Neil Gaiman - Os Filhos de Anansi

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Os Filhos de Anansi: краткое содержание, описание и аннотация

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Os Filhos de Anansi, obra prima que estreiou em primeiro lugar na lista dos mais vendidos do New York Times. O livro conta a história de Fat Charlie, um tímido americano que escolheu ter uma vida pacata e sem-graça como contador numa empresa londrina. Ao ir ao funeral de seu pai, Sr. Nancy, Fat Charlie ouve uma velhinha, amiga do pai há anos, dizer que ele na verdade era o deus Anansi, uma divindade trapaceira e brincalhona da mitologia africana. A partir desse episódio, sua vida vira de cabeça para baixo. Os Filhos de Anansi mistura mitologia com toques xamanistas, elementos do folclore afro-americano e uma deliciosa descrição do mundo interior de um homem muito tímido mas, acima de tudo é uma história sobre algo bastante comum: as conturbadas relações entre pais e filhos.Tudo isso envolto num humor discreto capaz de fazer o leitor rir com uma única linha. A obra é a continuação do consagrado escritor Neil Gaiman para sua saga a respeito de deuses modernos.

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— Pronto — disse a sra. Dunwiddy. — Tá se sentindo melhor?

— Que horas são?

— Quase cinco da manhã — respondeu a sra. Higgler. Ela tomou um gole de café de sua caneca gigante. — Ficamos tão preocupadas com você. Melhor contar pra gente o que aconteceu.

Fat Charlie tentou se lembrar. Não que as imagens se tivessem evaporado, como acontece nos sonhos. Foi como se a experiência das últimas horas tivesse acontecido com outra pessoa e ele devesse entrar em contato com essa pessoa com algum novo método de telepatia. Sua mente estava muito confusa. Toda a atmosfera colorida no estilo Mágico de Oz do outro lugar se dissolvia em tons sépia de realidade.

— Tinha umas cavernas. Eu pedi que me ajudassem. Tinha muitos animais lá. Ninguém quis ajudar. Todos tinham medo do meu pai. Aí uma disse que iria me ajudar.

— Uma?

— Alguns eram homens, outros eram mulheres. Foi uma mulher.

— Sabe dizer que bicho ela era? Crocodilo? Hiena? Rato?

Ele deu de ombros.

— Talvez conseguisse me lembrar se vocês não tivessem me batido e jogado água em mim. E enfiado sais no meu nariz. Isso me fez esquecer as coisas.

— Você se lembrou do que eu disse? De não dar nada, só fazer trocas? — perguntou a sra. Dunwiddy.

— Sim — respondeu ele, um pouco orgulhoso de si mesmo. — Sim. Havia um macaco que queria que eu lhe desse coisas, mas eu disse que não. Olha, acho que preciso beber alguma coisa.

A sra. Bustamonte pegou um copo de alguma coisa em cima da mesa.

— A gente achou que talvez você precisasse mesmo beber. Então coamos o xerez. Talvez tenha algumas ervinhas aí, mas nada de mais.

Fat Charlie estava com as mãos fechadas sobre o colo. Abriu a mão direita para pegar o copo. E então parou e ficou olhando para a própria mão.

— O quê? O que foi? — perguntou a sra. Dunwiddy.

Na palma de sua mão, negra e já sem forma, molhada de suor, havia uma pena. E então ele se lembrou. Lembrou-se de tudo.

A manhã cinzenta surgia. Fat Charlie entrou na perua da sra. Higgler e ocupou o assento do passageiro.

— Cê tá com sono? — perguntou ela.

— Não exatamente. Só me sentindo estranho.

— Era a Mulher Pássaro.

— Pra onde cê quer que eu te leve? Pra minha casa? Pra casa do teu pai? Prum hotel?

— Não sei.

Ela engatou a marcha e saiu com o carro para a rua.

— Aonde a senhora está indo?

Ela não respondeu. Bebeu um pouco de café da sua mega-caneca. E disse:

— Talvez o que a gente fez hoje de noite tenha sido pra melhor. Talvez não. Às vezes é melhor deixar esses assuntos de família para as próprias famílias resolverem. Você e o seu irmão... São tão parecidos. Acho que é por isso que vocês brigam.

— Deve haver um significado caribenho obscuro para a palavra “parecidos”. Talvez “totalmente diferentes”.

— Não vem fazer essa pose de britânico pra cima de mim. Eu sei do que to falando. Você e ele são farinha do mesmo saco. Eu lembro quando seu pai me falou “Callyanne, os meus meninos fazem mais besteira que...” Bom, não sei exatamente o que ele disse, mas o fato é que falou de vocês dois.

Um pensamento ocorreu-lhe.

— Ei, quando cê foi praquele lugar, onde ficam os deuses antigos, cê viu o seu pai?

— Acho que não. Eu teria me lembrado se tivesse visto.

Ela assentiu com a cabeça e ficou calada durante o resto do percurso.

Ela estacionou, e os dois saíram do carro.

Fazia um pouco de frio naquela manhã da Flórida. O Cemitério Jardim do Repouso parecia um cenário de filme: havia uma pequena névoa, no nível do chão, que fazia tudo ficar levemente desfocado. A sra. Higgler abriu um pequeno portão. Ela e Fat Charlie caminharam pelo cemitério.

Onde havia apenas terra sobre a cova de seu pai, agora havia grama. Na cabeceira da cova havia uma placa de metal com um vaso de metal acoplado e, no vaso, uma única rosa amarela.

— Que Deus tenha piedade do pecador nesta cova — disse a Sra. Higgler com uma voz grave. — Amém, amém, amém.

Eles tinham uma platéia: as duas garças com penas vermelhas no topo da cabeça que Fat Charlie vira em sua visita anterior ao cemitério andaram na direção dos dois, com a cabeça balançando, como dois aristocratas que vão visitar conhecidos na prisão.

— Xô! — espantou a Sra. Higgler.

Os pássaros olharam para ela, indiferentes, e não se mexeram.

Uma das garças mergulhou a cabeça na grama e surgiu com uma lagartixa debatendo-se em seu bico. Abocanhou o bicho e mexeu a cabeça. Logo o bicho fazia um volume na garganta da garça.

O coro do amanhecer se preparava: melros, papa-figos e tordos cantavam no mato por trás do Jardim do Repouso.

— Vai ser bom voltar pra casa — disse Fat Charlie. — Com sorte, ele já vai ter sido expulso de lá quando eu voltar. E aí tudo fica bem. Vou poder resolver as coisas com a Rosie.

Uma onda de otimismo tomou conta dele. Aquele seria um ótimo dia.

Nas velhas histórias, Anansi vive como eu e você, em sua casa. Ele é egoísta, é claro, e cheio de luxúria, enganador, mentiroso. Também tem bom coração, sorte, e às vezes é até honesto. De vez em quando é bom, outras vezes é mau. Mas nunca é malévolo. Na maioria das vezes, você fica do lado dele. Isso acontece porque Anansi é o dono de todas as histórias. Mawu deu as histórias para ele, no começo, há muito tempo. Tomou as histórias do Tigre e deu todas a Anansi. Ele tece a teia das histórias de um jeito tão bonito...

Nas histórias, Anansi é uma aranha, mas também é um homem. Não é difícil imaginar as duas coisas ao mesmo tempo. Até uma criança consegue.

As histórias de Anansi são contadas pelas avós e tias da costa Oeste da África e do Caribe, e também no mundo todo. Chegaram até os livros infantis: o velho Anansi, sorridente, pregando suas pelo mundo afora. O problema é que as avós, as tias e os escritores de livros infantis tendem a deixar de fora certas informações. Existem histórias que não são mais apropriadas para criancinhas.

Esta é uma história que você não achará nos livros infantis. Eu a chamo de.

Anansi e o Pássaro

Anansi não gostava do Pássaro porque, quando o Pássaro sentia fome, ela — sim, ela, porque era um pássaro fêmea — comia muitas coisas. Uma das coisas que comia eram as aranhas, e o Pássaro estava sempre com fome.

Antigamente eles eram amigos. Mas agora não são mais.

Um dia, Anansi estava andando e viu um buraco no chão. Isso faz com que tenha uma idéia. Coloca madeira no fundo do buraco, faz uma fogueira, põe uma panela no buraco e, dentro dela, coloca raízes e ervas. Então começa a correr em volta da panela. Corre, dança e grita:

— Eu me sinto bem! Eu me sinto tãããão bem! Todas as minhas dores sumiram. Eu nunca me senti tão bem em toda a minha vida!

O Pássaro ouve aquela confusão. Desce dos céus para ver o que era aquilo. E pergunta:

— Por que você está cantando? Por que está agindo feito um louco, Anansi?

Anansi cantarola:

— Eu tinha uma dor no pescoço, mas ela sumiu. Minha barriga doía, agora não dói mais. Minhas juntas faziam barulho, mas agora estou maleável como uma palmeira, macio como a Cobra quando troca de pele. Eu me sinto feliz, cheio de energia, e agora serei perfeito, porque sei o segredo que ninguém mais sabe.

— Que segredo?

— O meu segredo. Todos vão me dar suas coisas mais preciosas e mais queridas só para saber o meu segredo. Uhu! Oba! Eu estou tão feliz!

O Pássaro vem um pouco mais pra perto e inclina a cabeça para o lado. E pergunta:

— Eu posso saber o seu segredo?

Anansi olha desconfiado para o Pássaro. Então fica escondendo a panela borbulhante sobre o buraco.

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