Жозе Сарамаго - O Evangelho Segundo Jesus Cristo
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- Название:O Evangelho Segundo Jesus Cristo
- Автор:
- Издательство:Companhia das Letras
- Жанр:
- Год:2000
- ISBN:9788571642096
- Рейтинг книги:5 / 5. Голосов: 1
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José Saramago – O Evangelho segundo Jesus Cristo
para as montanhas lutar ao lado dos bandidos, se vais, vamos contigo, Ireis comigo, mas não para as montanhas, o que importa não é vencer César pelas armas, mas fazer triunfar Deus pela palavra, Só, Pelo exemplo também, e pelo sacrifício das nossas vidas, quando for preciso, São palavras de teu Pai, A partir de hoje todas as minhas palavras serão palavras dele, e aqueles que nele crerem, em mim crerão, porque não é possível crer no Pai e não crer no Filho, se o novo caminho que o Pai escolheu para si, só no Filho que eu sou poderá começar, Disseste que iríamos contigo, a quem te referes, A ti, em primeiro lugar, a André, teu irmão, aos dois filhos de Zebedeu, a Tiago e a João, a propósito, Deus disse-me que me enviaria um homem chamado João para me ajudar, mas aquele não deve ser, Não precisamos de mais, isto não é um cortejo de Herodes, Outros hão-de vir, e quem sabe se alguns desses não estão já ali, à espera de um sinal, um sinal que Deus manifestará em mim, para que me creiam e me sigam aqueles por quem ele não se deixa ver, Que vais anunciar às pessoas, Que se arrependam dos seus pecados, que se preparem para o novo tempo de Deus que aí vem, o tempo em que a sua espada flamejante obrigará a dobrar o pescoço àqueles que tiverem rejeitado a sua palavra e sobre ela cuspido, Vais dizer-lhes que és o Filho de Deus, não podes fazer menos do que isso, Direi que meu Pai me chamou seu Filho e que levo essas palavras no coração desde que nasci, e que agora veio também Deus dizer-me Meu Filho, um pai não faz esquecer o outro, mas hoje quem ordena é o Pai Deus, obedeçamos-lhe, Então, deixa-me o caso comigo, disse Simão, e, acto contínuo, largou o remo, deslocou-se para a proa da embarcação e, como a voz já alcançasse, gritou, Hosana, que vem chegando o Filho de Deus, ele que esteve no mar durante quarenta dias a falar com o Pai e agora regressa a nós para que nos arrependamos e preparemos, Não digas que o Diabo também lá estava, avisou rápido Jesus, temeroso de que se tornasse conhecida publicamente uma situação que teria muita dificuldade em explicar. Deu Simão um novo grito, mas mais vibrante, com o que se alvoroçaram as gentes que na margem esperavam, e depois voltou a correr para o seu lugar, dizendo a Jesus, Deixa esse remo para mim e vai-te pôr na proa, de pé, mas não digas nada de lá, enquanto não saltarmos em terra não dizes uma palavra. Assim fizeram, Jesus em pé, na proa da barca, com a sua túnica velha, o alforge vazio ao ombro, os braços meio levantados, como se fosse saudar ou lançar uma bênção e o retivesse a timidez ou uma falta de confiança no seu próprio merecimento. Dentre os que o esperavam, três houve, mais impacientes, que se meteram à água até à cintura e, chegados à altura do barco, lançaram-lhe mão e vieram puxando e empurrando a barca, enquanto, de fora, com a mão livre, um deles tentava tocar a túnica de Jesus, não porque estivesse convencido da verdade do anúncio de Simão, mas por já se lhe afigurar caso notável ter-se ausentado um homem para o meio do mar durante quarenta dias, como se tivesse ido para o deserto à procura de Deus, e das entranhas frias duma montanha de nevoeiro estar agora voltando, visse ou não visse Deus. Não deveria ser preciso acrescentar que não se tem falado doutra coisa por estas aldeias e cercanias, muitos dos que aqui estão vieram por causa do fenómeno meteorológico, ouviram apenas falar que estava lá um homem dentro e disseram, Coitado. A barca abicou sem um solavanco, como se ali a tivessem deposto asas de anjos.
Simão ajudou Jesus a sair, sacudindo com impaciência mal reprimida os três que tinham ido à água e por isso se julgavam credores de diferente pago, Deixa-os, disse Jesus, um dia ouvirão que morri e sentirão dor de não terem podido levar o meu corpo morto, deixa-os que me ajudem enquanto estou vivo. Jesus subiu a um cômoro e perguntou aos seus, Onde está Maria, viu-a no mesmo instante em que fez a pergunta, como se o nome dela, pronunciado, a tivesse trazido de um nada ou de um nevoeiro, parecia que não estava ali, mas bastava dizer-lhe o nome, e ela vinha, Aqui estou, meu Jesus, Vem para o meu lado, venham também Simão e André, venham Tiago e João, os filhos de Zebedeu, estes são os que me conhecem e em mim crêem, que já me conheciam e criam quando eu ainda não podia dizer-lhes, e a vós também, que sou o Filho de Deus nascido, este Filho que foi chamado pelo Pai e com ele esteve quarenta dias no meio do mar, e que de lá voltou para dizer-vos que o tempo do Senhor é chegado e que deveis arrepender-vos antes que o Diabo venha recolher as espigas podres que tiverem caído da messe que Deus transporta no seu regaço, que essas sois vós, se, por vosso mal, ao amoroso abraço de Deus quereis escapar-vos. Passou um murmúrio pela multidão, rolando sobre as cabeças como aquelas pequenas ondas que no mar outra vez se vêem, em verdade, muitos dos assistentes tinham ouvido falar de milagres obrados em diversas partes por aquele que além está, alguns haviam sido, mesmo, directas testemunhas e beneficiários deles, Eu comi daquele pão e daquele peixe, dizia um, Eu bebi daquele vinho, dizia outro, Eu era vizinho daquela adúltera, 137
José Saramago – O Evangelho segundo Jesus Cristo
dizia um terceiro, mas entre tais cometimentos, por muito transcendentes que pudessem ter sido ou o parecessem, e este proclamado supremo prodígio de ser Filho de Deus e, portanto, Deus ele próprio, a distância é como da terra ao céu, e essa, que se saiba, ainda não foi, até hoje, medida. Do meio da multidão veio então uma voz, Dá-nos uma prova de que és o Filho de Deus e eu seguir-te-ei, Tu seguir-me-ias sempre se o teu coração te trouxesse a mim, mas o teu coração está preso dentro de um peito fechado, por isso pedes-me uma prova que os teus sentidos possam compreender, pois bem, vou dar-te agora uma prova que dará satisfação aos teus sentidos, mas que a tua cabeça recusará, e, no fim, estando tu dividido e perplexo entre a cabeça e os sentidos, não terás outro remédio senão vir a mim pelo coração, Quem puder entender que entenda, eu não entendo, disse o homem, Como te chamas, Tomé, Vem aqui, Tomé, vem comigo até à borda da água, vem ver-me fazer uns pássaros com esta lama que colho às mãos-cheias, repara como é tão fácil, formo e modelo o corpo e as asas, afeiçoo a forma da cabeça e do bico, engasto estas pedrinhas que são os olhos, ajeito as penas compridas da cauda, equilibro-lhes as pernas e os dedos, e, tendo feito este, faço mais onze, aqui os tens, um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez, onze, doze pássaros de lama, imagina, até podemos, se quiseres, dar-lhes nomes, este é Simão, este Tiago, este André, este João, e este, se não te importa, chamar-se-á Tomé, quanto aos outros vamos esperar que os nomes apareçam, os nomes, muitas vezes, atrasam-se no caminho, chegam mais tarde, e agora vê como faço, lanço esta rede por cima das avezinhas para que elas não possam fugir, os pássaros, se não temos cuidado, Queres dizer-me que se esta rede for levantada, os pássaros fogem, perguntou, incrédulo, Tomé, Sim, se a rede for levantada, os pássaros fogem, Esta é a prova com que querias convencer-me, Sim e não, Como, sim e não, A melhor prova, mas essa não é de mim que depende, seria não levantares tu a rede e acreditares que os pássaros fugiriam se a levantasses, São de barro, não podem fugir, Experimenta, também Adão, nosso primeiro pai, foi de barro e tu descendes dele, A Adão deu-lhe a vida Deus, Não duvides mais, Tomé, e levanta a rede, eu sou o Filho de Deus, Assim o quiseste, assim o terás, estes pássaros não voarão, com um movimento rápido Tomé levantou a rede, e os pássaros, livres, levantaram voo, deram, chilreando, duas voltas sobre a multidão maravilhada e desapareceram no espaço. Disse Jesus, Olha, Tomé, o teu pássaro foi-se embora, e Tomé respondeu, Não, Senhor, está aqui ajoelhado aos teus pés, sou eu. Da multidão adiantaram-se alguns homens, atrás deles, porém não dependentes, umas quantas mulheres. Aproximaram-se e disseram como se chamavam, Eu sou Filipe, e Jesus viu nele as pedras e a cruz, Eu sou Bartolomeu, e Jesus viu nele um corpo esfolado, Eu sou Mateus, e Jesus viu-o morto entre gente bárbara, Eu sou Simão, e Jesus viu nele a serra que o cortava, Eu sou Tiago, filho de Alfeu, e Jesus viu que o lapidavam, Eu sou Judas Tadeu, e Jesus viu a maça que se levantava sobre a sua cabeça, Eu sou Judas de Iscariote, e Jesus teve pena dele porque o viu enforcar-se por suas próprias mãos na figueira. Então Jesus chamou os outros e disse, Agora estamos todos, chegou a hora.
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