OS GATOS DETECTIVES NA PENÍNSULA COREANA
DIÁRIO DE UM GATO DETECTIVE
SÉRIE DE LIVROS INCA, A GATA DETECTIVE (Volume 8)
R.F. KRISTI
Traduzido para português europeu por
Inês Nascimento Wellnitz
Editado por Melanie Lopata
Ilustrado por Jorje Valle
Copyright © 2020 R.F. KRISTI
Índice
A Minha Árvore Genealógica Rainha dos Gatos: A Minha Árvore Genealógica Rainha dos Gatos: Inca, a Gata Siberiana Detective
Inca, a Gata Siberiana Detective
10 de abril
11 de abril
12 de abril
13 de abril
14 de abril
15 de abril
16 de abril
17 de abril
A Minha Árvore Genealógica
Rainha dos Gatos:
Inca, a Gata Siberiana Detective
A Minha Agência
de Detectives
Eu sou a Inca, uma gata detective espectacular. Inca e Companhia é a minha agência de detectives, e a minha equipa já esteve envolvida na resolução de alguns mistérios muito complicados.
A nossa reputação já se espalhou por Londres, o resto de Inglaterra, e chegou mesmo até França.
E AGORA QUE JÁ CONHECEM A MINHA FAMÍLIA, VAMOS PASSAR A COISAS MAIS INTERESSANTES!
Assinado, Rainha dos Gatos
Inca, a Gata Siberiana Detective
Domingo De Manhã
Do alto dos meus trinta centímetros, a minha cabeça estava erguida com orgulho e dignidade.
O pessoal tinha-se reunido na biblioteca do Monk e do Terrance.
Tinham acabado de montar por cima da grande lareira um belíssimo quadro de um majestoso tigre siberiano em todo o seu esplendor.
Que visão!
Senti os olhos de toda a gente passarem de mim para o tigre e voltar a fixar-se em mim.
Eu sabia que eles estavam maravilhados a olhar pra nós os dois.
O quadro era impressionante.
Em frente ao cume de uma montanha coberta de neves perpétuas, o meu parente, o tigre siberiano, dava um salto, o corpo tenso, preparado para atacar algo que não podíamos ver, só imaginar.
A sua nobre expressão era uma visão.
As suas presas afiadas estavam preparadas para agarrar algo invisível aos nossos olhos.
Que força da natureza!
Ele estava claramente a levar aquilo a sério.
Os meus colegas detectives felpudos estavam muito impressionados.
Eu alisei o pêlo.
Não pude conter-me!
Dei uma volta à biblioteca, vaidosa, bem consciente de que a minha família, constituída pela minha linda irmã siamesa Cara, e o meu irmão Fromage – o trapalhão de serviço e amante de queijo – estavam a olhar para mim cheios de admiração.
O nosso hamster adoptado, a Charlotte, olhava para mim como se eu fosse uma estrela de cinema, e depois para o meu primo, o magnífico tigre siberiano.
Até o Terrance, o detective, mundialmente famoso, olhava para o tigre com respeito.
Isto tudo enquanto o Monk, o gato Russo Azul que morava com o Terrance, e o Polo, o nervoso pequinois que era nosso vizinho, olhavam para o tigre maravilhados.
A nossa mãe, Missy, a jovem humanóide que nos pertence conjuntamente, não parava de olhar para o quadro e para mim.
Eu sou uma gatinha bem esperta, apesar de ser eu a dizê-lo.
A bem dizer, acho que sou purrrfeita!
Estou consciente de que sou uma sensação onde quer que vá.
Sou de raça siberiana, também conhecida como Gato dos Bosques da Sibéria, e os meus antepassados vêm da Rússia.
Para além do meu corpo esbelto, nós, os Siberianos, somos conhecidos pela nossa agilidade a saltar.
Embora os Siberianos sejam normalmente grandes, eu sou uma versão de bolso com apenas três quilos.
As minhas pernas traseiras são fortes, as patas redondas e grandes e a minha cauda é magnífica. A minha pelagem é sedosa, cinzento-fumo e branca.
Tens de olhar melhor para a minha cauda.
É verdadeiramente exuberante e felpuda.
Eu considero-me um excelente gato detective.
Resolvi vários casos com a ajuda da minha equipa de detectives, Inca & Companhia.
Solo, a quem pertence a mansão no jardim da qual fica o pequeno chalé onde vivemos, tinha encomendado uma magnífica pintura de um tigre siberiano.
O quadro tinha chegado num grande camião e tinha sido montado na parede nesse mesmo dia.
Nós ouvimos dizer que ele tinha chegado e tínhamos corrido para o ver.
Disseram-nos que a população de tigres siberianos vive maioritariamente na região montanhosa mais oriental da Rússia.
O Tigre Siberiano habitava dantes a maior parte da península coreana.
Hoje em dia, há um número incerto de tigres siberianos nas reservas junto às fronteiras entre a China e a Coreia do Norte.
O quadro tinha vindo da Coreia do Sul.
Eu não era muito parecida com este lindo tigre, mas éramos ambos siberianos, por isso era como se fôssemos parentes.
Aha! Ha!
Domingo À Tarde
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