Paolo Coelho - A bruxa de Portobello

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Uma reflexão sobre a espiritualidade, a moral e as relações familiares. Narra 21 anos na vida de Athena, uma jovem originária da Transilvânia adotada por libaneses, que parte em busca de sua verdadeira mãe e de suas raízes. Nessa jornada, ela enfrentará a intolerância religiosa dos tempos da Inquisição.

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A importância disso foi completamente esquecida: até mesmo os feriados religiosos se transformaram em ocasiões para se ir à praia, ao parque, às estações de esqui. Não há mais ritos. Não se consegue mais transformar as ações ordinárias em manifestações sagradas. Cozinhamos reclamando da perda de tempo, quando podíamos estar transformando amor em comida. Trabalhamos achando que é uma maldição divina, quando devíamos usar nossas habilidades para nos dar prazer, e para espalhar a energia da Mãe.

Athena trouxe para a superfície o riquíssimo mundo que todos nós carregamos na alma, sem se dar conta de que as pessoas ainda não estão prontas para aceitar seus poderes.

Nós, as mulheres, quando buscamos um sentido para nossa vida, ou o caminho do conhecimento, sempre nos identificamos com um dos quatro arquétipos clássicos.

A Virgem (e aqui não estou falando de sexualidade) é aquela cuja busca se dá através da independência completa, e tudo que aprende é fruto de sua capacidade de enfrentar sozinha os desafios.

A Mártir descobre na dor, na entrega, e no sofrimento, uma maneira de conhecer a si mesma.

A Santa encontra no amor sem limites, na capacidade de dar sem nada pedir em troca, a verdadeira razão de sua vida.

Finalmente, a Bruxa vai em busca do prazer completo e ilimitado — justificando assim sua existência.

Athena foi as quatro ao mesmo tempo, quando devemos geralmente escolher apenas uma destas tradições femininas.

Claro que podemos justificar seu comportamento, alegando que todos os que entram em estado de transe ou de êxtase perdem o contato com a realidade. Isso é falso: o mundo físico e o mundo espiritual são a mesma coisa. Podemos enxergar o Divino em cada grão de poeira, e isso não nos impede de afastá-lo com uma esponja molhada. O divino não parte, mas se transforma na superfície limpa.

Athena devia ter se cuidado mais. Refletindo sobre a vida e a morte de minha discípula, é melhor eu mudar um pouco minha maneira de agir.

Lella Zainab, 64 anos, numeróloga

Athena? Que nome interessante! Vamos ver… o seu número Máximo é o nove. Otimista, social, capaz de ser notada no meio de uma multidão. Pessoas devem se aproximar dela em busca de compreensão, compaixão, generosidade, e justamente por isso deve ficar muito atenta, porque a tendência à popularidade pode subir à sua cabeça, e terminará perdendo mais do que ganhando. Deve também ter cuidado com sua língua, pois tende a falar mais do que manda o bom senso.

Quanto ao seu número Mínimo: onze. Penso que ela almeja alguma posição de chefia. Interesse por temas místicos; através deles procura trazer harmonia a todos que se encontram a sua volta.

Mas isso entra diretamente em confronto com o número Nove, que é a soma do dia, mês, e ano do seu nascimento, reduzidos a um único algarismo: estará sempre sujeita à inveja, tristeza, introversão, e decisões temperamentais. Cuidado com as seguintes vibrações negativas: ambição excessiva, intolerância, abuso de poder, extravagância.

Por causa deste conflito, sugiro que procure dedicar-se a algo que não envolva um contato emocional com as pessoas, como trabalho na área de informática ou engenharia.

Está morta? Desculpe. O que ela fazia, afinal?

O que Athena fazia afinal? Athena fez um pouco de tudo, mas, se tivesse que resumir sua vida, diria: uma sacerdotisa que compreendia as forças na natureza. Melhor dizendo, era alguém que, pelo simples fato de não ter muito o que perder ou esperar da vida, arriscou além do que os outros fazem, e terminou transformando-se nas forças que julgava dominar.

Foi assistente de supermercado, bancária, vendedora de terrenos, e em cada uma destas posições jamais deixou de manifestar a sacerdotisa que tinha dentro de si. Convivi com ela durante oito anos, e lhe devia isso: recuperar sua memória, sua identidade.

A coisa mais difícil ao recolher estes depoimentos foi convencer as pessoas a me permitirem usar seus nomes verdadeiros. Umas alegavam que não queriam estar envolvidas neste tipo de história, outras procuravam esconder suas opiniões e seus sentimentos. Expliquei que minha verdadeira intenção era fazer que todos os envolvidos a entendessem melhor, e ninguém acreditaria em depoimentos anônimos.

Como cada um dos entrevistados julgava possuir a única e definitiva versão de qualquer evento, por mais insignificante que ele fosse, terminaram aceitando. No decorrer das gravações, vi que as coisas não são absolutas, elas existem dependendo da percepção de cada um. E a melhor maneira de saber quem somos, muitas vezes, é procurar saber como os outros nos vêem.

Isso não quer dizer que vamos fazer o que esperam; mas pelo menos nos compreendemos melhor. Eu devia isso à Athena.

Recuperar sua história. Escrever o seu mito.

Samira R. Khalil, 57 anos, dona de casa, mãe de Athena

Não a chame de Athena, por favor. Seu verdadeiro nome é Sherine. Sherine Khalil, filha muito querida, muito desejada, que tanto eu como meu marido queríamos ter gerado por nós mesmos!

Mas a vida tinha outros planos — quando a generosidade do destino é muito grande, sempre há um poço onde todos os sonhos podem despencar.

Vivíamos em Beirute no tempo em que todos a consideravam como a mais bela cidade do Oriente Médio. Meu marido era um bem-sucedido industrial, casamos por amor, viajávamos à Europa todos os anos, tínhamos amigos, éramos convidados para todos os acontecimentos sociais importantes, e certa vez cheguei a receber em minha casa um presidente dos Estados Unidos, imagine! Foram três dias inesquecíveis: dois deles onde o serviço secreto americano esquadrinhou cada canto de nossa casa (eles já estavam no bairro há mais de um mês, ocupando posições estratégicas, alugando apartamentos, disfarçando-se como mendigos ou casais apaixonados). E um dia — melhor dizendo, duas horas de festa. Jamais me esquecerei da inveja nos olhos de nossos amigos, e da alegria de poder tirar fotos com o homem mais poderoso do planeta.

Tínhamos tudo, menos aquilo que mais desejávamos: um filho. Portanto, não tínhamos nada.

Tentamos de todas as maneiras, fizemos promessas, fomos a lugares onde garantiam que era possível um milagre, consultamos médicos, curandeiros, tomamos remédios e bebemos elixires e poções mágicas. Por duas vezes fiz inseminação artificial, e perdi o bebê. Na segunda, perdi também meu ovário esquerdo, e não consegui mais encontrar nenhum médico que quisesse arriscar-se em uma nova aventura deste tipo.

Foi quando um dos muitos amigos que conhecia a nossa situação, sugeriu a única saída possível: adotar uma criança. Disse que tinha contatos na Romênia, e que o processo não demoraria muito.

Pegamos um avião um mês depois; nosso amigo tinha negócios importantes com o tal ditador que governava o país na época, e do qual não me lembro o nome ( N.R.: Nicolai Ceaucescu) , de modo que conseguimos evitar todos os trâmites burocráticos e fomos parar em um centro de adoção em Sibiu, na Transilvânia. Ali já nos esperavam com café, cigarros, água mineral, e toda a papelada pronta, bastando apenas escolher a criança.

Nos levaram até um berçário, onde fazia muito frio, e eu fiquei imaginando como é que podiam deixar aquelas pobres criaturas em tal situação. Meu primeiro instinto foi adotar todas, levar para nosso país onde havia sol e liberdade, mas claro que isso era uma idéia maluca. Passeamos entre os berços, escutando choros, aterrorizados pela importância da decisão a tomar.

Por mais de uma hora, nem eu nem meu marido trocamos qualquer palavra. Saímos, tomamos café, fumamos cigarros, voltamos — e isso se repetiu várias vezes. Reparei que a mulher encarregada da adoção já estava ficando impaciente, precisava logo decidir; neste momento, seguindo um instinto que eu ousaria chamar de maternal, como se tivesse encontrado um filho que tinha que ser meu nesta encarnação mas que tinha chegado ao mundo através de outro ventre, apontei para uma menina.

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