August Nemo - Romancistas Essenciais - Franklin Távora

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Romancistas Essenciais - Franklin Távora: краткое содержание, описание и аннотация

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Na coleção Romancistas Essenciais o crítico August Nemo apresenta autores que fazem parte da história da literatura em língua portuguesa.
Neste volume temos Franklin Távora, autor brasileiro que iniciou o romantismo de caráter regionalista no Nordeste. Uma de suas obras mais marcantes é O Cabeleira, romance passado em Pernambuco do século XVIII. Sua obra é de grande contribuição para os contos literários brasileiros, pela abordagem de lendas e tradições populares, em oposição a uma literatura do sul, considerada cheia de estrangeirismos e antinacionalismos.
Não deixe de conferir os demais volumes desta série!
Essa obra inclui:
– O Cabeleira.
– O Matuto.

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Os náufragos só trataram de salvar-se e fugir; qual se agarrasse aos mangues, então muito bastos e numerosos, que bordam o rio como ilhas de verdura, qual demandasse, a fim de escapar da inclemência da corrente, os bancos de areia formados pelo fluxo e refluxo das marés. Ninguém cuidou mais no Cabeleira senão para se distanciar com horror crescente da sua sombra cruel, do seu vulto fatal e ominoso.

Achavam-se na ponte o pai e o filho, não para serem socorridos, como foram, pelo companheiro, mas para protegerem a sua fuga, caso fosse ele descoberto antes de haver concluído o roubo que assentaram de praticar em um dos armazéns. A denúncia do matuto transtornara esta combinação pela forma que o leitor conhece, não impedindo porém que no essencial viesse ela a verificar-se, porque, ouvindo o trovão do alarido e fazendo conta que o conflito fora provocado pelos amigos como meio de concentrar em um só ponto as gerais atenções a fim de deixá-lo ao abrigo de qualquer surpresa, tratara Teodósio de aproveitar o tempo com a prontidão e perícia que lhe eram habituais em semelhante gênero de ocupação.

Na extremidade de uma vara fora acinte atado um ferro adunco para facilitar o escalamento. Prendê-lo na varanda do armazém, subir pela longa haste até à estiva, passar desta à janela, e saltar dentro fora obra de um instante para o Teodósio. Em poucos minutos quinquilharias preciosas, armas de fogo, perfumarias, miudezas de toda sorte desceram por cordas em suas caixas ou pacotes para a canoa. As gavetas, primeiro que as vidraças foram violadas e revistadas, e o dinheiro que continham passara a povoar o bolso do atrevido roubador.

São tradicionais os roubos que deste modo se praticaram na ponte do Recife por aqueles tempos e durante muitos anos depois. Segundo contam os antigos, eles reproduziram-se no começo deste século com tanta frequência, que os armazéns ao princípio com razão cobiçados pelos comerciantes, perderam de valor, e ficariam de todos depreciados se a polícia, por uma rigorosa vigilância que lhe faz honra, não houvesse impedido a continuação destes atentados.

Quando não houve mais objeto de preço que baldear, Teodósio desceu. Era tempo. Ainda bem não tinha terminado o seu aéreo trajeto, quando dois corpos surgiram dentre ruidoso espumeiro produzido por violenta queda e passaram-se à embarcação. Eram Joaquim e José Gomes que se haviam atirado ao rio para escaparem à prisão, como vimos.

A escuridão que reinava no Capibaribe, as auras da noite e uns restos da enchente favoreceram a evasão dos navegantes. Mantendo-se a igual distância das duas margens, o improvisado canoeiro, ao passo que se subtraía a qualquer inspeção do lado da terra, era arrebatado com os hóspedes pelas águas do canal que são profundas e correm ali com impetuosidade.

Em pouco tempo, contornando o palácio do governador, e deixando à direita o forte Waerdenburch construído em 1631 nas Salinas, hoje Santo Amaro, pelos holandeses que lhe deram esta denominação para honrarem o seu general Diederik van Waerdenburch, seguiu no rumo do sul rompendo, por entre ilhas de mangues, a escuridão e as águas.

Entre as casas de que por esse tempo se compunha a povoação dos Afogados contava-se a de um colono por nome Timóteo, sujeito pontista, como tal conhecido das vizinhanças, e por isso mesmo buscado sempre que se tratava de realizar qualquer transação ilícita ou simplesmente equívoca.

Era uma casa de taipa como quase todas as outras do lugar, e achava-se a pouca distância do forte tomado pelos holandeses sob o comando do Coronel Lourenço van Rembach aos portugueses em 1633 e denominado por estes Forte da Piranga e por aqueles Príncipe Guilherme em honra do príncipe de Orange. Ficava à direita da entrada da povoação, por detrás das primeiras casas. Foi demolido em 1813, pelo intendente da marinha Siqueira, que com o respectivo material aterrou a camboa que contornava pelo lado do rio a primeira casa, na qual morava.

Timóteo estabelecera ali uma vendola ou bodega aonde ia ter o açúcar, a galinha, a colher de prata, a peça de roupa ou qualquer objeto que era furtado pelos negros dos engenhos da redondeza. No exercício desta criminosa indústria comprava-lhes muitas vezes por dez réis de mel coado objetos de valor que revendia depois pela hora da morte aos boiadeiros e almocreves que acertavam de entrar na venda.

Timóteo tivera por companheira uma mameluca de nome Chica, mulher bem apessoada, ainda moça, metida a valentona, finalmente uma dessas mulheres que tomam satisfações a Deus e ao mundo por dá cá aquela palha. Diziam as más línguas que nos primeiros tempos da sua vida com o colono ela lhe fora por diferentes vezes ao pêlo; e que, compreendendo ele que não podia fazer cinco montes, e renunciando à pretensão, que a princípio nutrira, de trazer sopeada a caseira, deixara esta também, por justa compensação de repetir o caridoso ensino com que o edificara logo depois de sua lua-de-mel.

Uma manhã um rapazito descorado parou à porta da bodega, saltou do cavalo abaixo e mandou medir contra-metade de aguardente.

— Olá, menino José. Muito cedo navega você hoje; disse Timóteo ao recém-chegado.

— Parti de Santo Antão na madrugada velha, tornou-lhe o hóspede.

Enquanto o taverneiro aviava o matinal freguês, o cavalo que jejuava desde a véspera pôs-se a devorar a grama do pátio e, sem consciência dos riscos em que se ia meter, foi cair muito naturalmente dentro da pequena roça da mameluca e começou a destruí-la mostrando tenção de dar conta dela.

Mas ainda bem o primeiro jerimum não se havia derretido entre os poderosos molares do faminto animal, quando a dona da plantação desfechou neste tamanho golpe com uma das estacas da cerca, que o pobrezito, dando às popas pelo meio do pátio, foi atirando os sacos aqui, os caçuás acolá, a cangalha além, e desembestou por fim, pela margem afora, em violenta fuga.

Não satisfeita com semelhante desforra, Chica em um pulo ganhou a venda, e investiu com o inofensivo matutinho.

— Amarelo de Goiana! gritou-lhe ela ao pé do ouvido. Não sei onde estou que não te ponho mole com este pau para te ensinar a amarrares melhor a tua besta esganada de fome.

O rapaz, volvendo a vista ao volume humano que lhe acabava de falar e cujos olhos pareciam querer saltar das órbitas, respondeu-lhe sem se alterar nem mover:

— Besta! Besta é ela.

E, senhor de si qual se estivesse gracejando com um amigo, levou o copo aos lábios com o maior sangue-frio que ainda se pôde mostrar na taverna, onde as paixões se acendem com a prontidão do raio.

Irritada por esta represália que a seus olhos pareceu condensar todo o desprezo do mundo, a mameluca não teve dúvida não, e levantou a acha para o rapazito.

Tinha este deposto o copo sobre o imundo balcão quando pressentiu a arremetida; pôde por isso fugir em tempo com o corpo à violenta pancada. A estaca bateu a meio no balcão, e metade dela voou pelos ares em estilhaços que foram quebrar as panelas de barro e as poentas botijas com que se achavam adornadas as sujas prateleiras da pocilga.

Ouviu-se então um estalo, e logo o baque de um pesado corpo. José havia desandado com tanta força uma bofetada na mameluca, que a fizera cair redondamente no chão.

Quis Timóteo acudir à companheira na apertada conjuntora que se lhe desenhou aos olhos com as negras cores de um desastre, ou vergonha para o lar e bodega onde nunca sofrera afronta igual ou que com esta se parecesse. Mas quando apercebia o ânimo para dar o arriscado passo, descobriu na mão de José uma faca de Pasmado que o reteve à respeitosa distância,

Julgando-se José, à vista do agravo que recebera, com direito a público e estrondoso despique, arrastou por uma perna a mameluca, ainda tonta, para o terreiro, e aí com uma raiz de gameleira com que os meninos tinham brincado na véspera, começou a pôr em prática a mais edificativa sova de que nos dão notícia as tradições matutas.

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