Станислав Лем - Regresso das estrelas

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Regresso das estrelas: краткое содержание, описание и аннотация

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Bohater, kosmonauta Hal Bregg, uczestnik wyprawy badawczej do Fomalhaut, wraca na Ziemię po 10 latach spędzonych w przestrzeni kosmicznej wg czasu pokładowego. Z powodu zjawiska dylatacji czasu na Ziemi upłynęło 127 lat — po tym czasie na rodzimej planecie zmieniło się wszystko. Nie tylko w sferze techniki, ale przede wszystkim, obyczajowości. Zabiegiem, który miał w założeniu wyeliminować stosowanie przemocy w stosunkach międzyludzkich, ale wpłynął na całą aktywność ludzi, jest betryzacja. Uczestnicy wyprawy badawczej, w której brał udział Hal, są jedynymi osobami na planecie niepoddanymi temu zabiegowi. Konfrontacja zniewieściałego społeczeństwa przyszłości i pierwotnego w swych instynktach, bohatera, to główna oś fabularna powieści.

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— Quer saber como fui capaz de o fazer.

— É muito perceptivo.

Sabia como ninguém sorrir só com os olhos. «Espera, que daqui a bocadinho já não estarás interessada em seduzir-me», pensei.

— É simples e não é segredo: não estou betrizado.

— Oh!

Por momentos pensei que se fosse levantar, mas controlou-se. Os seus olhos voltaram a tomar-se grandes e ávidos. Olhou-me como a uma fera que se encontra a um passo de distância, como se tivesse um perverso prazer no terror que lhe despertava. Para mim isso constituiu um insulto maior do que se se tivesse mostrado meramente assustada.

— Pode…?

— Matar? — concluí por ela, a sorrir cortesmente. — Posso, sim. — Ficámos silenciosos. A música continuava a tocar. Ela levantou diversas vezes os olhos para mim. Mas não falou. Nem eu. Aplausos. Música. Aplausos. Devemos ter ficado assim, calados, um quarto de hora. De súbito, ela levantou-se.

— Vem comigo?

— Aonde?

— A minha casa.

— Paia uma taça de brit?

— Não.

Voltou-se e partiu. Eu continuei sentado, imóvel. Detestava-a. Caminhava sem olhar para os lados, caminhava como eu nunca vira mulher nenhuma caminhar. Ou melhor, flutuava. Como uma rainha.

Alcancei-a entre as sebes, onde estava quase escuro. Os últimos vestígios de luz dos pavilhões fundiam-se com a claridade azulada da cidade. Ela deve ter ouvido os meus passos, mas continuou a andar, sem olhar, como se estivesse sozinha, mesmo quando lhe agarrei o braço. Foi andando sempre. Foi como se me desse uma bofetada. Agarrei-lhe nos ombros e voltei-a para mim. Ela ergueu o rosto, branco na escuridão, e fitou-me nos olhos. Não tentou soltar-se. Nem o teria conseguido. Beijei-a brutalmente, cheio de ódio. Senti-a tremer.

— Seu… — murmurou em voz baixa, quando nos separámos.

— Cale-se.

Tentou libertar-se.

— Ainda não — disse-lhe, e recomecei a beijá-la.

De súbito, a minha raiva transformou-se em náusea por mim próprio e larguei-a. Pensei que fosse fugir, mas ficou. Tentou olhar-me no rosto, mas eu desviei-o.

— Oue se passa? — perguntou, serenamente.

— Nada.

Deu-me o braço e disse:

— Venha.

Passou por nós um casal que desapareceu nas sombras. Segui-a. Ali, na escuridão, parecera que tudo era possível, mas, quando a claridade aumentou, a minha explosão de um momento antes — que deveria ter sido uma represália por um insulto — tomou-se meramente divertida. Senti que me encaminhava para qualquer coisa falsa, tão falsa como o perigo, a magia. Tinha sido tudo falso. E continuei a andar. Sem cólera, sem ódio, sem nada. Não me importava. Encontrei-me entre luzes altas e senti a minha enorme e pesada presença, que tomava grotesco cada passo que dava a seu lado. Mas ela parecia alheia a isso. Caminhou ao longo de uma plataforma atrás da qual se encontravam filas de gleeders. Quis ficar para trás, mas a mão dela deslizou pelo meu braço e agarrou a minha. Se quisesse deixá-la teria de puxar a mão, tomando-me ainda mais cómico — iima imagem de virtude astronáutica nas garras da mulher de Putífar. Subi atrás dela e o veículo estremeceu e arrancou. Foi a minha primeira viagem de gleeder e compreendi finalmente por que motivo não tinham janelas: do interior eram completamente transparentes, como se fossem de vidro.

Viajárnos durante muito tempo, em silêncio. Os edifícios do centro da cidade cederam o lugar a formas estranhas de arquitectura suburbana — sob pequenos sóis artificiais, imersas em vegetação, encontravam-se estruturas de linhas ondulantes, ou infladas a formar estranhas almofadas, ou com alas. de modo que a divisão entre o interior de uma casa e o que a rodeava se perdia. Eram produtos de fantasmagoria, de incansáveis tentativas para criar sem repetir formas antigas. O gleeder saiu do largo corredor de trânsito, meteu por um parque às escuras e parou junto de uma escada que se dobrava como uma cascata de vidro. Ao subi-la. vi um laranjal alastrar debaixo dos meus pés.

O pesado portão abriu-se silenciosamente. Um vestíbulo imenso cercado por uma galeria alta. quebra-luzes rosa-pálido de candeeeiros que não estavam apoiados em nada nem suspensos de nada; nas paredes inclinadas, janelas que pareciam dar para um espaço diferente, nichos que não continham fotografias nem bonecos, mas sim a própria Aen. enorme… Mesmo em frente. Aen nos braços de um homem moreno que a beijava, por cima da escada ondulante: Aen na brancura tremeluzente de um vestido, e, ao lado. Aen inclinada para flores, para lilases do tamanho do seu rosto. Ao caminhar a seu lado. voltei a vê-la noutra janela, a sorrir gaiatamente, sozinha, com a luz a tremer-lhe no cabelo acobreado.

Degraus verdes. Uma sucessão de salas brancas. Degraus prateados. Corredores de ponta a ponta e. neles, movimento lento e incessante, como se o espaço respirasse. As paredes recuavam silenciosamente, a abrir caminho para onde quer que a mulher que ia à minha frente dirigia os seus passos. Poder-se-ia pensar que um vento imperceptível soprava em redor das intersecções das galerias, a esculpi-las, e que tudo quanto eu vira até ali era apenas um limiar, uma apresentação, um vestíbulo. Através de uma sala, iluminada do exterior pela mais delicada nervação de gelo que se possa imaginar, tão branca que até as sombras pareciam leitosas, entrámos numa divisão mais pequena — depois da radiãncia pura da outra, a sua cor de bronze era como um grito. Não havia lá nada além de uma luz misteriosa, de uma fonte que parecia Invertida, pois brilhava em nós e na nossa cara vinda de baixo. Ela fez um movimento com a mão e a luz empalideceu. Aproximou-se da parede e com alguns gestos fez aparecer um volume que começou imediatamente a abrir-se e a formar uma espécie de larga cama de casal — eu sabia o suficiente de topologia para apreciar a investigação que tinha sido dedicada só à linha da cabeceira.

— Temos um convidado — disse ela. parando.

Do painel aberto saiu uma mesa posta, que correu para ela como um cão. As luzes grandes apagaram-se quando, sobre um nicho com poltronas — não sei descrever de que espécie eram — ela fez um gesto para que aparecesse um pequeno candeeiro. E a parede obedeceu. A minha anfitriã parecia ter muitas daquelas desabrochantes peças de mobiliário. Inclinou-se sobre a mesa e perguntou, sem olhar na minha direcção:

— Blar?

— Está bem — respondi.

Não fiz perguntas. Não podia deixar de ser um selvagem, mas ao menos podia ser um selvagem silencioso.

Estendeu-me um cone alto com um tubo. Cintilava como um rubi mas era macio, como se eu tivesse tocado na pele penugenta de um fruto. Pegou também num. Sentámo-nos. As cadeiras eram desconfortavelmente macias e tive a sensação de me sentar numa nuvem. O líquido sabia a frutos frescos desconhecidos e tinha pequenos glóbulos que inesperada e divertidamente explodiam na língua.

— É bom? — perguntou-me.

Talvez fosse uma bebida de ritual. Por exemplo, para os eleitos; ou, pelo contrário, para pacificar os especialmente perigosos. Mas eu decidira que não faria perguntas.

— Fica melhor sentado.

— Porquê?

— É tremendamente grande.

— Bem sei.

— Esforça-se por ser grosseiro.

— Nãó, é natural em mim.

Começou a rir, baixinho.

— Também sou espirituoso. Tenho toda a espécie de talentos.

— É diferente. Ninguém fala assim. Porque é? O que sente?

— Não compreendo.

— Está a fingir. Ou talvez tenha mentido… Não, isso não é possível. Não teria sido capaz de…

— Saltar?

— Não estava a pensar nisso.

— Em que pensava, então?

Semicerrou os olhos.

— Não sabe?

— Ah, isso! Já não se faz?

— Faz. mas não desse modo.

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