Arthur Clarke - As cancoes da Terra distante

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— Vamos — disse ele com um jeito malicioso.

— Quero mostrarlhe algo.

— Não é perigoso? — Claro que não, eu já estive aqui várias vezes. „E nenhuma vez sozinho”, pensou Carina. Mas ele já tinha saltado pela borda do barco antes que pudesse fazer qualquer comentário.

A água chegava mais ou menos até a cintura e ainda conservava tanto calor do dia que chegava a dar uma desagradável sensação de tepidez. Quando Carina e Kumar caminharam para a praia de mãos dadas, era refrescante sentir a brisa fria da noite em seus corpos. Eles emergiram da água ondulante como um novo Adão e uma nova Eva que tivessem recebido as chaves de um Éden mecanizado.

— Não se preocupe! — disse Kumar.

— Eu sei andar por aqui. O Dr. Lorensen me explicou tudo. Mas achei alguma coisa que tenho certeza que ele não sabe. Ambos caminharam ao longo de uma linha de encanamentos pesadamente isolados, erguidos a um metro do solo e agora, pela primeira vez, Carina podia ouvir o som distinto do pulsar das bombas, forçando o fluido de refrigeração através do labirinto de encanamentos e trocadores de calor que os circundavam. Daí a pouco eles chegaram ao famoso tanque onde o scorp fora encontrado. Muito pouca água era agora visível. A superfície encontravase quase inteiramente coberta por uma massa de algas emaranhadas. Não havia répteis em Thalassa, mas os caules grossos e flexíveis lembraram a Carina cobras entrelaçadas. Eles caminharam ao longo de uma série de aquedutos e pequenas comportas, todas elas fechadas naquele momento, até alcançarem uma ampla área aberta, bem distante da fábrica principal. Enquanto deixavam o complexo central, Kumar acenou alegremente para as lentes de uma câmara apontada. Mais tarde ninguém conseguiu descobrir por que ela fora desligada naquele momento crucial.

— São tanques de congelamento — disse Kumar.

— Seiscentas toneladas em cada um. Noventa e cinco por cento água, cinco por cento alga. Qual foi a graça? — Não tem graça nenhuma, mas é muito estranho — respondeu Carina, ainda sorrindo.

— Pense nisso, eles estão carregando parte de nossa floresta oceânica daqui até as estrelas. Quem imaginaria uma coisa dessas! Mas não foi por isso que me trouxe aqui.

— Não — concordou suavemente Kumar.

— Olhe… A princípio ela não podia ver o que ele estava apontando. Foi aí que sua mente interpretou a imagem que tremulava no limite de sua visão, e ela compreendeu. Era um milagre muito antigo, é claro. Os homens haviam feito tais coisas em muitos lugares, por mais de mil anos, mas testemunhar algo assim com seus próprios olhos não era apenas de perder o fôlego. Era apavorante. Agora que ambos se aproximavam dos últimos tanques, ela podia ver mais claramente. Uma fina linha de luz que não devia ter mais do que

alguns centímetros de largura! Subindo em linha reta em direção às estrelas, tão retilínea e precisa quanto um raio laser. Seus olhos a seguiram até ela se estreitar na invisibilidade, desafiando-os a determinar o ponto exato de seu desaparecimento. E seu olhar deslocava-se para cima, até alcançar o zênite e a única estrela parada, imóvel lá em cima, enquanto suas companheiras mais tênues marchavam continuamente em direção ao oeste. Como alguma aranha cósmica a Magalhães baixara um fio de teia e logo estaria içando a presa desejada lá embaixo. Agora que estavam junto do bloco de gelo, Carina teve mais uma surpresa. A superfície estava coberta por uma camada cintilante de folha dourada, lembrando-lhe os presentes dados às crianças em seus aniversários ou na Festa Anual do Pouso.

— Isolamento — explicou Kumar.

— E trata-se realmente de ouro com aproximadamente dois átomos de espessura. Sem ele, metade do gelo derreteria de novo antes de chegar ao escudo. Isolamento ou não, Carina sentiu o açoite do frio em seus pés descalços quando Kumar a ergueu por cima da placa gelada. Eles alcançaram seu centro em doze passos e lá, cintilando com um curioso brilho não metálico, estava a fita que se estendia até as estrelas, pelo menos trinta mil quilômetros até a órbita estacionaria onde a Magalhães por ora se encontrava. Ela terminava num tambor cilíndrico crivado de instrumentos e jatos de controle, que servia claramente como um gancho de guindaste móvel e inteligente, dirigindo-se para sua carga depois de uma longa descida através da atmosfera. Todo o arranjo parecia surpreendentemente simples e não-sofísticado, desapontador como costumam ser os produtos de tecnologias maduras e avançadas. Carina tremeu subitamente, e não era do frio abaixo de seus pés descalços, algo que agora quase não sentia.

— Tem certeza de que é seguro? — perguntou ansiosa.

— É claro, eles sempre içam pontualmente à meia-noite e ainda faltam horas. É uma visão maravilhosa, mas não creio que ficaremos até tão tarde. Agora Kumar se ajoelhava, colocando o ouvido de encontro àquela fita incrível que unia um planeta a uma nave. (Se ela se partisse, Carina se perguntou ansiosamente, será que ambos voariam um para cada lado?) — Escute — ele sussurrou. Ela não sabia o que esperar. Algumas vezes, anos depois, quando conseguia, ela às vezes tentava lembrar a magia daquele momento. Nunca pôde ter certeza de que fora bem-sucedida.

A princípio, era como se estivesse ouvindo a nota mais aguda de uma gigantesca harpa, cujas cordas tivessem sido estendidas entre dois mundos. Sentiu calafrios na espinha e os pequenos pêlos de sua nuca se eriçaram na resposta imemorial de um medo forjado nas florestas primitivas da Terra. Então, à medida que se acostumava àquilo, percebia todo um espectro de tons mutáveis ao fundo, cobrindo o campo da audição até os próprios limites da percepção auditiva, e sem dúvida indo bem além. Eles se tornavam indistintos, misturando-se uns aos outros, tão inconstantes e no entanto continuamente repetidos como os sons do mar. E quanto mais ela ouvia, mais se lembrava do interminável bater das ondas em uma praia desolada. Sentia estar ouvindo o oceano do espaço arremetendo contra as praias de todos os seus mundos, um som aterrorizante em sua futilidade sem sentido, enquanto reverberava através do doloroso vazio do universo. Agora percebia outros elementos nessa sinfonia imensamente complexa. Havia toques súbitos e sonoros, como se dedos gigantescos estivessem beliscando a faixa em algum ponto ao longo de seus milhares de quilômetros de retesamento. (Meteoritos? Certamente que não. Talvez alguma descarga elétrica na fervilhante ionosfera de Thalassa.) Seria apenas sua imaginação, alguma coisa criada por seus próprios temores inconscientes? Parecia que, de tempos em tempos, ela ouvia um uivo fraco de vozes demoníacas ou os gritos fantasmagóricos de todas as crianças doentes e famintas que haviam morrido na Terra durante os Séculos de Pesadelo. E, de repente, ela não pôde mais suportar aquilo.

— Eu estou com medo, Kumar — sussurrou ela, puxando seu ombro.

— Vamos embora. Mas Kumar ainda estava perdido nas estrelas, a boca meio aberta enquanto pressionava a cabeça de encontro à fita ressonante, hipnotizado por seu canto de sereia. Não reparou quando Carina, assustada e furiosa, caminhou com força sobre o gelo coberto de folha metálica e foi esperá-lo sob o calor familiar da terra seca. Mas agora ele havia percebido algo mais, uma série de notas crescentes que pareciam estar pedindo sua atenção. Era como uma Fanfarra para Cordas, se é que alguém poderia imaginar tal coisa, e parecia indescritivelmente triste e distante. Mas estava se aproximando cada vez mais, tornando-se mais alta. Era o som mais emocionante que Kumar já tinha ouvido, e o manteve paralisado de espanto e admiração. Podia quase imaginar que alguma coisa descia correndo ao longo da fita em direção a ele… Alguns segundos mais tarde ele percebeu a verdade quando o primeiro choque da onda precursora o lançou achatado em cima da folha

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