Aldous Huxley - A Ilha

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A ilha, 1962, é uma obra-prima do talento profético de Huxley, um dos maiores escritores do Séc. XX. Vindo de um mundo dominado pela violência, totalitarismo e massificação, o cético jornalista Will Farnaby descobre Pala, uma ilha paradisíaca na Indonésia. Ali floresce uma sociedade auto-suficiente que, baseada no perfeito equilíbrio entre a ciência e espiritualismo, valoriza a liberdade e a realização plena das potencialidades de seus habitantes. No entanto, a cobiça dos países vizinhos — que desejam explorar as riquezas naturais do lugar — condena Pala ao desaparecimento.

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O ranger de uma cadeira. Um farfalhar de saias. Uma série de pequenos ruídos que ele não conseguia identificar. O que é que ela estaria fazendo? Poderia obter resposta para essa pergunta com o simples abrir de seus olhos. Mas, no final das contas, que importância tinha isso? Com exceção dessa abrasante torrente ascendente de êxtase e compreensão, nada era importante.

— O «superfruto» do saber. Eu o afastarei dele gradativamente — disse Susila.

Ouviu um chiado. Da superfície de seu cérebro, uma bolha de reconhecimento atingiu sua zona de consciência. Susila colocara um disco na vitrola.

— Johann Sebastian Bach — ouviu-a dizer. — É a música mais próxima do silêncio. Apesar de tão organizada, é a que está mais próxima do Espírito com cem graus de pureza.

O chiado deu lugar a sons musicais. Outra bolha de reconhecimento veio à tona. Estava ouvindo o Quarto concerto de Brandenburg.

O mesmo que ouvira tantas vezes no passado — o mesmo, no entanto tão completamente diferente. Esse allegro, ele o sabia de cor. Isso queria dizer que se encontrava numa posição excelente para perceber que nunca o ouvira realmente. Em primeiro lugar, não era mais William Asquith Farnaby quem o escutava. O allegro se revelava como um dos elementos desse «acontecimento» — uma forma de congraçamento remoto, emanado do êxtase luminoso. Talvez esse fosse um modo muito suave de explicar o que estava acontecendo. Por outro lado, o allegro era o próprio êxtase luminoso; era a compreensão instintiva de tudo o que fora apreendido graças a um tipo especial de conhecimen— to, era a sabedoria indiscriminada que, apesar de fracionada em notas e em frases, se conservava intacta. É claro que isso não pertencia a ninguém e que estava ao mesmo tempo aqui, ali, em parte alguma. A mesma música que já fora ouvida cem vezes por William Asquith Farnaby renascera sob a forma de uma sabedoria sem dono. Por esse motivo, ele a escutava pela primeira vez. Sem dono, o Quarto concerto de Brandenburg possuía uma beleza tão intensa e um significado intrínseco que excedia tudo o que nele havia encontrado quando ainda era sem dono.

Pobre idiota, foi o comentário irônico de uma bolha. O pobre idiota que não quisera aceitar o «sim» como resposta em qualquer terreno que não fosse o estético. E que, durante todo o tempo, tinha estado a se negar — pelo simples fato de ser ele mesmo — toda a beleza e todas as intenções às quais tão apaixonadamente ansiava dizer «sim». William Asquith Farnaby não era mais que um filtro lamacento atolado, do qual os seres humanos, a natureza e mesmo sua adorada arte emergiam obscuros, enlameados, menores, diferentes e mais feios do que eram. Hoje à noite, pela primeira vez, sentia uma peça musical sem a menor dificuldade. Entre a mente e o som, a mente e o desenho, a mente e o propósito, não existia mais nenhuma babel de impropriedades biográficas para afogar a música ou provocar uma dissonância sem sentido. Nessa noite, o Quarto concerto de Brandenburg representava uma coletânea de dados originais. Mais que isso, era um donum abençoado e não corrompido pela história pessoal, pela cultura de segunda mão e pela estupidez arraigada que revestiam as dádivas da experiência imediata de qualquer indivíduo e do pobre idiota que não quisera (e que na arte simplesmente não pudera) aceitar o «sim» como resposta.

O Quarto concerto de Brandenburg executado na noite de hoje não era em si mesmo uma «coisa» sem dono. De um certo modo era um «acontecimento atual» de duração infinita. Ou melhor (isso era ainda mais impossível, uma vez que possuía três movimentos e estava sendo tocado no seu andamento normal), não tinha duração. O metrônomo orientava cada uma de suas frases, porém a soma delas não possuía uma duração de segundos ou de minutos. Havia um tempo, mas não existia o tempo. Que havia, então?

— A eternidade — Will se viu forçado a responder. Essa era uma dessas imundas palavras metafísicas que nenhum homem intelectualmente honesto sonharia pronunciar para si mesmo, quanto mais em público.

— Eternidade, meus irmãos — disse em voz alta. — Eternidade! Ah, ah, ah!

Como se podia prever, o sarcasmo soou inteiramente falso. Hoje à noite, essas cinco sílabas tinham um significado tão concreto quanto as cinco letras de outra espécie de palavra proibida.

Ele começou a rir de novo.

— Qual é a graça? — perguntou ela.

— A eternidade. Acredite ou não, ela é tão real quanto a merda.

— Excelente! — disse Susila em tom de aprovação.

Will continuou sentado, imóvel e atento, seguindo com os olhos e ouvidos interiores as intrincadas torrentes de sons e de luzes que se harmonizavam e fluíam sem cessar de uma a outra seqüência. E cada frase dessa música tão familiar era uma revelação de beleza sem precedentes, que continuava a jorrar para o alto a fim de ir se derramar (como se fosse um labirinto de fontes) em outra revelação tão nova e surpreendente como ela mesma. O solo do violino e das duas flautas, a variedade de sons do cravo e da pequena orquestra de cordas variadas, tudo isso ele ouvia como se fossem torrentes que se interpenetram. Embora separadas, distintas, individuais, cada uma dessas torrentes dependia de todo o resto. E cada uma existia em virtude de sua relação com o todo do qual era um dos componentes.

— Meu Deus! — ele se surpreendeu dizendo.

Na seqüência eterna da variação, as flautas insistiam numa nota longa. Uma nota sem ascensões fracionárias, clara, transparente e divinamente vazia. Uma nota (a palavra borbulhou até ele) de contemplação pura. Eis aí outra inspiração obscena que adquirira um significado concreto e que podia ser pronunciada sem o menor sentimento de vergonha. Contemplação pura, sem ansiedade, muito além da incerteza e do contexto dos julgamentos morais. Através das luzes ascendentes, sua memória captou a expressão do rosto de Radha ao falar do amor contemplativo. Num outro momento a viu sentada, de pernas cruzadas, absolutamente imóvel e numa intensa concentração aos pés da cama onde Lakshmi agonizava. No som dessa nota pura estava o significado das palavras dela, a expressão audível de seu silêncio. Durante todo o tempo, acompanhando o fluxo contemplativo e o vazio celestial daquele flautear, havia o som rico, vibrante e apaixonado do violino. E aquele emaranhado de notas secas e bruscas, tiradas das cordas do cravo, envolvia os sons contemplativos e destacados da flauta e as notas cheias de enlevo e de paixão emitidas pelo violino. A teia do intelecto envolvendo o espírito, o instinto, a ação e a visão. Todos eles envolvidos pelo pensamento dedutivo. Mas, como era óbvio, esse envolvimento vinha somente do exterior e nos termos de uma ordem de experiências radicalmente diferentes daquelas que o pensamento lógico se propõe a explicar.

— É como o positivismo lógico — disse Will.

— Quê?

— Esse cravo.

Na superfície de seu cérebro pensava como um positivista lógico, enquanto em seu íntimo o grande «acontecimento» de luz e som continuava a se desdobrar, eternamente. Era como se um positivista lógico estivesse falando simultaneamente de Plotinus e de Julie de Lespinasse.

A música mudou de novo. Agora era o violino que sustentava (quão apaixonadamente) a nota prolongada da contemplação, enquanto as duas flautas se encarregavam do tema envolvente — a mesma forma, diferentemente consubstanciada — e o repetiam de modo destacado. Dançando entre uma e outra, o positivista lógico (de modo absurdo, porém indispensável) tentava explicar tudo aquilo, numa linguagem incompatível com os fatos.

Na eternidade que era tão real como a merda, continuou a ouvir e a ver essas torrentes entrelaçadas de sons e de luzes e continuou sendo (lá, aqui e em lugar nenhum) tudo aquilo que via e ouvia. Bruscamente, ocorreu uma mudança na qualidade da luz. Essas torrentes entrelaçadas, que foram as primeiras diferenciações fluidas de uma remota compreensão de qualquer conhecimento em particular, deixaram de fluir continuamente. Em seu lugar apareceu, de repente, uma interminável sucessão de formas distintas. Essas formas ainda estavam nitidamente carregadas com a felicidade luminosa do ser indistinto que agora estava limitado, isolado, individualizado. Uma interminável sucessão de esferas luminosas, prateadas, rosadas, amarelas, verde-pálidas e azul-genciana, vindas de alguma fonte secreta, ia aflorando e seguindo o compasso da música, formava caprichosas constelações de uma beleza e complexidade inacreditáveis. Era como se uma fonte inesgotável borrifasse intencionalmente maravilhosos entrelaçamentos de estrelas vivas. E, enquanto as olhava e vivia a vida delas e a vida dessa música que a elas equivalia, continuavam crescendo em novos entrelaçamentos que preenchiam as três dimensões de um espaço interior. Ao mesmo tempo, se transformavam incessantemente em outra dimensão ilimitada e plena de qualidade e significação.

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