ao seu longo cabelo de um branco-acinzentado.

Agora observava-o, enquanto ele trabalhava lá em baixo na praia, afeiçoando madeira dada à costa e pranchas do seu próprio barco, que as ondas tinham também trazido, para fazer um novo barco, usando a grosseira enxó de pedra do velho e um encantamento de prender. Não se tratava de uma reparação nem de construir um barco, pois não dispunha de madeira capaz que chegasse, e tinha de prover todas as suas necessidades com pura feitiçaria. Contudo, a velha observava não tanto o seu maravilhoso trabalho, mas mais a ele próprio, e sempre com aquela mesma expressão ansiosa nos olhos. Passado um bocado, afastou-se e depois regressou com uma oferta, uma mão-cheia de mexilhões que apanhara nas rochas. Gued comeu-os tal como ela lhos dera, molhados de água do mar e crus, e agradeceu-lhe. Parecendo ganhar coragem, a velha foi até a cabana e voltou trazendo de novo alguma coisa nas mãos, desta feita um volume embrulhado num farrapo. Timidamente, sempre com os olhos postos no seu rosto, desembrulhou o que trazia e ergueu-o para que ele o visse.

Era um vestido de bebê, de brocado de seda, avolumado por um sem-fim de minúsculas pérolas, manchado de sal, amarelecido pelos anos. No pequeno corpete as pérolas estavam dispostas numa forma que Gued conhecia. A dupla flecha dos Irmãos-Deuses do Império de Kargad, encimada por uma coroa de rei.

A anciã, enrugada e suja, coberta por uma espécie de saco mal cosido de pele de foca, apontou para o pequeno vestido de seda e depois para si própria, e sorriu. Um sorriso doce e sem sentido, como o de uma criança. De qualquer esconderijo cosido à saia do vestido, retirou um pequeno objeto e estendeu-o para Gued. Era um pedaço de metal escurecido, talvez um bocado de alguma jóia quebrada, o semicírculo de um anel partido. Gued olhou-o, mas ela fez-lhe um gesto para que o tomasse e não desistiu enquanto ele não lhe fez a vontade. Depois acenou a cabeça e voltou a sorrir. Dera-lhe um presente. Mas quanto ao vestido, embrulhou-o cuidadosamente no mesmo farrapo gordurento e dirigiu-se manquejando para a choupana, a guardar a bela peça de roupa.

Gued colocou o anel quebrado no bolso da sua túnica quase com o mesmo cuidado, porque o seu coração estava pleno de dó. Adivinhava agora que aqueles dois deviam ser filhos de alguma casa real do Império de Kargad. Um tirano ou usurpador, temendo verter sangue real, enviara-os para serem abandonados numa ilha que não viesse nos mapas, longe de Karego-At, para lá viverem ou morrerem. Um teria sido talvez um rapaz de oito ou dez anos e o outro uma bebê saudável e forte, com um vestido de seda e pérolas. E ali tinham vivido e continuado a viver, sozinhos, durante quarenta anos, cinqüenta anos, num rochedo no meio do oceano, o príncipe e a princesa da Desolação.

Mas se era verdade ou não o que julgava adivinhar, só o veio a saber quando, anos mais tarde, a busca do anel de Erreth-Akbe o levou até às Terras de Kargad e aos Túmulos de Atuan.

A sua terceira noite na ilha terminou com um calmo e pálido nascer do Sol. Era o dia do Regresso-do-Sol, o dia mais curto do ano. O seu pequeno barco de madeira e magia, de restos e sortilégios, estava pronto. Tentara dizer aos anciãos que os levaria para qualquer terra, Gont ou Spevy ou as Torikles. Tê-los-ia mesmo deixado nalguma costa solitária de Karego-At, se lho tivessem pedido, embora as águas karguianas não fossem lugar seguro onde um natural do Arquipélago se devesse aventurar. Mas por nada deixariam a sua estéril ilha. A velha parecia não entender o que ele pretendia significar com os seus gestos, as suas calmas palavras. O velho compreendia, mas recusava. Toda a memória que tinha de outras terras e de outros homens era um pesadelo infantil de sangue, de gigantes, de gritos de dor. Gued discernia isso no seu rosto, enquanto o ancião sacudia e voltava a sacudir a cabeça.

E assim, nessa manhã, Gued encheu uma bolsa de pele de foca com água do poço e, dado que não podia agradecer aos velhos o fogo e o alimento, nem tinha um presente que pudesse dar à anciã como desejaria, fez o que lhe foi possível e lançou um encantamento sobre aquela fonte salgada e pouco de fiar. E a água subiu através da areia, tão doce e clara como a de qualquer nascente de montanha nos cumes de Gont, e nunca voltou a faltar. E é por isso que esse lugar vem hoje nos mapas e ostenta um nome, Ilha da Água de Nascente, que os marinheiros lhe deram. Mas a cabana desapareceu e as tempestades de muitos Invernos não deixaram sinal dos dois que ali viveram as suas vidas solitárias e solitariamente ali morreram.

Mantiveram-se escondidos na choupana, como se tivessem medo de o observar, quando Gued avançou com o barco, partindo do arenoso extremo sul da ilhota. Deixou que o vento do mundo, soprando firmemente de norte, enchesse a sua vela tecida de sortilégios e singrou rápido por sobre o mar.

Ora esta busca de Gued era estranha empresa, pois, como muito bem sabia, ele era um caçador que tanto desconhecia o que seria a coisa que caçava, como onde poderia estar em toda Terramar. Tinha de a perseguir por cálculo, por palpite, à sorte, tal como ela o perseguira. Ambos estavam cegos para o ser do outro, com Gued tão desorientado por sombras impalpáveis como a sombra se desorientava com a luz do dia e as coisas sólidas. Para Gued havia apenas uma certeza, a de que era agora verdadeiramente o caçador e não a presa. Porque a sombra, depois de o ter iludido, lançando-o contra as rochas, poderia tê-lo tido à sua mercê durante todo o tempo em que ele permanecera meio morto estendido na costa e, depois, quando errara no meio da escuridão sobre as dunas varridas pela tempestade. Mas a sombra não esperara para aproveitar a oportunidade. Enganara-o e logo se pusera em fuga, sem se atrever já a enfrentá-lo. E por aqui via que Óguion tinha tido razão. A sombra não podia sugar-lhe poder enquanto ele permanecesse de frente para ela. Portanto, ele tinha de continuar a afrontá-la, a persegui-la, por muito que o seu rastro estivesse frio ao longo daqueles vastos mares e nada tivesse para o guiar senão o acaso afortunado do vento do mundo soprando para sul e uma tênue noção ou palpite no seu espírito de que sul ou leste era a direção certa a seguir.

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