Cativeiro
1. Capítulo Um
2. Capítulo Dois
3. Capítulo Três
4. Capítulo Quatro
5. Capítulo Cinco
6. Capítulo Seis
7. Capítulo Sete
8. Capítulo Oito
9. Capítulo Nove
10. Capítulo Dez
11. Capítulo Onze
12. Capítulo Doze
13. Capítulo Treze
14. Capítulo Quatorze
15. Capítulo Quinze
16. Capítulo Dezesseis
17. Capítulo Dezessete
18. Capítulo Dezoito
19. Capítulo Dezenove
20. Capítulo Vinte
21. Capítulo Vinte E Um
22. Capítulo Vinte E Dois
23. Capítulo Vinte E Três
Nota da Autora
Notes
Copyright © outubro de 2017 por Brenda Trim
Editor: Amanda Fitzpatrick
Arte da capa por: Madison Trim
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* * *
Este livro é um trabalho de ficção. Os nomes, personagens, lugares e incidentes são produtos da imaginação dos escritores ou foram usados de maneira fictícia e não devem ser interpretados como reais. Qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, eventos reais, localidades ou organizações é inteiramente coincidência.
AVISO: A reprodução não autorizada deste trabalho é ilegal. A violação criminal de direitos autorais é investigada pelo FBI e é punível com até 5 anos de prisão federal e uma multa de 250 mil dólares.
Todos os direitos reservados. Com exceção das citações usadas em resenhas, este livro não pode ser reproduzido ou usado no todo ou em parte por qualquer meio existente sem a permissão por escrito dos autores.
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O destino sussurra para o lobo: "Você não pode suportar a tempestade", e o lobo responde, sussurrando: "Sou a tempestade"
~ Autor desconhecido
Passando o cartão de acesso pelo leitor do teclado, Liv abriu a porta quando a luz verde piscou, e depois entrou em uma verdadeira sauna.
— Droga, está quente aqui! — murmurou, olhando para o corredor vazio. O ar condicionado estava desligado ou com defeito?
Nos últimos dois meses, ela havia trabalhado quase todo fim de semana e sabia que o ar condicionado pifava sete dias por semana. Então, lembrou-se de seu chefe, Jim, mencionando um novo guarda de segurança que começaria a partir daquele sábado; assim, talvez ele o tivesse desligado sem saber que alguns funcionários trabalhavam nos finais de semana. Não havia como cumprir um turno de oito horas naquele dia, pensou, abanando o rosto. Precisaria descobrir mais sobre o sistema de climatização.
Liv apressou o passo até o laboratório enquanto o suor escorria por sua testa. Livrando-se da bolsa, da lancheira e de uma braçada de pastas, ela retirou uma presilha da bolsa para prender os longos cabelos ruivos que caíam sobre a nuca. Ah, sim, muito melhor, pensou, enquanto seu corpo esfriava um pouco. Por mais que amasse seus longos cabelos, a cada verão ela pensava em cortá-los, porque eles se tornavam um terrível pesadelo quando ela estava com calor.
Caminhando até o termostato, verificou as configurações. Aquilo era estranho. Estava ajustado para vinte graus, o que era normal para o seu laboratório. Normalmente, ela ficava gelada até os ossos enquanto trabalhava e mantinha sempre um suéter leve com ela. Não precisaria dele naquele dia, pensou, limpando as gotas de suor acima do lábio superior.
Estava suando como um leitão e mal conseguia pensar direito. Um short e uma camiseta pareciam ótimos no momento. Infernos, despir-se até ficar de sutiã e calcinha seria ainda melhor. Em vez disso, ela usava calças compridas e blusa sob o jaleco. Se não conseguisse encontrar onde estava o problema e o reparasse, despiria o jaleco e não se importaria com quem pudesse vê-la e denunciasse a infração. Tinha dezenas, senão centenas, de lâminas para examinar e, com o calor que emanava de seu corpo, a lente do microscópio embaçaria.
Tirando o celular do bolso, Liv mandou uma mensagem para o chefe para ver se ele estava ciente de algum problema.
Lembrando-se de que o painel de controle central ficava na sala de descanso, ela se virou e seguiu pelo corredor principal, colocando os fones de ouvido rosa e conectando-os ao telefone celular. Com um toque de dedo, a música favorita de Liv se fez ouvir e ela aumentou o volume até o máximo. Cantarolando pelo corredor, ela tentou esquecer a temperatura e aproveitar sua música.
O longo corredor do Laboratório Principal de Pesquisa — LPP — parecia se estender por quilômetros e, é claro, a sala de descanso ficava no outro extremo. O piso de ladrilhos cinza e as paredes coloridas combinando adicionavam um ar clínico ao ambiente e faziam a caminhada parecer o proverbial corredor da morte.
Supondo que estava sozinha no edifício, Liv de repente sentiu vontade de acompanhar o ritmo de dança two-step com suas botas de caubói; seus braços também seguiram o balanço, em uníssono com o ritmo rápido. Por Deus, ela adorava dançar e mal podia esperar para encontrar sua vizinha, Cassie, mais tarde naquela mesma noite. Elas sempre se divertiam quando saíam e Liv precisava de uma folga após trabalhar um zilhão de horas.
Enquanto sacudia o traseiro ao som do boom-boom de Luke Bryan, ela não pôde deixar de notar uma porta aberta à frente. De repente, sua dança parou e o calor inundou seu pescoço e faces. Talvez não estivesse sozinha, afinal.
Normalmente, todas as portas dos vários laboratórios ficavam fechadas e trancadas, a menos que a equipe estivesse trabalhando. Liv esperava que alguém tivesse entrado para terminar seus projetos e pudesse explicar o que estava acontecendo com o ar condicionado. Uma rápida olhada na tela do celular lhe disse que Jim não havia respondido à sua mensagem. Não era de surpreender, dado que o homem praticamente morava no campo de golfe nos finais de semana.
À medida que se aproximava da porta aberta, ficou surpresa ao perceber que era uma porta que ficava sempre fechada. De fato, nos quatro anos em que trabalhou ali, Liv nunca a viu aberta nenhuma vez. Presumia que era um depósito mas, enquanto a empurrava lentamente, percebeu que era outro longo corredor.
Uma rajada de ar fresco atingiu sua pele úmida, tentando-a a se aventurar mais. Tudo bem, aquilo era estranho. O que havia ali que precisava de uma unidade de refrigeração diferente? E, por que esta funcionava enquanto o resto do edifício parecia o deserto do Saara?
Instantaneamente alerta, ela tirou os fones de ouvido para se concentrar no ambiente. Aquele corredor tinha a mesma combinação monótona de tons cinzentos do resto do edifício e várias portas se alinhavam de um lado. A única iluminação no corredor vinha de pequenas janelas em cada porta. As janelinhas eram mais altas do que seria a lógica e, quando se aproximou da primeira porta, Liv teve que ficar na ponta dos pés para espiar por ela.
Colocando a palma da mão suada na porta para se apoiar, ela olhou para dentro da sala. Estava vazia, mas havia um colchão no chão e, acima da espessa plataforma, duas correntes estavam presas à parede de pedra.
— Que diabos…? — murmurou Liv, baixinho.
O colchão e as correntes eram bastante perturbadores, mas foram os punhos de metal no final das correntes que fizeram seu coração disparar e martelar no peito. O que estava acontecendo naquela sala? É certo que estava impecável e desocupada, mas ela não conseguia imaginar qual o uso para haver um colchão ou correntes no laboratório. Embora a sala estivesse vazia, seu sexto sentido gritava que algo estava errado.
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