Brenda Trim - Revelando O Rei Feérico

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Sejam bem-vindos ao Conservatório Bramble’s Edge Academy, a universidade na qual os Feéricos aprimoram seus poderes. Parece exatamente com o que seres poderosos precisam, não é? O problema é que eu sou um deles. Então, quando chegou a minha hora de ir para a faculdade, eu tentei escapar dos Coletadores. Eles acabaram incapacitados e eu com as asas detonadas no meio do grêmio estudantil, e com uma indesejada atração pela Maurelle. Essa fêmea sexy vem com mais bagagem do que eu posso carregar. Minha mãe incutiu em mim a necessidade de ficar na minha e de passar esses três anos sem ser notado. Infelizmente, os sorrisos de Maurelle me fazem esquecer do meu próprio nome. E, para piorar, o destino continua nos puxando um para o outro. E não para momentos sexys, conforme eu esperava. Descobrimos um complô para drogar os estudantes, assim como o grupo secreto de assassinos da Diretora. Que tipo de escola tem assassinos a sangue frio espalhado pelo campus, sem mencionar as conspirações de assassinato? Com um grupo de Feéricos letais à espreita, eu tive que ficar enfurnado no quarto e estudar como os outros estudantes. Mas, eu não sou como eles. E eu me recuso a permitir que o meu povo seja manipulado e que sua magia visceral seja roubada.

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– Deixe minha irmã em paz – gritou ela.

Maurelle quase riu ao ver Nyx ajustar as mãos para fazer com que os seios ficassem mais juntos e empinados. Uma técnica de distração que raramente falhava. Em especial com feéricos machos. A espécie era muito lasciva.

Não foi algo que os pais já tivessem lhe dito, mas não precisavam porque o desejo furioso era o bastante para dizer a Maurelle o quanto o sexo seria importante para ela. Nyx estava naquele estágio, e por isso que estava afoita para ir almoçar com Alek.

Ter o escape do sexo abrandava os feéricos e os ajudava a ficar estáveis. Maurelle tinha certeza de que sua falta de parceiros era uma das razões para estar doente. Não havia escape para equilibrar os seus poderes. Nada para ajudar a liberar a energia.

O queixo caiu quando o policial feérico não prestou a mínima atenção em Nyx. Assim que o macho tirou a irmã da frente, Maurelle se afastou da janela. Jogou um dos sapatos e ele atingiu o macho na cabeça. Erlina começou a chorar e se pressionou na parede de frente para a que Nyx estava.

A cabeça de Maurelle latejou por causa de toda a agitação, fazendo seu estômago embrulhar. Com a bile na garganta, ela correu na direção do macho. Podia ouvir a mãe discutindo com o outro na sala, mas tinha que se concentrar no que estava no quarto com ela.

O olhar de fúria no rosto dele a fez dar um passo para o lado, colocando a cama king size entre eles.

– Você não escapará de nós. É melhor desistir de uma vez.

Balançando a cabeça, buscou uma forma de escapar daquela confusão. Se conseguisse chegar à janela, poderia voar. Não tinha certeza do quão longe poderia ir com a cabeça latejando e o estômago revirado, mas não ia se entregar.

Quando o macho saltou para as suas pernas, ela pulou e gritou quando o desconforto aumentou. Chutou o Feérico por instinto. Devia ser uma cena engraçada, pensou enquanto os braços se agitavam no ar e os cabelos emaranhados giravam ao redor do rosto.

O pé foi de encontro à lateral da cabeça dele e estalou. Seguindo ao ataque incompleto, ela agarrou o cabelo dele. O braço do macho bateu no seu peito e a arremessou pelo quarto.

As costelas bateram na penteadeira com mais força do que Maurelle pensava ser possível. A mão varreu as bugigangas de vidro da mãe e as mandou para o chão. E logo veio o barulho de vidro quebrado. Ela se encolheu por causa do som e da forma como eles se partiram quando foram de encontro ao piso de madeira.

– Maurelle – gritou Nyx.

Maurelle levantou a cabeça e viu o feérico pulando por cima da cama e pousando bem ao lado dela. Ele levou a mão para trás e puxou um gancho de prata. A eletricidade que faiscava do objeto, fez a sua boca ficar seca.

A resolução se renovou quando começou a mover e impulsionar os cotovelos para todos os lados, esperando quebrar o nariz dele. Um dos braços do policial a envolveu pela cintura, pressionando seu estômago com tanta força que ela temeu que fosse acabar vomitando.

Com a mão livre, ele levou a prata até a boca e murmurou uma palavra que a fez tremer. Antes que soubesse o que estava acontecendo, ele a atingiu com aquilo nas costelas. O metal mudou de forma e envolveu o seu torso.

Pelo xingamento, ele esperava que aquilo a prendesse em um lugar diferente. As asas ficaram livres, assim como as mãos. Ela agarrou o metal com a intenção de puxá-lo de si.

No segundo em que a mão tocou o objeto, o quarto dos pais e o feérico em cima dela desapareceram. Como sempre acontecia quando usava os poderes, não pôde se concentrar em nada por vários segundos.

A única coisa que percebeu antes de a visão clarear foi a impressão geral da memória a qual estava tendo acesso. O que quer que a esperasse do outro lado, tinha causado muito medo, e determinação.

Supôs que não deveria ficar surpresa, já que a arma era usada por um coletador. O coletador podia ser feérico, mas agora era óbvio para Maurelle que eles não tinham um pingo de empatia ou até mesmo de identidade individual.

Foi estranho o bastante para fazê-la imaginar o que acontecia no conservatório para apagar completamente a personalidade de alguém. Pela forma que os pais descreveram sua época na universidade, ela não tinha dúvida de que agora o estabelecimento era algo bem diferente.

Quando a neblina deixou a sua mente, ela olhou para o macho feérico mais maravilhoso que já viu na vida. Será que foi a seca ou o desejo sexual desenfreado que a fez achar o macho da sua visão tão bonito?

Não, decidiu enquanto tinha um vislumbre dos traços bem marcados e dos olhos verdes profundos e deslumbrantes. O cabelo negro estava bagunçado em volta da cabeça e um pouco mais longo sobre a testa.

O olhar de determinação ecoava o que ela sentiu no momento em que os policiais apareceram na sua casa. O coração começou a bater com força quando ele rosnou e se elevou no ar um segundo depois. Ela queria gritar um aviso para ele.

Com as mãos presas na lateral do corpo, não havia como ele ir muito longe. O mesmo equipamento brilhava ao redor da cintura dele, fazendo-a perceber que ele tinha sido usado naquele macho pela última vez.

Quanto mais ele se afastava do feérico que a atacou, mais a garganta dela se apertava. Se ele tivesse conseguido escapar, aquela coisa não estaria nela naquele momento. O voo falhou quando ele olhou para trás, para o macho que agora o perseguia pelo céu.

Quando o oceano apareceu, Maurelle prendeu o fôlego. O Conservatório era exatamente como os pais o descreveram. Os enormes prédios de pedra rodeados pela vegetação exuberante com amoreiras espinhentas de um lado e o oceano ao fundo.

A enorme quantidade de fagulhas a distraiu da vista. O olhar foi desviado no minuto em que o macho atraente bateu em uma barreira invisível no céu. Ninguém jamais contou a Maurelle o que aconteceria exatamente caso ela resolvesse voar para longe, só disseram para não tentar, se não ela se arrependeria.

Observou a asa dele acender como se tivesse sido atingida por um raio logo antes de ele cair com força do chão. Aquilo fez a náusea aumentar. Observou com os olhos arregalados e o coração acelerado enquanto ele atingia o solo.

Podia jurar que o impacto estremeceu a terra onde ele pousou. A asa estava dobrada em suas costas e a lateral do corpo sangrava. A cena era tão pavorosa que ela duvidava que o macho fosse se recuperar.

Relutante em ficar tão vulnerável com os dois policiais na sua casa, Maurelle forçou a mente a abandonar a visão e a voltar para casa. A cabeça estava sendo rachada por uma picareta e a bile preencheu as suas narinas.

Foi quase impossível abrir os olhos, já que eles pareciam estar colados. Quando conseguiu, o macho de cabelo vermelho a arrastava do chão. Uma mão segurava o dispositivo e a outra o seu braço.

As irmãs se abraçavam e choravam. Maurelle tropeçou junto com o policial que a segurava. A desorientação causada pela visão durou mais que o normal. Não tinha ideia se era porque tinha sido forçada a abandoná-la ou se era porque estava doente. Podia ouvir a mãe implorar para que eles a deixassem, mas o outro macho se recusava a ouvir.

– Vai cooperar agora?

Maurelle tentou escapar das mãos do policial que apertava o seu braço com força, mas viu a ação interrompida quando a mão se recusou a levantar. Um rápido olhar para baixo lhe mostrou que, de alguma forma, os pulsos tinham sido incorporados pelas algemas.

– Não. Você não vai levar a minha filha – soluçou a mãe, enquanto Maurelle era arrastada pela casa. A mãe atacou o macho que a segurava e, mais uma vez, o tempo passou mais devagar para Maurelle.

No segundo em que a mãe tentou alcançá-la, o outro macho ergueu um longo bastão preto liso e atacou. O objeto entrou em contato com a cabeça da mãe emitindo um ruído alto. As irmãs gritaram com ela enquanto a cabeça da mãe caía para o lado e o sangue espirrava na parede.

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