Blake Pierce
ANTES QUE ELE MATE (UM ENIGMA DA SÉRIE MACKENZIE WHITE – LIVRO 1)
Blake Pierce
Blake Pierce é o autor da série de enigmas RILEY PAGE, um best-seller. Esta série inclui os thrillers SEM PISTSAS (livro nº 1), ONCE TAKEN (livro nº 2) e ONCE CRAVED (livro nº3). Blake Pierce também é o autor da série de enigmas MACKENZIE WHITE.
Como um ávido leitor e fã de longa data do gênero de suspense, Blake adora ouvir seus leitores, por favor, fique à vontade para visitar o site www.blakepierceauthor.compara saber mais a seu respeito e também fazer contato.
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LIVROS ESCRITOS POR BLAKE PIERCE
SÉRIE DE ENIGMAS RILEY PAIGE
SEM PISTSAS (Livro nº1)
SÉRIE DE ENIGMAS MACKENZIE WHITE
ANTES QUE ELE MATE (Livro nº1)
Em outro momento, a primeira luz do amanhecer por cima dos pés de milho seria uma visão bonita para ela. Ela assistiu quando a primeira luz do dia dançou pelos caules das plantas, criando uma cor dourada suave, e ela tentou com todas as forças encontrar alguma beleza naquilo.
Ela teve que se distrair, ou então a dor seria insuportável.
Ela foi amarrada à uma grande estaca de madeira que passava pelas suas costas e se estendia por mais 60 cm acima de sua cabeça. Suas mãos estavam amarradas para trás, ambas amarradas juntas por detrás da estaca. Ela estava usando apenas uma lingerie preta de renda e um sutiã com sustentação, que unia e levantava ainda mais os seus seios fartos. Foi o sutiã que deu à ela a maioria das gorjetas no clube de strip, o sutiã fez seus seios parecerem os de uma mulher de vinte e um anos, em vez de uma mãe de trinta e quatro com dois filhos.
A estaca raspava contra as suas costas nuas, deixando-as em carne viva. Mas não foi tão ruim quanto a dor que o homem com a voz sombria e assustadora a fez sofrer.
Ela ficou tensa quando o ouviu andando por trás dela, com seus passos suaves na clareira do milharal. Havia um outro som, também, mais fraco. Ele estava arrastando alguma coisa. Ela notou que era o chicote, o mesmo que ele estava usando ao espancá-la. Deve ter sido farpado com alguma coisa, e tinha uma espécie de franja na extremidade. Ela só o viu uma vez e foi mais do que suficiente.
Suas costas arderam com as chicotadas, e só de ouvir o objeto sendo puxado pelo chão lhe causou uma onda de pânico. Ela soltou um grito, que deveria ser o centésimo primeiro da noite, e pareceu cair morto e imperceptível sobre o milharal. No início, seus gritos tinham sido gritos de socorro, esperando que alguém pudesse ouvi-la. Mas com o passar do tempo, eles haviam se tornado uivos distorcidos de angústia, gritos proferidos por alguém que sabia que ninguém viria para ajudar.
"Talvez eu deixe você ir embora", disse o homem.
Ele tinha a voz de alguém que fumou ou gritou muito. Também havia um tipo estranho de balbuciar em suas palavras.
"Mas, primeiro, você deve confessar seus crimes."
Ele tinha dito isso quatro vezes. Novamente ela se acabou de tanto pensar naquilo. Ela não tinha nenhum crime para confessar. Ela tinha sido uma boa pessoa para todos que conhecia, uma boa mãe, não tão boa quanto ela gostaria, mas ela tentou.
O que ele queria?
Ela gritou de novo e tentou dobrar suas costas contra a estaca. Quando o fez, sentiu uma pequena elasticidade nas cordas em torno de seus pulsos. Ela também sentiu seu sangue pegajoso acumulado em torno da corda.
"Confesse seus crimes", repetiu ele.
"Eu não sei do que você está falando!" Ela gemeu.
"Você vai se lembrar", ele disse.
Ele já havia dito isso antes. E ele havia dito isso logo antes -
Fez um barulho sussurrante suave quando o chicote formou um arco no ar.
Ela gritou e se contorceu contra a estaca assim que recebeu a chicotada.
Sangue novo fluía de uma também nova ferida, mas ela mal o sentiu. Em vez disso, ela se concentrou em seus pulsos. O sangue acumulado lá durante a última hora, ou quase isso, estava se misturando com o seu suor. Ela podia sentir o espaço vazio entre a corda e os pulsos dela e então pensou que poderia conseguir fugir. Ela sentiu sua mente tentando se dispersar, se desligar da situação.
Tchaaa!
Essa chicotada pegou diretamente em seu ombro e ela berrou.
"Por favor", ela disse. "Eu farei o que quiser! Apenas me deixe ir embora!"
"Confesse seus-"
Ela puxou o mais forte que podia, trazendo os braços para a frente. Seus ombros pareciam gritar de agonia, mas ela instantaneamente ficou livre. Houve uma ligeira queimadura porque a corda fez um forte atrito no topo de sua mão, mas isso não era nada em comparação com a dor que atravessava suas costas.
Ela puxou os braços para frente com tanta força que quase caiu de joelhos, e isso quase arruinou sua fuga. Mas a necessidade primitiva de sobreviver assumiu o controle de seus músculos e antes mesmo de estar ciente do que estava fazendo, ela já estava correndo.
Ela correu em disparada, espantada por estar realmente livre, espantada em ver que as suas pernas ainda funcionavam mesmo depois de terem sido amarradas por tanto tempo. Ela não parava de se perguntar como aquilo era possível.
Ela entrou no milharal derrubando os pés de milho, os talos batiam contra o corpo dela. As folhas e ramos pareciam se estender em direção a ela, penteando suas costas dilaceradas como velhos dedos murchos. Ela estava ofegante e se concentrava em manter um pé na frente do outro. Ela sabia que a estrada estava por ali nas proximidades. Tudo o que tinha a fazer era continuar correndo e ignorando a dor.
Atrás dela, o homem começou a gargalhar. Sua voz fez o som das gargalhadas parecer vindo de um monstro que estava escondido no milharal durante séculos.
Ela choramingou e correu, os pés descalços batendo contra a terra e seu corpo quase completamente nu batendo contra e entortando os caules de milho. Seus seios subiam e desciam de uma forma ridícula, ela deixou escapar o sutiã. Prometeu a si mesma naquele momento que se conseguisse sair viva dali ela nunca mais faria strip. Ela encontraria algum emprego melhor, uma maneira melhor de sustentar seus filhos.
Isso deu a ela mais gás, e ela correu mais rápido, derrubando os pés de milho. Ela correu o mais rápido que podia. Ela estaria livre dele se apenas continuasse correndo. A estrada tinha que estar logo depois da esquina. Certo?
Talvez. Mas, mesmo assim, não havia nenhuma garantia de que alguém estaria lá. Não eram nem mesmo seis horas da manhã e ainda as estradas de Nebraska eram geralmente muito desertas a esta hora do dia.
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