Sem perder tempo, parti para Oxford, que ficava a apenas uma curta caminhada de Londres.
Ao contrário de Newcastle, esta área do interior da Inglaterra era dominada por uma cor verde intensa. Ela estendia-se por quilómetros intermináveis, atravessados por uma infinidade de canais de rios construídos durante a revolução industrial em diferentes partes do país.
As suas casas centenárias eram verdadeiras joias arquitetónicas. Foi um prazer perder-me nas suas ruas e respirar aquele clima universitário por onde passara estudantes de todo o mundo.
Cheguei na hora do almoço e comi umas sandes e uma caneca de cerveja num bar movimentado no centro da cidade.
A Universidade era composta por um conjunto de edifícios de estilo gótico, com grandes janelas que inundavam o seu interior com claridade. Ao cruzar o jardim do campus, encontrei à minha direita vários grupos de alunos a conversar sob a sombra de uma árvore, à minha esquerda estava uma equipa a jogar râguebi numa ampla campina e, no final do caminho, vários atletas carregavam nos ombros algumas canoas.
Eu já conhecia o porteiro de investigações anteriores. Era um irlandês atarracado, de meia-idade, com maneiras requintadas, que sempre me cumprimentou calorosamente.
— Boa tarde, Richard. — Como vai isso?
— Muito bem. O que o traz aqui desta vez?
— Estou a procurar a biografia de um aluno que estudou na última década do século passado.
— Isso será fácil de encontrar. Sabe o seu nome e apelidos?
— Sim, James Henson.
— Vá para a secretaria e preencha o formulário.
Ao entrar no prédio, passei por uma sala onde um professor se fazia ouvir numa aula de Filosofia.
Depois de alguns minutos, consegui o arquivo do James. Estudara arqueologia entre os anos noventa e noventa e cinco. Era um orientalista realizado, especializado em escrita cuneiforme. Isso explicava as suas expedições ao Médio Oriente, embora eu ainda não entendesse as suas expedições à América do Sul.
Perguntei novamente a Richard se alguém me poderia ajudar com esse assunto.
— O departamento de orientalistas é o maior do campus. Todos os alunos querem descobrir os mistérios da civilização egípcia.
Eu assenti com a cabeça.
— O mais adequado seria o Professor McKingley. É da mesma promoção. Pode ser que o conheça. Mas esta semana ele participa do Congresso de Arqueologia do Médio Oriente em Berlim. Terá que esperar por ele.
Naquele momento tocou a campainha que encerrou as aulas e a maior parte dos alunos começou a sair com grande alvoroço.
— Quem me poderia informar da expedição à América Latina? — Perguntei, levantando a voz. Ninguém ouviu nada por alguns momentos.
— Vai ter mais sorte com essa parte. Não há muitas pessoas especializadas nesse assunto na nossa Faculdade. A maior especialista nesse campo é Lady Margaret. O seu escritório fica no segundo andar, na ala oeste.
Fui até ao prédio e, após atravessar o imponente átrio, subi ao escritório e bati na porta. Ela recebeu-me com cortesia e fui ao seu escritório.
Lady Margaret usava um vestido verde que realçava ainda mais os seus olhos penetrantes; o seu cabelo loiro estava preso num coque elegante que embelezava o seu rosto, destacando as suas maçãs do rosto proeminentes.
— James? Sim, claro que o conheço. Fomos juntos numa expedição à América do Sul. Estávamos a procurar vestígios de civilizações pré-colombianas.
— Quando foi isso? — Perguntei com um sorriso.
— No início do século.
— Estive a pesquisar aquela expedição na Sociedade Geográfica e quase não encontrei nenhuma informação. Somente no verso de um documento é que estava o seu sobrenome.
— Talvez não tenha feito a pesquisa adequada, — respondeu ela, muito surpresa. — Agora que mencionou, a última vez que verifiquei o registo, ele só mostrava os meus dados. Também foi muito estranho para mim.
Ouvi as suas palavras intrigado; não esperava aquela resposta.
— Vai ter que me desculpar, mas tenho uma aula daqui a nada, — disse ela, levantando-se da cadeira e pegando em alguns livros. Se quiser saber mais, pode passar na minha casa esta tarde.
— Isso seria formidável, Lady Margaret.
— O endereço é Corton Road número cinco. Fica no sul, fora da cidade. Às quatro horas parece-lhe bem?
— Lá estarei.
— É a última casa do quarteirão. A das tulipas na entrada, — ela acrescentou quando saímos para o corredor. — Não tem como errar.
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