Fyodor Dostoyevsky - Um club da Má-Lingua
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O proprio governador o foi visitar, mas voltou pelo mesmo caminho dizendo que o principe estava tinôco. D'alli em deante notaram que o governador punha uma cara de palmo, assim que lhe falavam na jornada a Dukhanovo… Indignavam-se as senhoras. Até que por fim se veiu a saber uma coisa capital; o principe vivia submettido á tutella de uma figurona por nome Stepanida Matveiévna, – Deus sabe que casta de mulher! – que tinha vindo lá de Petersburgo, velha, obêsa, usando constantemente o mesmo vestido de cassa, e sempre com um mólho de chaves na mão. O principe obedece-lhe em tudo e por tudo e não se atreve a dar um passo sem a consultar. Ella, lava-o com suas proprias mãos, apaparica-o, passeia-o e entretem-n'o, como se fôra um néné; em conclusão, é ella quem bate com a porta na cara aos parentes que principiam a saber o caminho de Dukhanovo… Foi muito discutida, sobretudo entre as senhoras, tão incomprehensivel ligação. Accrescentavam que Stepanida Matveiévna regia com plenos poderes, e sem ter quem lhe fosse á mão, a totalidade dos bens do principe. Substitue feitores, creados, arrecada os rendimentos; é aliás boa a sua administração, e os camponêzes não vêem outra coisa. Com respeito ao principe, este nem já arreda um passo do toucador, a ensaiar chinós, pêras postiças, casacos. Uma vez por outra, joga ás cartas com Stepanida Matveiévna; de vez em quando, dá o seu passeio n'uma egua inglêsa muito mansa: Stepanida Matveiévna acompanha-o sempre em carruagem fechada, prompta á primeira voz, visto como o principe só monta a cavallo por garridice e mal se pode ter em cima do selim. Acontece-lhe tambem o sair a pé, embrulhado n'um sobretudo, com um chapéu de palha enterrado na cabeça, um lenço de mulher ao pescoço, um monoculo no olho e pendurado na mão esquerda um açafate para recolher cogumelos e flôres campestres. Stepanida Matveiévna, vae-lhe seguindo as pisadas, levando á tréla dois latagões de dois lacaios; e um pouco mais atráz, uma carruagem. Se calha encontrarem um mujik que pára e tira o bonné para lhe fazer a sua contumélia dizendo: "Bom dia, paezinho principe. Nossa Excellencia, nosso solzinho!" o principe assesta-lhe o monoculo, acêna-lhe com a cabeça com bom modo e diz-lhe em francêz: "Bom dia, amigo, bom dia!" Qual não foi porém o espanto de toda a gente quando, uma bella manhã, se espalhou o boato de como o principe, aquelle eremitão, aquelle original, tinha vindo em pessoa a Mordassov e se hospedara em casa de Maria Alexandrovna! Foi um reboliço por ahi além! Estavam á espera de uma explicação, e perguntavam uns aos outros: "Que quererá isto dizer?" Não faltou quem se estivesse enfeitando para ir a casa de Maria Alexandrovna. Carteavam-se as senhoras, visitavam-se, mandavam as creadas e os maridos colher informações. O que maior espectação causava era a circunstancia de se ter ido o principe hospedar em casa de Maria Alexandrovna, e não em qualquer outra parte. Anna Nikolaievna Antipova ficou mais escandalizada do que outra qualquer pessoa, visto o principe ser ainda seu parente, parente muito arredado, é verdade.
III
São dez horas da manhã. Estamos em casa de Maria Alexandrovna, na Rua Grande, no aposento que a dona da casa, nos dias duplices, enfeita com o titulo de sala. (Maria Alexandrovna, dispõe tambem de um camarim.) O papel das paredes é correctissimo. Os moveis, pouco commodos, arvoram com verdadeira predilecção a côr vermelha. Ha um fogão, e em cima do fogão um espelho; deante do espelho um relogio tendo por assunto um Cupido do mais execrando gosto. Nas paredes, no intervallo das janéllas, dois espelhos a que já tiraram as capas. Adeante dos espelhos, duas banquinhas, e ainda dois relogios. Toma a metade de um apainelado um piano de cauda. (Mandaram vir o dito piano para a Zina: cultiva a musica.) Ao pé do fogão, no qual arde uma bôa fogueira, estão dispostas umas poltronas em desalinho pinturesco a mais não poder ser. Ao meio outra banquinha. No outro extremo da casa, ainda outra mesa, tapada com uma toalha immaculada e em cima, um samovar de prata, a ferver, no meio de um lindissimo serviço para chá. Uma senhora, residente em casa de Maria Alexandrovna, a titulo de parenta affastada, Nastassia Petrovna Ziablova, está especialmente incumbida do chá.
Duas palavras ácerca da alludida senhora. É viuva, frescalhona, com uns olhos castanhos escuros muito vivos, assaz bem parecida; é alegre, velhaca, até; linguareira, escusado será dizê-lo, e sabendo levar agua ao seu moinho; tem dois filhos no collegio, para ahi, algures. Não se lhe daria de tornar a casar; vive com bastante independencia; o marido era official.
Maria Alexandrovna em pessoa está sentada ao pé do fogão: acha-se de boa catadura. Traja um vestido verde claro, assentando-lhe a primor. Está contentissima com a vinda do principe. N'este ensejo, o principe está lá em cima, todo elle entregue á tarefa de se infunicar.
Maria Alexandrovna nem sequer pensa em esconder o seu contentamento. Deante d'ella, um rapaz a fazer boquinhas e a cantar, muito animado, seja o que fôr. Percebe-se que se desvéla por agradar a quem o está escutando. Tem vinte e cinco annos. Se não fossem as suas exuberancias, se não fossem tambem as suas pretensões a engraçado, seria toleravel. Está bem vestido, é loiro e de agradavel presença. Já a elle nos referimos, é o senhor Mozgliakov, môço sobre quem se fundaram esperanças matrimoniaes. Maria Alexandrovna acha-lhe a cabeça um tanto ôca, mas nem por isso deixa de o receber muito bem. Diz elle que está loucamente apaixonado pela Zina. Dirige-se a esta continuamente, ancioso por alcançar um ar de riso a poder de bons ditos e de azoamento. Ella, comtudo, mantem-n'o a distancia, com extrema frialdade. A joven está de pé junto ao piano, a folhear um almanaque. É uma dessas mulheres que produzem effeito geral ao entrarem numa sala. É peregrinamente formosa: alta, morena, com uns immensos olhos quasi pretos, esbelta, com um collo magnifico, uns pésinhos encantadores, espaduas e mãos de molde classico, e um pisar de rainha. Está hoje um tanto descoráda, a pallidez, comtudo, torna-lhe mais conspicuo o rubido fulgor dos labios por entre os quaes lhe luzem, tal qual perolas em fio, uns dentinhos miudinhos e regulares. Era caso para qualquer de nós sonhar com elles, três dias a fio, só de lhes ter posto a vista em cima. É séria a sua expressão.
O senhor Mozgliakov dir-se-hia arrecear-se do olhar fito da Zina, pelo menos não ergue para esta os olhos sem um tal qual enleio.
É singelissimo o vestido da joven, de gaze branca: Está-lhe bem o branco, está-lhe lindamente o branco… E d'ahi, que haverá que lhe não fique bem? Traz enfiado n'um dedo um annel de cabello entrançado. A julgar pela côr, aquelles cabellos não são os da mamã. Mozgliakov nunca se afoitou a perguntar de quem seriam aquelles cabellos. Está taciturna, esta manhã, triste, até, ou preoccupada, pelo menos. Em compensação, Maria Alexandrovna acha-se em maré de dar á lingua. De vez em quando, esguêlha uns olhos desconfiados para a Zina, e olhos furtivos quanto possivel, como que não se arreceando menos da joven.
– Estou tão contente, Pavel Alexandrovitch, (dir-se-hia pipilar) que estou capaz de gritar da janella abaixo o meu contentamento a quem passa pela rua. Sem falarmos da agradabilissima surpreza que nos proporcionou, a mim e á Zina, com vir quinze dias mais cedo do que o esperavamos. É caso á parte. Mas o que mais me penhorou foi a attenção que teve comnosco trazendo comsigo o principe. Se soubesse como eu adoro aquelle encanto aquelle vélhinho! Não pode comprehender-me! As pessoas da sua edade seriam incapazes de semelhante affeição. Não sabe as circumstancias que entre mim e elle se deram, ha seis annos? Lembras-te, Zina? E eu sem me lembrar de que n'esse tempo estavas em casa de tua tia. Estou que me não acreditaria, Pavel Alexandrovitch, se eu lhe dissesse, que servi de guia ao principe, que fui para elle, irmã, mãe? Havia lhaneza, carinho, nobreza n'aquella nossa ligação. Era… pastoril!.. Nem eu sei como a hei de definir. Eis o motivo porque elle se lembrou da minha casa com tamanha gratidão, o pobre do principe! E se eu lhe disser, Pavel Alexandrovitch, que é possivel até que o salvasse trazendo-o para minha casa? Não podia evitar o confranger-se-me o coração, durante aquelles seis annos, sempre que me punha a pensar n'elle!.. Eu… quer acreditar?.. até sonhava com elle! Dizem que aquella creatura, a tal sua carcereira, o enfeitiçou, que o deitou a perder… mas, emfim, o senhor arrancou-o das garras d'aquella harpia! Urge aproveitar a occasião para o salvar completamente… Mas conte-me, mais uma vez, como foi que o conseguiu? Descreva-me, muito por miudos, o encontro de um e outro. Eu ainda agora fiquei tão sobresaltada! Não vi senão os traços geraes, mas não ha pormenor que não seja precioso a meus olhos. Se eu sou assim! Pello-me pelas minudencias, nos acontecimentos de maior vulto, são os pormenores que primeiramente me chamam attenção… e… emquanto elle se está arrebicando…
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