– Me chame de JB – pediu o homem.
– – Tenho dois MiG-21 e eu os piloto, no mínimo, duas vezes ao mês. Por fora, parecem baratos, mas na verdade, são caros de administrar para caramba. Já vi aviões MiG-21 aeronavegáveis por apenas 50 mil, apesar da última versão com menos horas e algumas atualizações sair por 150 mil dólares a cópia. Porém, o vendedor muitas vezes está do outro lado planeta, daí precisa transportar a aeronave para onde mora e ninguém vai deixar você pilotar até os EUA por ser uma genuína ameaça às aeronaves comerciais. Estes pilotos de caça continuam entregando aeronaves em alguns lugares, então sua perspectiva de compra deve se completar com um canhão automático GSh-23, que não pode ser importado, então o que se espera é que os agentes federais exijam sua remoção.
– Sem problema – disse Jake. – Com certeza não precisamos de armas para jogos de guerra.
– De qualquer forma, – Berman continuou – estas aeronaves são caras para ser operadas por uma pessoa comum. Elas bebem combustível; precisam de partes específicas raras, não há quase mecânicos nos EUA que saibam lidar com elas, além de precisar de manutenção constante.
Alex interveio.
– O MiG-21 continua sendo um caça popular top de linha, então várias partes são relativamente acessíveis, se saber onde achar. Muitos dos países que possuem os aviões mantêm as atualizações necessárias.
– Como reduzir o custo para pilotar essas coisas? – Jake perguntou. JB pensou por um momento.
– Se um MiG seminovo já licenciado e em atividade, com rádio e aviônica funcionando e sendo pilotado cuidadosamente, apesar de não saber quem em sã consciência iria pilotar um MiG-21 cuidadosamente, você talvez poderia controlar os custos de operação em por volta de 5 mil dólares por hora. Agora, lembre-se, isto é o gasto operacional, não quebramos nada ainda; coisas quebram, coisas caras. Isto nem inclui o custo de propriedade como aeroporto, hangar ou seguro.
– Ainda continua mais barato que pilotar um caça da aeronáutica – disse Jake. – O F-15 custa 23 mil dólares por hora de voo. Aí é que reside a vantagem competitiva do MiG.
– Bom, você tem uma empresa comercial, provavelmente faz sentido para você. Espero que tenha sucesso.
Jake e Alex apertaram as mãos de Berman.
– Obrigada, senhor – disse Jake. – Você nos ajudou bastante.
Divirta-se com seus aviões.
– Vocês também. Boa sorte, rapazes. Tudo de bom. No caminho para o carro, Alex perguntou:
– Você vai comprar os MiG da Draken?
– Não. Vamos comprar os aviões da Romênia. Eles estão vendendo os MiG-21 e atualizando-os por aviões F-16 excedentes de Portugal. Nosso pessoal tem um contrato para transportar os aviões novos para a Romênia. Eles vão devolver as aquisições mais novas para uma base na Espanha que estou alugando.
– Por que ir à Espanha?
– Será mais barato operar de lá por seis meses de treinamento e também para manter sigilo. Eu não quero que concorrentes descubram o que estamos fazendo.
– Como vamos transportar os caças pelo Atlântico quando chegar a hora? Não podemos reabastecer em voo.
– Vamos colocar os aviões em um cargueiro. Mesmo assim, não quero pôr o equipamento para cruzar a poça.
– Então, o que faremos agora?
– Vamos à Rússia recrutar instrutores experientes e uma equipe qualificada de manutenção. No caminho de volta, pegamos alguns técnicos israelenses que já atualizaram a aviônica desse tipo de avião antes. Acertamos a compra na Espanha e começamos o trabalho.
Alex estava empolgado.
– Você pensa grande, Jake. Espero que seu plano funcione.
Eu também, Alex. Eu também.
Laurent Belcour ficou radiante quando Fadime chegou no aeroporto de Georges de Gaulle em Paris. Ele ficou admirado por ela ter conseguido se manter revigorada e linda depois de uma longa viagem, seu sorriso revela que estava feliz em estar ali. Laurent a beijou na bochecha, pegou em sua mão e a conduziu até uma limosine Mercedes.
– E a minha bagagem, Laurent?
– Não se preocupe, meu amor. Eu já combinei com o dos meus homens para pegar a bagagem e levar até o meu apartamento. Durante a semana vamos ao meu castelo.
– Estou feliz que vamos passar alguns dias em Paris. Sinto falta da comida e das compras, é claro.
– Você pode fazer compras até cansar, querida, mas antes precisamos botar o papo em dia.
– Pensei que soubesse de tudo que se passa em minha vida. Não muito, pelo visto. As coisas andam entediantes ultimamente.
– Vamos resolver isso em um segundo. Está com fome?
– Estou. Não suporto comida de avião.
Laurent abriu a janela que separa os passageiros do motorista.
– Pierre, vamos ao Le Canard em Pigalle.
– Oui Monseiur – disse o motorista.
Laurent e Fadime entraram no restaurante e foram recebidos de forma efusiva por Maire D' que obviamente os conhecia. Ele conduziu o casal à melhor mesa do local e perguntou o que gostariam de beber. Laurent pediu champagne. O garçom deu-lhes os menus.
– Estou faminta – disse Fadime enquanto lia as opções.
– Também estou – disse Laurent – mas não por comida. Estou louco para botar minhas mãos e lábios em seus lindos seios.
– Uma coisa de cada vez, seu tarado – disse Fadime enquanto dava um tapa no pulso dele.
– Fazer o quê? Não tenho escolha, só esperar. A vida é cruel.
Fadime tomou um gole de seu champagne.
– Tenho que admitir que estava preocupada com você trancado naquela prisão horrorosa. Não esperava que fosse solto tão cedo e agora você está aqui. Essa foi uma bela proeza. Como conseguiu?
– Simples. Achamos dois jihadistas na fila para o enforcamento no Iraque que confessaram ter escondido as bombas no meu porão. Agora eles estão descansando confortavelmente numa prisão francesa. Não é uma maneira ruim de escaparem da execução.
– Você deve achar que sou alguma idiota, Laurent. Eu sei que você tentou eliminar Tess e seu pessoal com uma daquelas bombas. Infelizmente, aquilo a tirou do sério e ela veio até você com sua equipe e as forças de segurança francesas. Você tem sorte daquela moça italiana não ter atirado em você.
– Ela atirou no meu ouvido. A nome dela é Giuliana e acontece que é minha raivosa filha desaparecida. Eu não agradeço por tê-la conhecido daquele jeito. Não mesmo.
– Não importa, você é bem criativo para colocar a culpa em outras pessoas, e estou contente que tenha saído da cadeia.
– Você está ferindo os meus sentimentos, meu amor. Não deveria atribuir a mim atos tão abomináveis.
Fadime sorriu.
– Você é incorrigível, Laurent. Vamos comer.
Laurent chamou o garçom e pediu o jantar.
A comida é uma compensação pela tarifa revoltante que Fadime recusou no avião. Ela comeu pato ao molho de laranja, purê de batata com castanhas, cogumelos e vagem. Laurent comeu confit de pato, batatas fritas, cogumelos e salada. Para a sobremesa, eles comeram babá ao rum e crème brûlée.
– É bom estar de volta à civilização – Fadime proclamou.
De volta ao espaçoso apartamento de Laurent, eles tomaram um pouco de conhaque e recolheram-se. Quando estava na cama, pegou seu vibrador que sempre usa antes do sexo, mas Laurent pegou o aparelho dela. Ela protestou, mas ele estava determinado a afastá-la do irritante equipamento. Então montou em cima dela, a beijou avidamente e ficou um tempo acariciando e beijando os seios deliciosos de Fadime. Ele usou suas habilidades sexuais para garantir que ela tivesse vários orgasmos. Depois finalmente saiu de cima dela e a ofereceu uma taça de champagne.
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