Página do Título
Introdução
Pai contra mãe
A Nova Califórnia
Dentro da Noite
Contrabandista
A caolha
Gaetaninho
Negrinha
Autores
About the Publisher
A literatura brasileira, considerando seu desenvolvimento baseada na língua portuguesa, faz parte do espectro cultural lusófono, sendo um desdobramento da literatura em língua portuguesa. Faz parte também da Literatura latino-americana, a única em língua portuguesa. Ela surgiu a partir da atividade literária incentivada pelos jesuítas após o descobrimento do Brasil durante o século XVI. Bastante ligada, de princípio, à literatura metropolitana, ela foi ganhando independência com o tempo, iniciando o processo durante o século XIX com os movimentos romântico e realista e atingido o ápice com a Semana de Arte Moderna em 1922, caracterizando-se pelo rompimento definitivo com as literaturas de outros países, formando-se, portanto, a partir do Modernismo e suas gerações as primeiras escolas de escritores verdadeiramente independentes.
Período colonial
O primeiro documento existente que possa ser considerado literatura brasileira é a Carta de Pero Vaz de Caminha, escrita por Pero Vaz de Caminha a Manuel I de Portugal e que continha uma descrição de como o território brasileiro parecia em 1500. O neoclassicismo foi difundido no Brasil durante a metade do século XVIII, seguindo o estilo italiano. A literatura era muitas vezes produzida por membros de academias temporárias ou semipermanentes e a maior parte do conteúdo era do gênero pastoral. O mais importante centro literário no Brasil colonial era a próspera região de Minas Gerais, conhecida por suas minas de ouro, onde o movimento protonacionalista da Inconfidência Mineira tinha começado. Os poetas mais importantes desta época eram Cláudio Manuel da Costa, Tomás António Gonzaga, Alvarenga Peixoto e Manuel Inácio da Silva Alvarenga, todos eles envolvidos em uma revolta contra o poder colonial.
Romantismo
Neoclassicismo durou por um tempo anormalmente longo e acabou por sufocar a inovação e restringir a criação literária. Foi só em 1836 que o romantismo começou ao influenciar a poesia brasileira em larga escala, principalmente por meio dos esforços do poeta expatriado Gonçalves de Magalhães. Vários jovens poetas, como Casimiro de Abreu, começaram a fazer experiências com o novo estilo logo depois. Este período produziu algumas das primeiras obras-primas da literatura brasileira.
As principais características da literatura do então recém-nascido país era o exagero, o nacionalismo, a celebração da natureza e a introdução inicial da linguagem coloquial. A literatura romântica logo se tornou muito popular. Romancistas como Joaquim Manuel de Macedo, Manuel Antônio de Almeida e José de Alencar publicaram suas obras em forma de série em jornais e se tornaram celebridades nacionais.
Neste livro: A caolha por Júlia Lopes de Almeida.
Regionalismo
Regionalismo é uma corrente literária. No Brasil, está associada ao movimento do romantismo. Devido ao fato de a povoação do Brasil ter ocorrido em regiões distintas e distantes entre si (litoral nordestino, litoral fluminense e interior mineiro, por exemplo), o traço cultural de cada região influenciou o próprio desenvolvimento idiomático do português, ao longo da história. Em outras palavras, em cada região brasileira a língua portuguesa sofreu diferentes influências culturais, e por isto incorporou diferentes formas de expressão, o que aos poucos deu origem a diferentes dialetos, diferentes modos de expressar ou representar uma mesma ideia ou história, um mesmo sentimento ou conceito.
Neste livro: Contrabandista por João Simões Lopes Neto.
Realismo
O declínio do romantismo, juntamente com uma série de transformações sociais, ocorreu no país em meados do século XIX. Uma nova forma de prosa surge, incluindo a análise dos povos indígenas e a descrição do ambiente, nos autores regionalistas (como Franklin Távora e João Simões Lopes Neto) . Sob a influência do naturalismo e de escritores como Émile Zola, Aluísio Azevedo escreveu O Cortiço, com personagens que representam todas as classes e categorias sociais da época. O realismo brasileiro não foi muito original em um primeiro momento, mas assumiu uma importância extraordinária por causa de escritores como Machado de Assis e Euclides da Cunha.
Talvez o mais importante escritor do realismo brasileiro tenha sido Machado de Assis (1839-1908). No início da carreira, ele escreveu vários romances famosos, como A Mão e a Luva e Ressurreição, que, apesar de seu romantismo exagerado, já mostram seu humor vivaz e seu pessimismo para com as convenções da sociedade. Depois de ser apresentado ao realismo, Machado de Assis mudou seu estilo e seus temas, produzindo algumas das mais notáveis prosas já escritas em língua portuguesa. O estilo serviu como meio para seu humor corrosivo e seu intenso pessimismo, que estava distante das concepções de seus contemporâneos. Assis também era poeta.
Neste livro: Pai contra mãe por Machado de Assis.
Pré-modernismo
O período entre 1895 e 1922 é chamado de pré-modernismo por estudiosos brasileiros, porque, apesar de não haver uma predominância clara de qualquer estilo literário, existiam algumas manifestações iniciais do modernismo. A era pré-moderna é curiosa, visto que a escola francesa do simbolismo não se popularizou, enquanto a maioria dos autores do realismo ainda mantiveram seus estilos e reputações anteriores (incluindo Machado de Assis e o poeta Olavo Bilac). Alguns autores dessa época, como Monteiro Lobato, Lima Barreto, Simões Lopes Neto e Augusto dos Anjos.
Neste livro: A Nova Califórnia por Lima Barreto; Negrinha por Monteiro Lobato.
Modernismo
O modernismo no Brasil começou com a Semana de Arte Moderna, em 1922: Geração 1922 era um apelido para os escritores Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Manuel Bandeira, Cassiano Ricardo, Raul Bopp, Guilherme de Almeida, Antônio de Alcântara Machado e outros, os quais combinavam tendências nacionalistas com um interesse pelo modernismo europeu. Alguns novos movimentos como o surrealismo já eram importantes na Europa e começaram a se firmar no Brasil durante esse período.
Neste livro: Gaetaninho por Alcântara Machado
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