Almachio Diniz - Mundanismos
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– Desconheço-te já…
– Mas, porque…
– O sophisma substitue a tua logica: o amor cedeu o posto á quesilia dos outros…
– Esperarias o meu consorcio sem o consenso dos que me deram a existencia de mulher?
– Nem sei de mim mesmo que te responda…
– Não poderias esperar. Se eu fôsse livre, se a lagarta para ser papilio não carecesse de passar por ser chrysalida, nem eu te mandaria impetrar a sancção que nos faltou, nem os que nol-a negaram teriam razões para tal fazer. Aborrece-te o trovão? amedronta-te o curisco? Queres ver-te livre delles? Crê num Deus e pede-lhe a extinção… Infelizmente, Christovam, nem o trovão se extinguiria, nem o teu querer triumpharia… De um lado, Deus seria impotente para te dar o que pedisses porque não terias o direito de pedir… Só pede quem póde pedir; se se pede é porque de quem dá depende o pedido; e se o pedido não é dado, procura a causa na insufficiencia e na sem-razão de quem pediu…
– Mas…
– Nada adianta, Christovam. Corresponde ao meu inquerito e nega-me, se conservares a razão, que tenho o bom senso desejavel ás creaturas perfeitas. Queres responder-me?
– Nada significará o que te responda.
– É preciso que sejas categorico.
– Pois sim: responder-te-ei.
– Poderias tomar-me como tua esposa sem, obteres a minha vontade?
– Por certo que não.
– De minha parte a questão é outra: teria eu o direito de responder por mim num caso expresso de matrimonio? poderia ser unico o meu querer?
– Se quizesses, sim.
– Não é assim, não. Porque não me tomarias por mulher sem o meu assentimento? Por impoderoso deante de minha definição adversa. Porque não me daria eu por esposa sem o consentimento dos meus paes? Por impoderosa deante da pronuncia delles. Se tu pudesses alcançar de mim o amor sem vontade, desnecessario seria impetrares-m'a; se eu dispuzesse de meu corpo sem a intervenção dos que m'o formaram do nada em materia e em alma, nem cogitaria de enviar-te a elles…
– É um dilemma sophistico.
– Por que principio, não sei.
– Um dia, quando eu te disse que me abrazava na sêde do teu amor, Heloisa, como correspondeste a esse lapso do meu instincto?
– Do modo mais franco.
– Sim… Dando-me apaixonadamente os teus labios para nelles, como eu quizesse, matar a sêde que allegava…
– Dependia de mim. Dei-te.
– De outra vez pedi-te um testimunho da correspondencia de tua paixão. Negaste-m'o?
– Não poderia negar.
– Exactamente. Levaste-me, com todo o carinho, a dextra ao collo, e, na grandeza das iteradas pulsações cordiaes, affirmaste que eu reconheceria a intensidade do teu sentimento…
– Dependia de mim. Pratiquei.
– Por fim, quando te acenei com o plano de nossa união…
– Como te respondi, Christovam?
– Com a primeira negaça.
– Adulteras a minha intenção: cumpri o meu dever, enviando-te á maman, como o caminho propicio para vencer o papá.
– Realmente, Heloisa. Sou um vencido.
– Garanto-te, porem, Christovam, que te amo, ainda, como te amei…
– Irresistivel tormento para mim: serei eternamente o artista obrigado a consummar uma grande obra musical sem a inspiração para a realidade do dever…
– Desistes, então, do teu amor?
– Razões me sobejam…
– Que te disse, afinal, a maman?
– Isso mesmo. Falou-me em que queria um marido para a sua filha e lembrou-me que um musicista não compõe sem ter inspiração…
– Nada de mais, Christovam!
– Talvez não queiras comprehendel-a… Mas é tudo que se póde allegar contra um homem…
E, louco pela musica, inconsciente quasi, CHRISTOVAM DETMER assentou-se ao piano e executou, irreproduzivelmente, a esquisita criação de Gotschalk, ao depois do que, ceremoniosamente, se despediu de HELOISA…
O VELHO MEDICO
O mostruario exhibia, garbosamente, os artigos da moda rigorosa.
ESTEPHANIO e JUDITH – esta desprendendo-se de si no devotamento ao esposo, e aquelle, dominador da mulher vencida em mais annos, como se lhe tivesse o corpo de cór, curvas e linhas, luzes e perfumes – gozavam o esplendor dos luxos, com que o artificio corrige os defeitos da Natureza e apaga os estragos do Tempo…
MARCO ANTONIO – o medico afamado – cofiando as ennevoadas barbas em que se escondiam as illusões do seu poder curador, arrancou os olhares dos dois esposos, e apoderou-se, com fascinante dominio, de suas attenções…
– Bem póde a therapeutica dos homens… Vejo-o restituido ao fulgôr da mocidade…
– É exacto, doutor, passo agora sobre as molestias como a insensivel salamandra por sobre chammas… Descrendo da causa, não posso affectar-me com os seus effeitos: a sua medicina é a criadora das humanas torturas. Parece-me que jà se disse: «Tirem os medicos e as enfermidades desapparecerão»… Mas, eu digo: fugi delles e estou curado. Deem-me milhões de medicos e estarão formados trilhões de doenças.
– E quem te curou, meu caro?
– A natureza…
– O novo deus pagão…
– Assim diz o dr., mas, de facto, a inexgottavel fonte de poderes curadores. Lembra-se de que o procurei exasperado com o que soffria?
– Lembro-me, sim.
– Foram tantos os diagnosticos que jà perdi o direito de dar-lhes autorias.
– O sr. era verdadeiramente um doente.
– E o dr. escreveu uma longa lista de medicamentos para horas certas e invariaveis.
– Realmente.
– Pois confesso-lhe: não fiz uso de um só. Tambem o doutor não foi o ultimo medico que me assistiu. Ainda hoje louvo-lhe a sua acuidade na inspecção. Nada faltou à sua perspicacia, senão comprehender que, no meu estado, as suas perguntas eram outras tantas suggestões e novos symptomas para a aggravação de meu mal. Eu vivia desvairado na vontade de accusar males crescentes, e os meus assistentes porfiavam em illustrar-me em torturas ineditas.
– Afinal… quem te curou?
– Dir-lhe-ei tudo, de começo. Hygia, a deusa da saude, não é de todo mà…
– A historia vai ser a mesma de todos os doentes restabelecidos: salvaram-se pela acção do dedo de Deus, como teriam morrido pela intervenção do doutor…
– Creio que o sr. adianta um mau conceito. Não me tenho na conta dos casos communs.
– Desculpe-me.
– Pois não! Mas, a minha doença foi uma criação dos meus medicos, e a minha cura proveiu de minha inabalavel resolução de abandonal-os. Eu estava em ultimo grau de desengano quando o doutor foi chamado. Voltei assim às mãos de um allopatha. Homeopathas e feiticeiros nada fizeram de resultado para minorar os meus padecimentos. Quando adoeci, aos vinte e tres annos, foi numa convalescença de enfermidade effectivamente assassina: o amor. Eu tinha conseguido, pela vez primeira, objectivar uma paixão. E, não só isto: tivera, com todo o delirio proprio da idade, a posse facil, e passageira contra a minha vontade, de uma mulher amada. O mundo inteiro concentrou-se, ao meu sentir, nos violentos pezadelos de minha carne inexperimentada. Foram sessenta dias, mil quatrocentas e quarenta horas, ou oitenta e seis mil e quatrocentos minutos de frenetico jogo de instinctos, durante os quaes as paradas assediaram-me a alma, remontando as fichas do meu gozo ao maximo possivel. O prazo desse amor fôra, entretanto, fatal. Exgottou-se e a mulher fugiu-se-me dos braços como a espiral do fumo que procura as alturas. Ao depois disto, separado do entretenimento carnal, que me combalia as fibras, como a agua que vai abalar as galerias subterraneas para derribar as minas, tive a sensação do remorso de um grande crime…
– De um crime delicioso…
– Talvez, doutor.
– E então?
– Encegueirado pelo amor, o mundo ficou às escuras sem a luz do olhar della. Quiz correr nas suas pégadas, e senti-me tolhido como a voz na garganta do atormentado por um pezadêlo. Vi em todos os convivas de minha existencia, terriveis sombras fantasticas… E tudo findava sempre num choro convulso, durante o qual me punha a tremer com tanta violencia quanta fazia extremecer todo o assoalho de minha alcova e soar fóra de tempo a campainha do relogio sobre a meza… Senti-me muitas vezes balançado como a espherasinha de madeira que anima o trillo dos apitos…
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