Neil Gaiman - Os Filhos de Anansi

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Os Filhos de Anansi: краткое содержание, описание и аннотация

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Os Filhos de Anansi, obra prima que estreiou em primeiro lugar na lista dos mais vendidos do New York Times. O livro conta a história de Fat Charlie, um tímido americano que escolheu ter uma vida pacata e sem-graça como contador numa empresa londrina. Ao ir ao funeral de seu pai, Sr. Nancy, Fat Charlie ouve uma velhinha, amiga do pai há anos, dizer que ele na verdade era o deus Anansi, uma divindade trapaceira e brincalhona da mitologia africana. A partir desse episódio, sua vida vira de cabeça para baixo. Os Filhos de Anansi mistura mitologia com toques xamanistas, elementos do folclore afro-americano e uma deliciosa descrição do mundo interior de um homem muito tímido mas, acima de tudo é uma história sobre algo bastante comum: as conturbadas relações entre pais e filhos.Tudo isso envolto num humor discreto capaz de fazer o leitor rir com uma única linha. A obra é a continuação do consagrado escritor Neil Gaiman para sua saga a respeito de deuses modernos.

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— Um funeral. O do meu pai. Ele morreu.

— Ah... Eu sinto muito. Eu sinto muito...

Ela o abraçou. Ele ficou entre seus braços como um manequim de vitrine.

— Como foi que ele... ele estava doente?

Fat Charlie fez que não com a cabeça.

— Eu não quero falar sobre isso.

Rosie o abraçou bem forte, depois assentiu com a cabeça, condoída, e o soltou. Achava que ele estava muito abalado pela perda para falar a respeito.

Mas ele não estava. Não era isso. Na verdade, estava com muita vergonha.

Deve haver umas 100 mil maneiras respeitáveis de morrer. Por exemplo, saltar de uma ponte para dentro de um rio para salvar uma criança que está se afogando ou virar uma peneira ao tentar invadir sozinho o esconderijo de criminosos. Maneiras perfeitamente respeitáveis de morrer.

Na verdade, existem até mesmo algumas maneiras pouco respeitáveis de morrer que não seriam tão ruins. Por exemplo, combustão espontânea. Os médicos dizem que é uma farsa, os cientistas dizem que é improvável. Ainda assim as pessoas persistem em morrer em chamas, deixando para trás nada além de uma mão tostada ainda segurando um cigarro por terminar. Fat Charlie leu a respeito da combustão espontânea numa revista. Ele não teria se importado se seu pai tivesse morrido assim. Ou mesmo se tivesse sofrido um ataque cardíaco correndo pela rua, perseguindo os homens que roubaram o dinheiro da sua cerveja.

O pai de Fat Charlie morreu assim.

Ele chegou ao bar cedo e começou a noite de karaokê cantando “What s New Pussycat?”, canção cantada bem alto, de acordo com a Sra. Higgler, que não estava no local. Cantou de um jeito que, se fosse Tom Jones, já estaria coberto de calcinhas jogadas pela platéia. Isso rendeu a ele uma cerveja de agradecimento, cortesia das várias turistas loiras de Michigan que o acharam a Coisinha mais fofa que já haviam visto na vida.

— Foi culpa delas — observou a Sra. Higgler, numa voz amarga.

— Elas encorajaram ele!

Eram mulheres que usavam tops tomara-que-caia apertados. Estavam todas vermelhas do sol por tentarem se bronzear rápido demais e tinham idade para ser filhas dele.

Não demorou para que ele se sentasse à mesa delas, fumando seus “charutos” e contando a lorota de que havia feito parte do Serviço de Inteligência do Exército durante a guerra, que ele tinha o cuidado de não dizer qual foi, e que podia matar um homem de várias maneiras diferentes com as próprias mãos, sem esforço nenhum.

Depois convidou a turista mais loira e mais peituda para dançar com ele enquanto uma das amigas dela cantava em falsete “Strangers in the Night” no palco. Ele parecia estar se divertindo muito, embora a turista fosse mais alta, fazendo com que seu sorriso ficasse na altura do busto dela.

Quando a dança terminou, ele anunciou que cantaria de novo. Aproveitando o fato de haver no mundo apenas uma coisa que você podia dizer com certeza a respeito dele — que ele não tinha nenhuma dúvida a respeito de sua heterossexualidade —, o pai de Fat Charlie cantou “I Am What I Am” para a platéia, especialmente para a turista mais loira na mesa, que estava logo abaixo dele. Deu tudo de si na música. Chegou ao ponto em que a letra explicava a todos os que ouviam que, pelo que ele sabia, sua vida não valia nada a não ser que pudesse dizer a todo mundo o que ele era. Foi quando fez uma cara esquisita, pressionou uma das mãos contra o peito, esticou a outra e tropeçou tão lenta e graciosamente quanto possível, caindo do palco improvisado até a turista mais loira, e depois dela para o chão.

— Era assim que ele sempre quis morrer — suspirou a Sra. Higgler.

Então ela contou a Fat Charlie como seu pai, com um gesto final, enquanto caía, esticou a mão e agarrou uma determinada coisa, que acabou sendo o top tomara-que-caia da turista loira, de modo que a princípio as pessoas pensaram que ele, dominado pela luxúria, apenas saltara do palco com o único propósito de expor os seios em questão. Lá estava ela, gritando, com os seios encarando a platéia, enquanto a música “I Am What I Am” continuava tocando, mas sem ninguém cantando junto.

Quando as pessoas se deram conta do que realmente acontecera, ficaram todas em silêncio por uns dois minutos. O pai de Fat Charlie foi carregado e colocado numa ambulância enquanto a turista loira tinha um ataque histérico no banheiro feminino.

Os seios eram o que Fat Charlie não conseguia tirar da cabeça. Ele fazia essa imagem mental em que os seios o perseguiam de um jeito acusatório pela sala, como os olhos de uma pessoa numa pintura. Continuava com aquela vontade de pedir desculpas a várias pessoas que nunca vira na vida. Saber que seu pai teria se divertido muitíssimo com a cena só fazia piorar sua mortificação. E muito pior quando você fica constrangido com uma coisa que nem mesmo presenciou: sua mente fica remoendo os acontecimentos, revirando tudo diversas vezes, examinando a situação de todos os ângulos. Bom, talvez a sua mente não seja assim, mas certamente a de Fat Charlie era.

Via de regra, Fat Charlie sentia o embaraço nos dentes e na boca do estômago. Se algo remotamente embaraçoso ameaçava aparecer na tela da televisão, ele dava um pulo e desligava o aparelho. Se isso não fosse possível, se outras pessoas estivessem presentes por exemplo, dava algum pretexto para sair da sala e esperava até ter certeza de que a cena embaraçosa tinha chegado ao final.

Fat Charlie morava no sul de Londres. Tinha chegado aos 10 anos de idade com um sotaque americano que era motivo de chacota incessante por parte das outras crianças. Ele se esforçou muito para perdê-lo, finalmente eliminando até a última consoante leve e os “Rs” enrolados enquanto aprendia o uso e o contexto corretos para a palavra innit [1] Isn’t it contração usada coloquialmente pelos britânicos para dar ênfase a frases ou perguntas. (N. E.). .

Havia conseguido finalmente perder todo o seu sotaque americano quando completou 16 anos, na mesma época em que seus colegas descobriam que precisavam muito falar como se viessem do gueto. Logo todos eles (com exceção de Fat Charlie) falavam como pessoas que gostariam de imitar a maneira como Fat Charlie falava quando veio para a Inglaterra. Mas ele nunca poderia usar aquele linguajar em público sem que sua mãe lhe desse um tabefe na orelha.

Era tudo uma questão de como usar a voz.

Assim que a vergonha que sentia em relação à morte do pai começou a sumir, Fat Charlie sentiu-se apenas vazio.

— Eu não tenho família — disse a Rosie de um jeito quase orgulhoso.

— Você tem a mim — respondeu ela. Isso fez Fat Charlie sorrir. — E também a minha mãe — acrescentou, fazendo o sorriso de Charlie ficar pela metade. Deu-lhe um beijo na bochecha.

— Você podia passar a noite aqui — sugeriu ele. — Para me consolar e tal.

— Eu poderia — concordou ela —, mas não vou.

Rosie só dormiria com Fat Charlie depois do casamento. Dizia que era uma decisão sua, que tomara quando tinha 15 anos de idade. Ela não conhecia Fat Charlie na época, mas era o que tinha decidido. Então o abraçou mais uma vez, um longo abraço, e disse:

— Sabe, você precisa fazer as pazes com o seu pai.

Depois foi para casa.

Ele teve uma noite inquieta, dormindo um pouco, acordando, pensando e depois dormindo novamente.

Acordou com o nascer do sol. Quando as pessoas estivessem a caminho do trabalho, ele ligaria para a agência de viagens e perguntaria a respeito de descontos na passagem para a Flórida em caso de morte de um membro da família. Depois ligaria para a Agência Grahame Coats e diria que, em virtude de uma morte na família, teria que tirar uns dias de licença e que, sim, sabia que isso seria descontado dos seus dias reservados para faltas por motivo de doença ou de seu período de férias. Mas por enquanto se sentia satisfeito porque o mundo estava calmo.

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