Almachio Diniz - Mundanismos

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– Devias ter evitado tudo isto, Nedda.

– Evitado, como?

– Não acquiescendo à companhia de um homem de mà fama, como é o dr. Eduardo.

– Adivinhasse eu que elle viajaria para a Barra naquelle mesmo bonde em que eu fui… Hora de trabalhos na cidade…

– Recusasses os favores offerecidos.

– Ora, maman! Deixa-te de coisas! Qual é a mulher que se anima à grosseria de recusar gentilezas de um moço de distincto trato?..

– Conforme o renome desse moço.

– Tem mà fama o dr. Eduardo?

– Não sei, não. Dizem.

– Se tem mà fama, tem maus costumes. E como é que Saul, tão zeloso de sua honra, admitte, no seu convivio e nas suas recepções, um homem mal visto? Penso que os frequentadores de nossos salões, os habitués de nossa intimidade, sejam pessoas dignas de acompanhar-me a um ponto qualquer, e, se não fôsse assim, a primeira privação delles, seria a do nosso convivio…

– Neste ponto és razoavel, sou eu a primeira a reconhecer… Mas, Saul referiu-me que estavas sem chapeu…

– De facto. Ao depois que o dr. Eduardo se despediu, esbarrei na telha van do sotam, e enchi as flores do chapeu de teias… Sabendo que o sr. meu marido alli estava para auxiliar a reposição, tirei o chapeu e asseiei-o prestamente…

– Diz mais elle que estavas empurpurada e que te confundiste com a sua chegada, ao ponto de não saberes repôr o chapeu…

– Saul é um mentiroso.

– Não te zangues, Nedda.

– Injuriou-me.

– Não dês importancia a isto e resolve-te a aceital-o pacificamente…

– E elle o quer?

– Porque perguntas?

– Porque tão honrado elle não deveria aceitar mais a cohabitação da esposa deshonesta.

– Não deves dizer assim, minha filha!

– Aceita-me elle?

– Que tolice, Nedda!

– Maman, Saul deveria ter agora a minha repulsa definitiva, e não a faço em attenção aos teus bons officios…

– Fazes muito bem.

– Là vem elle descendo…

– Trata-o bem, minha queridinha! Um lar que não tem esposo…

– Desculpa-me, maman: só agora reparo que estou muito à vontade para nos encontrarmos os tres…

Arrepanhando, então, o bello roupão desabotoado, por cujas rendas e decotes se viam as carnes luciferas de NEDDA, a mulher de Saul se escapuliu, desenhando escorreita o seu impecavel corpinho de esculptura grega…

VOLUPTUOSAS

No rêz-do-chão de um palacete, coadas as luzes do sol por arrendados stores pallidos, HELENA fazia somno à hora da sesta, quando MARIA ANGELICA a surprehendeu adormecida.

A recemvinda impregnou o ambiente de essencia de iris, emquanto uma voluptuosidade ennervante empurpurava a linda cabeça desmaiada de HELENA…

Um beijo sobre os labios da desaccordada mulher, fel-a despertar com um fremito de prazer…

– De onde vens tu, Angelica?

– De encommendar flores…

– Flores?!

– Não te recordas de que Sophia se cazará amanhan, à noitinha?

– Sou uma esquecida.

– E ella é credora de nossas gentilezas…

– Das minhas, especialmente.

– Encommendei orchidéas e chrysanthemos.

– Que gosto! De minha parte vou mandar-lhe duas magnolias.

– Bellas flores, realmente. Mas, a natureza esmerou-se no chiquismo das orchidéas. Uma catyleia é um pedaço de labios excitados por dois beijos.

– Não lhes acho graça.

– Ó exigente!

– Flores do matto. E jà notaste que quasi todas ellas são lilazes e roxas? ou que se enfeitam com estrias e matizes dessas duas côres melancolicas?

– Descobres coisas…

– Mas, não é?

– Realmente.

– E como vais presentear uma noiva com flores lilazes?

– É a moda, é o chic, é o dernier-cri

– Olha! Nas minhas bodas manda-me flores alvas, muito alvas, chrysanthemos, rosas, cravos, magnolias… Comprehendeste-me?

– Se não! Agora, coisa notavel: eu te vejo com as faces pallidas e os olhos muito brilhantes…

– De verdade?

– Sim. Sonhavas?

– Nem me lembro! Parece-me que sim. E tu estás intensamente corada…

– Apanhei muito sol.

– Os teus olhos estão pisados e languidos…

– É da fadiga do caminho… Desde cedo na rua, exposta, Helena, ao calor que abraza e ao sopro canicular que afeia os penteados…

– Jà tinha reparado: os teus cabellos estão desmanchando-se…

– E eu os concertei no espelho de Esther.

– Andaste là, hein? Jà havia desconfiado… Quando te vejo amollentada, assim, tenho razões para me enciumar… É muito descuidada a Esther. Cuida mal das vestimentas das amigas. Olha o teu cinto, Angelica… Está mal posto, a fita está retorcida…

– Nem reparei…

– Disto não és culpada, por certo… Eu não te deixaria sahir daqui tão mal-amanhada. É de causar vergonha.

– Foi a pressa, Helena.

– E no teu hombro a sêda está nodoada…

– Nodoada?!..

– Sim! Vêem-se duas curvas vincadas como os bordos de uma… Nem sei mesmo que diga… Parece-me que te morderam o hombro?!..

– Quem o poderia fazer?

– Esther.

– És ciumenta! Fica sabendo: foi no jardim quando eu encommendava as flores. Deve ter sido agua das rozas, Helena, que aqui cahiu… Estás satisfeita?

– Muito pouco. Quando muito, illudida, minha flor, mas não convencida…

– Tu me censuras, e eu que te surprehendo com um esquisito fogo no olhar humido?.. Terá sido algum sonho delicioso… A tua voz mesmo é arrastada como a de quem se fatigou num excesso de venturas…

– Que venturas posso ter?

– Em sonhos podemos ser venturosas como jamais seremos na vida real… Morpheu capricha em povoar-nos a mente com espectaculos espantosos. Ha vezes em que, se eu pudesse, esganaria quem me desperta… E outras occasiões, quando volto a mim sem provocação, sou prompta a espantar-me porque me accordei e não morri no meio do prazer sonhado…

– Ha sonhos, effectivamente, que se não deveriam acabar… E não sentes calor, Maria Angelica?

– Algum.

– Neste caso…

– Que fazes?

– Dispo-me. Não me imitas?

– Póde ser. Passarei a tarde comtigo…

– Despe-te, pois… Tira o casaco… Desaffoga o collo desta góla assoberbante… Não tens geito?.. Chega, que te libertarei…

– Tira os alfinetes.

– Usas um bom pó de arroz, Angelica.

– Ui! Helena!

– Que foi assim, ardilosa?

– Espetaste-me as carnes…

– Tambem é uma ruma de alfinetões…

– É para segurar bem.

– Tens uma pellugem de arminho…

– Ai!.. Assim não… não…

– Que tens, rapariga?

– Beijas-me, Helena, com uns labios quentes e gulosos… Só me déste vontade de…

– Ui!.. ui!.. ui!.. Fazes-me um frisson de arrepiar-me os pellos…

– É para vingar o teu beijo…

– Porque me olhas assim, Angelica?

– És de uma alvura surprehendente, minha amiga. De teu corpo rescende um perfume originalissimo que me entontece…

– Aprendi a perfumar-me com as gregas. Li num livro que uma beldade se cubria de perfumes para agradar aos amantes. Eu o faço para attrahir as amigas como tu… Uma grega banhava as pernas numa bacia de prata em que se confundiam os aromas do nardo de Tharsos e do metôpyon do Aigypte. Nas axillas attritava mentho e sobre as pestanas e nas palpebras marjolana de kôs. Ao depois, a escrava defumava-lhe os cabellos desennastrados com espiraes de incenso, que combinava admiravelmente não só com a essencia de rozas de Phasêlis que lhe embalsamava a nuca e as faces, como tambem a bakkaris que se lhe derramava sobre os rins. E, por fim, entre os seios, corria o celebre oinanthê das montanhas de Chypre… Sei perfumar-me, Maria Angelica…

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