Жозе Сарамаго - O Evangelho Segundo Jesus Cristo
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- Название:O Evangelho Segundo Jesus Cristo
- Автор:
- Издательство:Companhia das Letras
- Жанр:
- Год:2000
- ISBN:9788571642096
- Рейтинг книги:5 / 5. Голосов: 1
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de vir, ou se devíamos esperar outro, E tu, que lhe respondeste, Disse-lhe que os cegos vêem e os coxos andam, os leprosos ficam limpos e os surdos ouvem, e a boa nova é anunciada aos pobres, E
ele, Não é preciso que o Messias faça tanto, desde que faça o que deve, Foi o que ele disse, Sim, foram as suas palavras exactas, E que deve fazer o Messias, Isso lhe perguntei, E ele, Respondeu-me que eu teria de o descobrir por mim, E depois, Mais nada, levou-me para o rio, baptizou-me e foi-se embora, Que palavras foram as que te disse para baptizar-te, Baptizado estás com água, seja ela a alimentar o teu fogo. Depois desta conversação com Maria de Magdala, Jesus não falou mais por espaço de uma semana. Saiu da casa de Lázaro e foi viver para fora de Betânia, onde os discípulos estavam, mas recolheu-se em uma tenda apartada das outras, ficava dentro dela todo o dia, sozinho, pois nem mesmo Maria de Magdala podia lá entrar, e saía à noite para ir para os montes desertos.
Seguiram-no algumas vezes os discípulos escondidamente, dando a si mesmos a desculpa de quererem protegê-lo de um ataque das bestas selvagens, de que em verdade não havia por ali notícia, e o que viram foi que ele procurava uma clareira desafogada e ali se sentava, olhando, não o céu, mas na sua frente, como se, da sombra inquietante dos vales ou assomando na aresta duma colina, esperasse ver surgir alguém. Era tempo de lua, quem viesse poderia ser visto de longe, mas nunca apareceu ninguém. Quando a madrugada pisava o primeiro limiar da luz, Jesus retirava-se e regressava ao acampamento. Comia só uma pequena parte do alimento que João e Judas de Iscariote, ora um, ora outro, lhe levavam, mas não respondia às saudações deles, e uma vez aconteceu mesmo ter despedido rudemente Pedro, que apenas queria saber como ele estava e receber ordens. Não errara de todo Pedro no passo que dera, deu-o cedo de mais, foi o que foi, porque ao cabo dos oito dias saiu Jesus da tenda em pleno dia, foi juntar-se aos discípulos e comeu com eles, e, tendo terminado, disse, Amanhã subiremos a Jerusalém, ao Templo, lá fareis o que eu fizer, que é tempo de saber o Filho de 146
José Saramago – O Evangelho segundo Jesus Cristo
Deus para que está a servir a casa do seu Pai e de começar o Messias a fazer o que deve. Perguntaram-lhe os discípulos que coisas eram essas de que falava, mas Jesus não lhes disse mais do que, Não precisareis de viver muito para o saberdes. Ora, os discípulos não estavam acostumados a que ele lhes falasse neste tom nem a vê-lo com aquela expressão de dureza na cara, que nem parecia o mesmo Jesus que conheciam, doce e sossegado, a quem Deus levava por onde queria e mal sabia queixar-se.
Não podia haver dúvidas de que a mudança tinha a sua causa nas razões, por ora desconhecidas, que o haviam levado a separar-se da comunidade dos amigos e a andar, como se estivesse possesso dos demónios da noite, por esses cabeços e ravinas à procura duma palavra, que sempre é o que se busca.
Considerou, porém, Pedro, como mais velho de quantos ali estavam, que não era justo que, sem mais explicações, tivesse Jesus ordenado, Vamos subir a Jerusalém, como se eles não fossem mais do que uns paus-mandados, bons para levar e trazer, mas não para conhecer os motivos de ter ido e ter voltado. E então disse, Sempre reconhecemos o teu poder e a tua autoridade e com eles nos conformámos, tanto pelo que dizes como pelo que tens feito, tanto por seres filho de Deus como pelo homem que também és, mas não está certo que lides connosco como se fôssemos meninos sem tino ou velhos caducos, não nos comunicando o teu pensamento, apenas que deveremos fazer o que tu fizeres, sem que o juízo que temos seja chamado a julgar o que pretendes de nós, Perdoai-me todos, disse Jesus, mas nem eu próprio sei o que me leva a Jerusalém, só me foi dito que devo ir, nada mais, mas vós não estais obrigados a acompanhar-me, Quem foi que te disse que deves ir a Jerusalém, Alguém que entrou na minha cabeça para decidir do que terei de fazer e não fazer, Mudaste muito desde que te encontraste com João, Compreendi que não basta trazer a paz, mas que é preciso trazer também a espada, Se o reino de Deus está perto, a que vem a espada, perguntou André, Deus não me disse por que caminho chegará a vós o seu reino, temos provado a paz, provemos agora a espada, e Deus fará a sua escolha, mas, torno a dizer, não estais obrigados a acompanhar-me, Bem sabes que iremos contigo para onde quer que fores, disse João, e Jesus respondeu, Não jureis, sabê-lo-eis os que lá tiverdes chegado. Na manhã seguinte, tendo Jesus ido a casa de Lázaro, não tanto para despedir-se, mas para dar sinal benévolo de que regressara à convivência de todos, foi-lhe dito por Marta que o irmão já tinha saído para a sinagoga. Então Jesus e os seus tomaram a estrada de Jerusalém, e Maria de Magdala e as outras mulheres foram com eles até às últimas casas de Betânia, onde ficaram acenando adeuses, a elas bastava-lhes fazerem-no, que os homens nem uma só vez se voltaram para trás. O céu está nublado, ameaçando chuva, talvez seja por isso que há pouca gente no caminho, os que não têm motivos de força maior para irem a Jerusalém deixaram-se ficar por casa, à espera do que os astros decidam. Avançam, pois, os treze por uma estrada muitas vezes deserta, enquanto as nuvens grossas e cinzentas rolam sobre as alturas dos montes como se, enfim, e para sempre, fossem ajustar-se o céu e a terra, o molde e o moldado, o macho e a fêmea, o côncavo e o convexo. Porém, chegados às portas da cidade, logo se viu que maiores diferenças de variedade e número na multidão não as havia, e que, como de costume, iam ser precisos muito tempo e muita paciência para abrir caminho e chegar ao Templo. Não foi assim, contudo. O aspecto dos treze homens, quase todos descalços, com os seus grandes cajados, as barbas soltas, os pesados e escuros mantos sobre túnicas que parecia terem visto o princípio do mundo, fazia afastar a gente amedrontada, perguntando uns aos outros, Quem são estes, quem é o que vai à frente, e não sabiam responder, até que um que tinha descido da Galileia disse, É Jesus de Nazaré, o que diz ser filho de Deus e faz milagres, E aonde vão, perguntava-se, e como a única maneira de o saberem era seguirem-nos, foram muitos atrás deles, de modo que ao chegarem à entrada do Templo, da parte de fora, não eram treze, mas mil, mas estes ficaram-se por ali, à espera de que os outros lhes satisfizessem a curiosidade. Foi Jesus para o lado onde estavam os cambistas e disse aos discípulos, Eis o que viemos fazer, acto contínuo começou a derrubar as mesas, empurrando e batendo a eito nos que compravam e vendiam, com o que se levantou ali um tumulto tal que não teria deixado ouvir as palavras que proferia se não se desse o estranho caso de soar a sua voz natural como um estentor de bronze, assim, Desta casa que deveria ser de oração para todos os povos, fizestes vós um covil de ladrões, e continuava a deitar as mesas abaixo, fazendo espalhar e saltar as moedas, com enorme gáudio de uns quantos dos mil que correram a colher aquele maná. Andavam os discípulos no mesmo trabalho, e por fim já os bancos dos vendedores de pombas eram também atirados ao chão, e as pombas livres, voavam por sobre o Templo, rodopiando doidas, além, em redor do fumo do altar, onde não iriam ser queimadas porque havia chegado o seu salvador. Vieram os 147
José Saramago – O Evangelho segundo Jesus Cristo
guardas do Templo, armados de bastões, para castigar e prender ou lançar fora os desordeiros, mas, para seu mal, encontraram-se com treze rudes galileus que, de cajado nas mãos, varriam quem ousava fazer-lhes frente e gritavam, Venham mais, venham todos, que Deus para todos chegará, e carregavam sobre os guardas, e destroçavam as bancas, de súbito apareceu um archote aceso, em pouco tempo tinham pegado fogo os toldos, uma outra coluna de fumo se erguia no ar, alguém gritou, Chamem os soldados romanos, mas ninguém fez caso, acontecesse o que tivesse de acontecer, os romanos, era da lei, não entrariam no Templo. Acudiram mais guardas, estes de espada e lança, aos quais foram juntar-se um que outro cambista e vendedor de pombas, resolvidos a não deixarem só em mãos alheias a defesa dos seus interesses, e a sorte das armas, aos poucos, começou a virar, que se esta luta, como nas cruzadas, a queria Deus, não parecia que pusesse nela o mesmo Deus empenho bastante para que a vencessem os seus. Nisto estávamos, quando no alto da escadaria apareceu o sumo sacerdote, acompanhado dos seus pares e dos anciãos e escribas que fora possível chamar à pressa, e deu uma voz que em nada ficou a dever àquela de Jesus, disse ele, Deixai-o ir desta vez, que, se voltar cá, então o cortaremos e lançaremos fora, como ao joio quando está em excesso na seara e ameaça afogar o trigo. Disse André para Jesus, que a seu lado brigava, Bem é que digas que vieste trazer a espada e não a paz, agora já sabemos que cajados não são espadas, e Jesus disse, No braço que brande o cajado e maneja a espada é que se vê a diferença, Que fazemos então, perguntou André, Tornemos a Betânia, respondeu Jesus, não é a espada que ainda nos falta, mas o braço. Recuaram em boa ordem, com os cajados apontados aos apupos e escárnios da multidão, que a mais bravos cometimentos não se atrevia, e em pouco tempo puderam sair de Jerusalém, posto o que, cansados todos, maltratados alguns, tomaram o caminho de regresso. Quando entraram em Betânia, notaram que os vizinhos que apareciam às portas os olhavam com expressões de piedade e desgosto, mas aceitaram-nas como coisa natural, visto o lastimoso estado em que voltavam da peleja. Pronto, porém, se desenganaram dos motivos, foi entrar na rua onde Lázaro morava e logo perceberam que sucedera uma desgraça. Jesus correu à frente de todos, entrou no pátio, pessoas de ar compungido abriram-lhe caminho para que ele passasse, ouviam-se dentro os choros e as lamentações, Ai, meu querido irmão, esta era a voz de Marta, Ai, meu querido irmão, esta a de Maria. Deitado no chão, sobre uma esteira, viu Lázaro, tranquilo como se dormisse, o corpo e as mãos compostas, mas não dormia, não, estava morto, durante quase toda a sua vida o seu coração ameaçara deixá-lo, depois curara-se, que assim o podia testemunhar Betânia inteira, e agora estava morto, por enquanto sereno como se fosse de mármore, intacto como se tivesse entrado na eternidade, mas não tardará que do interior da sua morte suba à superfície o primeiro sinal de podridão para tornar mais insuportável a angústia e o pavor destes vivos. Jesus, como se lhe tivessem cortado de um traço os tendões dos jarretes, caiu de joelhos, e gemeu, chorando, Como foi que aconteceu, como foi que aconteceu, é uma ideia que sempre nos acode diante do que já não tem remédio, perguntar aos outros como foi, desesperada e inútil maneira de distrair o momento em que iremos ter de aceitar a verdade, é isso, queremos saber como foi, e é como se pudéssemos ainda pôr no lugar da morte, a vida, no lugar do que foi, o que poderia ter sido.
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