Fernando Pessoa - Mestres da Poesia - Fernando Pessoa

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Mestres da Poesia - Fernando Pessoa: краткое содержание, описание и аннотация

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Bem-vindo à série de livros Mestres da Poesia, uma seleção das melhores obras de autores notáveis. O crítico literário August Nemo seleciona os textos mais importantes de cada autor. A seleção é realizada a partir da obra poética, contos, cartas, ensaios e textos biográficos de cada escritor. Oferecendo assim ao leitor uma visão geral da vida e obra do autor. Esta edição é dedicada a Fernando Pessoa, o mais famoso poeta português e figura central do Modernismo. Consagrado escritor, Fernando Pessoa também foi astrólogo, crítico literário, tradutor, correspondente comercial e inventor. Seu legado permanece vivo até hoje. Este livro contém os seguintes textos: Poesia: Mais de 50 poemas selecionados de Álvaro de Campos, Ricardo Reis, Alberto Caeiro, Bernardo Soares, Alexander Search e Fernando Pessoa, ele mesmo. Contos: O Banqueiro Anarquista, Crônica Decorativa, Fábula, Na Farmácia do Evaristo, O Vencedor do Tempo. Cartas: Correspondência do autor com Mário de Sá-Carneiro, Adolfo Casais Monteiro, Ofélia Queiroz, entre outros. E mais seleção de textos do autor sobre ocultismo, política e literatura. Se você gosta de boa literatura, não deixe de conferir os outros títulos da Tacet Books!

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E é a mesma coisa que o corpo.

Por isso se diz que os deuses nunca morrem.

Por isso os deuses não têm corpo e alma

Mas só corpo e são perfeitos.

O corpo é que lhes é alma

E têm a consciência na própria carne divina.

Quando vier a Primavera

Quando vier a Primavera,

Se eu já estiver morto,

As flores florirão da mesma maneira

E as árvores não serão menos verdes que na Primavera passada.

A realidade não precisa de mim.

Sinto uma alegria enorme

Ao pensar que a minha morte não tem importância nenhuma

Se soubesse que amanhã morria

E a Primavera era depois de amanhã,

Morreria contente, porque ela era depois de amanhã.

Se esse é o seu tempo, quando havia ela de vir senão no seu tempo?

Gosto que tudo seja real e que tudo esteja certo;

E gosto porque assim seria, mesmo que eu não gostasse.

Por isso, se morrer agora, morro contente,

Porque tudo é real e tudo está certo.

Podem rezar latim sobre o meu caixão, se quiserem.

Se quiserem, podem dançar e cantar à roda dele.

Não tenho preferências para quando já não puder ter preferências.

O que for, quando for, é que será o que é.

Quando a erva crescer em cima da minha sepultura

Quando a erva crescer em cima da minha sepultura,

Seja este o sinal para me esquecerem de todo.

A Natureza nunca se recorda, e por isso é bela.

E se tiverem a necessidade doentia de "interpretar" a erva verde

sobre a minha sepultura,

Digam que eu continuo a verdecer e a ser natural.

Bernardo Soares

Aos deuses uma coisa se agradeça:

Aos deuses uma coisa se agradeça:

O sono. A vida esqueça

Já que não pode nunca ser feliz.

Por isso, com um rito definido

Encostemos a fronte ao travesseiro

E deponhamos como ante um juiz

O nosso anseio derradeiro.

Sim, o sono, o sossego, o não ser nada

A morte sempre ansiada

[...]

No sossego da fronte que repousa

Alheia a toda a coisa.

O apagamento, bem ou mal, de tudo.

Como quem, roçando um arco às vezes

(early morning)

Como quem, roçando um arco às vezes

Por um violino, ao acaso,

Súbito som excessivamente belo e saudoso

Ouve-se, e não se pode encontrar outra vez,

Às vezes, sou certos gestos súbitos do Momento,

Gemo irrespiradas sensações...

E são um tédio repentino à cor e à hora das coisas

E uma lamúria e longínqua paixão de não estar no mundo.

Árvores longínquas que esperam por mim desde Deus...

Paisagens mais perto da alma... Ou são grandes pálios

Em procissões interminavelmente a mesma...

Levando-me num triunfo de coisa nenhuma, sonolento e voluptuoso,

E perdido fico no Tempo como um momento em que se não pensa em nada...

Ela canta e as suas notas soltas tecem

Ela canta e as suas notas soltas tecem

Penumbras de sentir no (...) ar...

Em torno as coisas todas entristecem

Só para que ela lhes possa ser luar.

Ó alma derramando-se invisível,

Ó natural requinte da expressão...

Rio de som em tua água

Vai boiando em silêncio (...) e insensível

E debruça-se a vê-lo o inextinguível

Esforço de ser perfeito de imperfeição.

Asas de borboletas de só-espírito

Volteiam (...) em torno dos sons

Que a tua voz em espirais

(...)

Loura a face que espia

Loura a face que espia

Cose, debruçada à janela,

Se eu fosse outro pararia

E falaria com ela.

Mas seja o tempo ou o acaso

Seja a sorte interior,

Olho mas não faço caso

Ou não faz caso o amor.

Mas não me sai da memória

A janela e ela, e eu

Que se fosse outro era história [?]

Mas o outro nunca nasceu...

Semitis desilientis aquae

No ar frio da noite calma

Bóia à vontade a minha alma,

Quase sem querer viver

Sente os momentos correr,

Como uma folha no rio,

Sente contra si o frio

Das horas fluidas levando

Seu inerte corpo brando.

Mais do que isto? Para quê?

Tudo quanto o olhar vê

A mão toca, o ouvido escuta,

A consciência prescruta,

É inútil que se escutasse,

Que se visse ou se pensasse.

Entre as margens com arbustos

Luze, na noite dos sustos,

Só o luar repousado,

Ao correr vago e amparado

Do rio deixado em livre

A alma passa, a alma vive.

Ninguém. Só eu e o segredo

Do luar e do arvoredo

Que das margens causa medo.

Nada. Só a hora inútil

Só o sacrifício fútil

De desejar sem querer

E sem razão esquecer.

Prolixa memória, toda.

Rio indo como uma roda,

Noite como um lago mudo,

E a incerteza de tudo.

Recosto-me, e a hora dorme.

Corre-me o que a noite enorme

Atribui à minha mágoa,

Como um ser murmuro de água.

Ninguém; a noite e o luar.

Nada; nem saber pensar.

Raie o dia, ou morra eu

Volte no oriente do céu

O sol ou não volte mais,

Só sempre os tédios iguais

E as horas, calem o medo,

Como o rio entre o arvoredo,

De nocturna consistência,

Com fluida, vaga insistência.

O mal é haver consciência

O peso de haver o mundo

Passa no sopro da aragem

Que um momento o levantou

Um vago anseio de viagem

Que o coração me toldou.

Será que em seu movimento

A brisa lembre a partida,

Ou que a largueza do vento

Lembre o ar livre da ida?

Não sei, mas subitamente

Sinto a tristeza de estar

O sonho triste que há rente

Entre sonhar e sonhar.

Fernando Pessoa, ele mesmo.

O Verdadeiro Segredo Maçônico

O verdadeiro Segredo Maçônico…

É um segredo de vida

e não de ritual

e do que se lhe relaciona.

Os Graus Maçônicos comunicam àqueles que os recebem,

sabendo como recebe-los,

um certo espírito,

uma certa aceleração da vida

do entendimento

e da intuição,

que atua como uma espécie

de chave mágica dos próprios símbolos,

e dos símbolos

e rituais não maçônicos,

e da própria vida.

É um espírito,

um sopro posto na Alma,

e, por conseguinte,

pela sua natureza,

…incomunicável.

Autopsicografia

O poeta é um fingidor

Finge tão completamente

Que chega a fingir que é dor

A dor que deveras sente.

E os que leem o que escreve,

Na dor lida sentem bem,

Não as duas que ele teve,

Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda

Gira, a entreter a razão,

Esse comboio de corda

Que se chama coração.

Não sei quantas almas tenho

Não sei quantas almas tenho.

Cada momento mudei.

Continuamente me estranho.

Nunca me vi nem achei.

De tanto ser, só tenho alma.

Quem tem alma não tem calma.

Quem vê é só o que vê,

Quem sente não é quem é,

Atento ao que sou e vejo,

Torno-me eles e não eu.

Cada meu sonho ou desejo

É do que nasce e não meu.

Sou minha própria paisagem,

Assisto à minha passagem,

Diverso, móbil e só,

Não sei sentir-me onde estou.

Por isso, alheio, vou lendo

Como páginas, meu ser

O que segue não prevendo,

O que passou a esquecer.

Noto à margem do que li

O que julguei que senti.

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