Станислав Лем - Regresso das estrelas

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Regresso das estrelas: краткое содержание, описание и аннотация

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Bohater, kosmonauta Hal Bregg, uczestnik wyprawy badawczej do Fomalhaut, wraca na Ziemię po 10 latach spędzonych w przestrzeni kosmicznej wg czasu pokładowego. Z powodu zjawiska dylatacji czasu na Ziemi upłynęło 127 lat — po tym czasie na rodzimej planecie zmieniło się wszystko. Nie tylko w sferze techniki, ale przede wszystkim, obyczajowości. Zabiegiem, który miał w założeniu wyeliminować stosowanie przemocy w stosunkach międzyludzkich, ale wpłynął na całą aktywność ludzi, jest betryzacja. Uczestnicy wyprawy badawczej, w której brał udział Hal, są jedynymi osobami na planecie niepoddanymi temu zabiegowi. Konfrontacja zniewieściałego społeczeństwa przyszłości i pierwotnego w swych instynktach, bohatera, to główna oś fabularna powieści.

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— Não estás a dormir? — perguntei, num murmúrio, e inclinei-me para tocar os seus lábios, mas ela colocou as pontas dos dedos na boca.

Deixou-os ficar um momento e depois desceu-os ao longo da clavícula até ao peito, apalpou a cavidade dura entre as minhas costelas e comprimiu-a com a palma da mão.

— Que é isto? — sussurrou.

— Uma cicatriz.

— Que aconteceu?

— Tive um acidente.

Calou-se e eu senti-a a olhar para mim. Levantou a cabeça. Os seus olhos eram só escuridão, sem o mínimo brilho. Eu via o contorno do seu braço, a mover-se ao ritmo da respiração.

— Por que não me dizes nada?

— Eri…

— Por que não queres falar?

— Acerca das estrelas?

Compreendi de súbito. Ela calou-se e eu fiquei sem saber que dizer.

— Pensas que eu não compreenderia?

Olhei-a atentamente, no escuro, como se o rugido do oceano fluísse e refluísse através do quarto. Não sabia como explicar-lhe.

— Eri…

Tentei tomá-la nos braços, mas ela libertou-se e sentou-se na cama.

— Não és obrigado a falar se não quiseres. Mas diz-me ao menos porquê.

— Não sabes? Não sabes realmente?

— Agora, talvez. Querias… poupar-me?

— Não. Tenho simplesmente medo.

— De quê?

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— Não sei bem. Não quero desenterrar tudo. Isso não significa que negue alguma coisa. De resto, seria impossível. Mas falar a esse respeito significaria — ou assim me parece — fechar-me dentro do que se passou. Isolado de toda a gente, de tudo, do que é… o presente.

— Compreendo — disse serenamente.

A mancha branca do seu rosto desapareceu; baixara a cabeça.

— Pensas que não sei apreciar.

— Não, não — tentei interrompê-la.

— Espera, agora é a minha vez. O que penso a respeito da astronáutica e o facto de que jamais deixaria a Terra, são uma coisa. Mas não têm nada a ver contigo e comigo. Embora na realidade tenham, pois estamos juntos. De outro modo não estaríamos, nunca. Para mim, és tu. É por isso que gostaria… mas não és obrigado. Se é como dizes, se sentes assim.

— Eu digo-te.

— Mas não hoje.

— Hoje.

— Deita-te.

Deixei-me cair nas almofadas. Ela foi em bicos de pés à janela, uma brancura na escuridão, e correu a cortina. As estrelas desapareceram e ficou apenas o rugido lento do Pacífico, a voltar repetidamente, com uma persistência monótona. Eu não via praticamente nada. O movimento do ar denunciou os passos dela e a cama afundou-se um pouco.

— Viste alguma vez uma nave do tipo do Prometheus!

— Não.

— É grande. Na Terra pesaria mais de trezentas mil toneladas.

— E vocês eram tão poucos?

— Éramos doze: Tom Arder, Olaf, Ame, Thomas— os pilotos, incluindo eu — e os sete cientistas. Se pensas que aquilo estava vazio, enganas-te. A propulsão ocupava nove décimos da massa. Fotoagregados. Armazenagem, provisões, unidades de reserva. O espaço para viver era na verdade pequeno. Cada um de nós tinha uma cabina, além dos espaços comuns. Na parte média do corpo, o centro de comando, os pequenos foguetões de desembarque e as sondas ainda mais pequenas, para recolher amostras da coroa…

— E tu estiveste sobre Arcturus numa delas?

— Estive. E o Arder também.

— Por que não voaram juntos?

— Num foguetão? É mais arriscado desse modo.

— Mais arriscado como?

— Uma sonda é um sistema de arrefecimento, uma espécie de refrigerador voador. Só tem espaço suficiente para nos sentarmos. Sentamo-nos dentro de uma cápsula de gelo. O gelo funde-se no escudo e volta a congelar nos tubos. Os compressores de ar podem ser danificados. Basta um momento apenas, porque no exterior a temperatura é de dez ou doze mil graus. Quando os canos param num foguetão de dois homens, são dois homens que morrem. De outro modo, é só um. Compreendes?

— Compreendo.

Colocou a mão naquela parte insensível do meu peito.

— E isto… aconteceu lá?

— Não, Eri. Queres que te conte?

— Está bem.

— Mas não penses… Ninguém sabe a esse respeito.

— Isto?

A cicatriz pareceu regressar à vida sob o calor dos seus dedos.

— Sim.

— Como é possível? E o Olaf?

— Nem mesmo o Olaf. Ninguém sabe. Eu menti-lhes, Eri. Agora tenho de te dizer a ti, já que comecei. Eri… deu-se no sexto ano. Regressávamos, mas nas regiões enevoadas não é possível movimentar-nos depressa. É um espectáculo magnificente. Quanto mais velozmente a nave viaja, tanto mais forte é a luminescência da nuvem. Tínhamos uma cauda atrás de nós — não como as dos cometas, era mais uma aurora polar, ténue aos lados, profundamente mergulhada no céu, na direcção de Alpha Eridanus, ao longo de milhares e milhares de quilómetros… O Arder e o Ennesson já tinham perecido, nessa altura. O Venturi também morrera. Eu acordava às seis da manhã, quando a luz mudava de azul para branco. Ouvi o Olaf falar aos comandos. Localizara qualquer coisa interessante. Desci. O radar mostrou um ponto, ligeiramente fora do rumo. Thomas apareceu também e perguntámo-nos o que poderia ser. Era grande de mais para ser um meteoro e, de resto, os meteoros nunca aparecem isolados. Reduzimos a velocidade, o que acordou os restantes. Lembro-me de que, quando se nos reuniram, o Thomas disse que tinha de ser uma nave. Brincávamos muitas vezes desse modo. Pode haver no espaço outras naves de outros sistemas, mas dois mosquitos soltados em extremidades opostas da Terra têm maiores probabilidades de se encontrar. Entretanto, alcançáramos uma aberta na nuvem e a fria poalha nebulosa tomou-se tão dispersa que podíamos ver a olho nu as estrelas de sexta grandeza. Afinal, o ponto era um planetóide. Qualquer coisa como Vesta. Um quarto de bilião de toneladas ou talvez mais. Extraordinariamente regular, quase esférico, o que é raro. Dois miliparsecs ao largo da proa. Estava em movimento e nós seguimo-lo. Thurber perguntou-me se nos podíamos aproximar mais. Respondi-lhe que nos podíamos aproximar um quarto de miliparsec.

«Aproximámo-nos. Visto ao telescópio parecia um porco-espinho, uma bola eriçada de espinhos, Uma excentricidade própria de rfiuseu. Thurber começou a discutir com Biel a respeito da sua origem, se era ou não tectónica. Thomas interveio, para dizer que isso não se podia determinar. Não haveria nenhuma perda de energia; nem sequer começáramos a acelerar. Voaríamos até lá, recolheríamos alguns espécimes e regressaríamos. Gimma hesitou. O tempo não constituía nenhum problema. Tínhamos algum a mais. Por fim, concordou. Sem dúvida por eu estar presente, apesar de não ter aberto a boca. Talvez até por isso. As nossas relações tinham-se tornado… Mas essa é outra história. Parámos. Uma manobra deste género leva tempo e, entretanto, o planetóide afastou-se, mas nós tínhamo-lo no radar. Eu estava preocupado, porque a partir do momento em que iniciáramos o regresso só tivéramos problemas. Avarias que não sendo graves eram no entanto difíceis de consertar e que aconteciam sem qualquer razão aparente. Não sou supersticioso, mas acredito em séries. No entanto, não tinha nada a argumentar contra a ida dele. Talvez tenha parecido infantil, mas verifiquei pessoalmente o motor do Thomas e disse-lhe que tivesse cuidado com a poeira.

— Com o quê?

— A poeira. Compreendes, na região de uma nuvem fria os planetóides actuam como aspiradores. Removem a poeira do espaço no seu caminho, o que se prolonga durante um longo período de tempo. A poeira assenta em camadas que podem duplicar o tamanho do planetóide. A rajada de um jacto ou até um passo pesado bastam para provocar uma nuvem de poeira turbilhonante, que paira sobre a superfície. Pode não parecer grave, mas não se consegue ver nada. Eu disse-lho. Mas ele sabia-o tão bem como eu. Olaf lançou-o pelo lado da nave e eu fui para a navegação e comecei a guiá-lo. Vi-o aproximar-se do planetóide, manobrar, virar o foguetão e descer para a superfície, como que suspenso de uma corda. Depois, claro, perdi-o de vista. Ma isso foi cinco quilómetros…

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