Neil Gaiman - Os Filhos de Anansi

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Os Filhos de Anansi: краткое содержание, описание и аннотация

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Os Filhos de Anansi, obra prima que estreiou em primeiro lugar na lista dos mais vendidos do New York Times. O livro conta a história de Fat Charlie, um tímido americano que escolheu ter uma vida pacata e sem-graça como contador numa empresa londrina. Ao ir ao funeral de seu pai, Sr. Nancy, Fat Charlie ouve uma velhinha, amiga do pai há anos, dizer que ele na verdade era o deus Anansi, uma divindade trapaceira e brincalhona da mitologia africana. A partir desse episódio, sua vida vira de cabeça para baixo. Os Filhos de Anansi mistura mitologia com toques xamanistas, elementos do folclore afro-americano e uma deliciosa descrição do mundo interior de um homem muito tímido mas, acima de tudo é uma história sobre algo bastante comum: as conturbadas relações entre pais e filhos.Tudo isso envolto num humor discreto capaz de fazer o leitor rir com uma única linha. A obra é a continuação do consagrado escritor Neil Gaiman para sua saga a respeito de deuses modernos.

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Ser um impostor não era o problema. Ele gostava de ser um impostor. Havia algo de bom nisso. Algo que se encaixava em seus planos, algo bastante simples e que poderia ser resumido mais ou menos assim: a) ir a algum lugar; b) divertir-se e c) ir embora antes de se sentir entediado. Ele sabia, bem no fundo, que já era hora de ir embora. Para ele, o mundo era como uma lagosta num prato — o guardanapo estava no seu pescoço, havia um pote de manteiga derretida à sua disposição e um conjunto de talheres complicados mas adequados para comer lagosta repousava na sua frente.

Exceto que..

Exceto que não queria ir embora.

Começava a refletir sobre a questão, algo que considerava bastante desconcertante. Em geral, ele nem sequer pensava, quanto mais refletia sobre as coisas. A vida sem reflexão sempre fora perfeitamente agradável — o instinto, o impulso e uma sorte absurda sempre lhe caíram bem até aquele momento. No entanto até mesmo os milagres só levam as pessoas até determinado ponto. Spider andava pela rua, e as pessoas sorriam para ele.

Combinara com ela que a encontraria no seu apartamento. Portanto ficou agradavelmente surpreso por vê-la no fim da rua, esperando por ele. Sentia uma sensação desagradável, algo que talvez fosse o começo da culpa, e acenou para ela.

— Oi, Rosie! — Ela caminhou em sua direção, sobre a calçada, e começou a sorrir. Eles resolveriam tudo. Tudo ficaria bem. — Você está tão bonita. Lindíssima. O que quer comer?

Rosie sorriu e deu de ombros. Passaram por um restaurante grego.

— Tudo bem se for comida grega?

Ela assentiu com a cabeça. Desceram alguns degraus e entraram. O restaurante estava escuro e vazio, já que abrira recentemente. O proprietário os encaminhou para um cantinho no fundo.

Sentaram-se um na frente do outro, em uma mesa para apenas duas pessoas. Spider começou:

— Eu queria contar algo a você. — Ela ficou quieta. — Não é ruim. Mas também não é bom. Mas... Enfim... É algo que você precisa saber.

O proprietário perguntou-lhes se queriam pedir algo. Ele sugeriu café e Rosie assentiu com a cabeça, concordando.

— Dois cafés — pediu Spider. — E pode nos dar uns cinco minutinhos? Precisamos ficar a sós um tempinho.

O dono do restaurante retirou-se.

Rosie ficou olhando para Spider, esperando.

Ele deu um longo suspiro.

— Certo. Ok. Deixa eu contar uma coisa pra você. Não é fácil, e não sei se consigo.. Certo. Olha. Eu não sou Fat Charlie. Sei que você pensa que eu sou, mas não sou. Sou o irmão dele, Spider. Você acha que eu sou ele porque nós somos meio parecidos. — Ela não disse nada. — Bem, na verdade não pareço muito com ele. Mas., sabe, isso não é fácil pra mim. Está bem! Não consigo parar de pensar em você. Sei que você é noiva do meu irmão, mas estou lhe pedindo., bem— Você consideraria largá-lo e ficar comigo?

Um bule de café chegou à mesa numa pequena bandeja prateada, com duas xícaras.

— É café grego — observou o dono do restaurante.

— Sim. Obrigado. Mas eu realmente preciso de uns minutinhos a sós...

— Está bem quente — continuou o homem. — Café bem quente. Forte. Grego. Não turco.

— Que bom. Olha, se você não se importa, pode nos dar cinco minutinhos, por favor?

O dono do restaurante deu de ombros e foi embora.

— Você provavelmente me odeia. Se eu fosse você, provavelmente também me odiaria. Mas é sério o que estou dizendo. Estou falando mais sério do que jamais falei em toda a minha vida. — Ela apenas olhava para ele, sem esboçar nenhuma reação. — Por favor — continuou ele. — Diga alguma coisa. Qualquer coisa.

Seus lábios se moveram, como se ela tentasse achar as palavras certas.

Spider aguardou.

A boca de Rosie abriu-se.

A primeira coisa que ele pensou foi que ela estava comendo alguma coisa, porque o que viu entre os dentes dela era marrom, e sem dúvida não era sua língua. Então a coisa moveu a cabeça e os olhos, olhinhos pequenos, redondos, pretos e brilhantes, e olhou para ele. Rosie abriu a boca de um jeito impossível, e os pássaros saíram.

Spider só teve tempo de dizer “Rosie?”, e o ar ficou repleto de bicos, penas, garras, um após o outro. Os pássaros saíam de sua garganta, cada um acompanhado de um pequeno ruído, como se ela estivesse tossindo ou sufocando, e voavam direto para Spider.

Ele ergueu um braço para proteger os olhos, e algo machucou seu pulso. Mexeu os braços histericamente, e algo voou para o seu rosto, direto para os olhos. Lançou a cabeça para trás, e o bico perfurou sua bochecha.

Então houve um momento de clareza horripilante: ainda havia uma mulher sentada do outro lado da mesa. Ele não conseguia entender como pôde tê-la confundido com Rosie. Para começar, o cabelo dela era impossivelmente negro, com mechas brancas aqui e ali. A pele não tinha o tom marrom quente da pele de Rosie, era negra como ébano. Usava um sobretudo esfarrapado de cor ocre. Ela sorriu e mais uma vez abriu bem a boca de um jeito absurdamente impossível. Agora conseguia ver dentro da boca dela os bicos cruéis e os olhos insanos das gaivotas.

Spider não parou para pensar. Resolveu agir. Agarrou a alça do bule e o ergueu com uma das mãos, enquanto com a outra tirava a tampa. Fez um movimento e lançou-o contra a mulher sentada à sua frente. O conteúdo do bule, café quente, escaldante, caiu em cima dela.

Ela sibilava de dor.

Pássaros chocaram-se e bateram suas asas no restaurante, mas não havia mais ninguém sentado à frente dele. Os pássaros voavam em todas as direções, batendo loucamente nas paredes.

O dono do restaurante veio até ele.

— O senhor está ferido? Eu sinto muito. Acho que vieram da rua.

— Tudo bem — respondeu Spider.

— O senhor está sangrando.

Ele deu a Spider um guardanapo, o qual ele pressionou contra a bochecha. O corte ardia.

Spider ofereceu-se para expulsar os pássaros para a rua. Abriu a porta, mas agora o lugar não continha mais pássaro nenhum. Encontrava-se exatamente como estava quando entrara.

Spider tirou do bolso uma nota de cinco libras.

— Tome. Pelo café. Preciso ir.

O dono do restaurante assentiu, agradecido.

— Pode ficar com o guardanapo.

Spider parou e pensou. Perguntou ao homem:

— Quando eu entrei, havia uma mulher comigo?

O proprietário parecia confuso. Talvez até mesmo assustado. Spider não sabia ao certo.

— Eu não me lembro.— — respondeu, como se estivesse aturdido. — Se o senhor estivesse sozinho, eu não o teria levado para aquela mesa ali. Mas eu não sei.

Spider foi para a rua. O dia ainda estava claro, mas a luz do sol não dava mais uma sensação de segurança. Olhou em volta. Viu um pombo virando e bicando uma casquinha de sorvete abandonada, um pardal sobre o parapeito de uma janela e, lá no alto, como um brilho de luz branca ao sol, com as asas estendidas, uma gaivota voava em círculos.

9

No qual Fat Charlie atende à porta e Spider encontra flamingos

Fat Charlie estava com mais sorte. Podia sentir isso. Venderam passagens a mais para o avião no qual embarcaria, então ele foi transferido para a primeira classe. A comida era excelente. Quando sobrevoavam o Atlântico, uma aeromoça veio informar-lhe que ganhara uma caixa de chocolates como cortesia e entregou-lhe o presente. Ele colocou a caixa no compartimento de bagagem superior e pediu um Drambuie com gelo.

Estava a caminho de casa. Acertaria as coisas com Grahame Coats. Afinal, se havia uma coisa no mundo de que Fat Charlie tinha certeza, essa coisa era a honestidade de seu trabalho como contador. Acertaria os ponteiros com Rosie. Tudo ficaria ótimo.

Imaginou se Spider já teria ido embora quando ele chegasse em casa ou se teria a satisfação de expulsá-lo de lá. Torcia pela segunda hipótese. Fat Charlie queria ver seu irmão pedir desculpas. Se possível, até mesmo rastejar. Começou a imaginar as coisas que diria a ele.

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