Marco Lupis - Entrevistas Do Século Breve

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O Movimento Zapatista colocou em crise Todo o sistema político mexicano, mas não venceu.

O México precisa de democracia e de pessoas acima das partes que a garantam. Se a nossa luta for útil para alcançar este objetivo, não terá sido uma luta em vão. Mas o Exército Zapatista nunca se converterá em um partido político. Desaparecerá. E o dia em que isto acontecer, significará que teremos democracia.

E se isto não ocorrer?

Militarmente, estamos cercados. A verdade é que dificilmente o governo irá querer ceder porque o Chiapas e a selva Lacandona em particular, boiam literalmente sobre um mar de petróleo. E o petróleo do Chiapas é a garantia que o Estado mexicano deu aos Estados Unidos para os bilhões de dólares que os EUA lhes emprestaram. Não pode mostrar aos americanos que não tem o controle da situação.

E vocês?

Nós, em vez disso, não temos nada a perder. E a nossa é uma luta pela sobrevivência e para uma paz digna.

A nossa é uma luta justa.

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Peter Gabriel

O duende do Rock

A cada sua (rara) exibição, o lendário fundador e líder dos Genesis confirma que o seu apetite para cada forma de ensaio musical, cultural e tecnológico é realmente ilimitado.

Encontrei Peter Gabriel para esta entrevista exclusiva no curso da manifestação musical «Sonoria», três dias milaneses totalmente dedicados ao rock. Em duas horas de grande música, Gabriel cantou, dançou e saltou como uma mola, envolvendo o público em um espetáculo que, como sempre, foi bem além de um simples concerto de rock.

No fim do concerto me convidou a subir com ele na limusine que o levava embora e enquanto corríamos para o aeroporto, me falou sobre ele, dos seus projetos futuros, do empenho social contra o racismo e a injustiça ao lado da Amnesty International, da sua paixão pelas tecnologias multimídia e os segredos do novo disco, «Secret World Live», que estava para lançar em todo o mundo.

O fim do racismo na África do Sul, o fim do apartheid; foi também uma vitória do rock?

Foi uma vitória do povo sul-africano. Mas acredito que a música rock tenha contribuído com este resultado, tenha de algum modo assistido.

De que modo?

Penso que os músicos tenham feito bastante para elevar o nível de consciência da opinião pública europeia e americana para este problema. Escrevi também canções como "Biko", para fazer com que os políticos de muitos países sustentassem as sanções contra a África do Sul e fizessem pressão. São pequenas coisas que certamente não mudarão o mundo, mas fazem uma diferença, uma pequena diferença que envolve todos nós. Nem sempre são as grandes manifestações, os gestos evidentes, para conseguir o melhor sobre a injustiça.

Em que sentido?

Vou dar-lhe um exemplo. Nos Estados Unidos há duas velhinhas do Meio-Oeste que são o bicho papão de todos os torturados da América Latina. Passam o tempo escrevendo para os diretores dos cárceres, sem trégua. E, sendo muito bem informadas, geralmente as suas cartas são publicadas com grande evidência nos jornais americanos. E, ainda, com frequência acontece que os prisioneiros políticos dos quais difundiram os nomes comecem quase como milagre, a ser deixados em paz. Isso, digo, quando falo de pequenas diferenças. No fundo, a nossa música é como uma carta delas!

O seu empenho contra o racismo liga-se estreitamente à atividade da sua etiqueta, a Real World, a favor da música étnica...

Com certeza. Para mim, foi uma grande satisfação reunir músicos tão diferentes, pertencentes a países tão longínquos, da China à Indonésia, da Rússia à África. Produzimos artistas como os chineses Guo Brothers ou o paquistanês Nusrat Fateh. Nos seus trabalhos, como naqueles dos outros músicos da Real World, senti muita inspiração. O ritmo, as harmonias, as vozes... Já de 1982, do resto, tinha começado a trabalhar nesta direção, organizando o festival de Bath, que era, no fundo, também a primeira aparição pública de uma associação que tinha acabado de fundar e que se chamava “Womad - World of Music Arts and Dance”. Ali, a gente podia participar ativamente do evento, tocando em muitos palcos junto aos grupos africanos. Enfim, foi uma experiência tão exaltante e significativa que, sucessivamente, foi repetida em muitas partes do mundo: Japão, Espanha, Tel Aviv, França...

Por isso, você é considerado o criador da World Music?

Real World e a World Music são principalmente uma etiqueta comercial, que publica música de artistas de todo o mundo para que aquela música possa chegar em todo o mundo, nas lojas de discos, nas rádios... Porém, eu espero que esta etiqueta desapareça logo, quando os artistas que incidem para mim ficarão famosos. Enfim, gostaria que acontecesse aquilo que aconteceu com Bob Marley e a música reggae: as pessoas não dizer mais «é reggae», diz «é Bob Marley». Espero que pouco a pouco ninguém mais diga dos meus artistas «é World Music?»

Ultimamente, você manifestou um grande interesse em relação às tecnologias multimídia. O seu CD-ROM «Xplora 1» despertou um enorme interesse. Como e liga tudo isso à atividade da Real World?

Neste CD-ROM podem ser feitas tantas coisas, entre as quais escolher as músicas de cada um dos artistas clicando na capa do disco. Eu, porém, gostaria de muito mais coisas deste tipo, porque a interatividade é um meio para fazer chegar a música às pessoas que não sabem muito a respeito. No fundo, o que a Real World está tentando fazer é fundir a música tradicional, feita a mão, vamos dizer assim, com as novas possibilidades oferecidas pela tecnologia.

O que quer dizer então, para você, a música rock enfim não basta mais por si mesma, precisa de uma intervenção do ouvinte. Você gostaria que cada um pudesse colocar as mãos no produto - rock?

Não sempre. Eu, por exemplo, a maior parte das vezes ouço música no carro e não quero ter que precisar de uma tela ou de um computador, para poder fazê-lo. Mas, quando me interessa um artista ou quero saber alguma coisa a mais sobre a sua história, de onde vem, o que pensa, então aí é que com o domínio da multimídia disponho de um material visual que me satisfaz. Enfim, gostaria que todos os CDs tivessem, no futuro, estes dois níveis de fruição: ser simplesmente ouvidos ou ser literalmente "explorados". Em “Xplora1”, quisemos construir um pequeno mundo dentro do qual as pessoas possam se mover e decidir, tomar decisões interagir com o ambiente e com a música. Dentro do cd, podem ser feitas várias coisas. Como visitar de modo virtual os estudos de registro da Real World, acessar muitos eventos (a premiação do Grammy Awards ou o Womad Festival, entre outros), ouvir músicas de concertos, repercorrer a minha carreira do Genesis ate hoje e, enfim, remixar a gosto as minhas canções.

E também cascavilhar no seu guarda-roupa, sempre de modo virtual, digamos...

É verdade ( ri ). Pode-se também cascavilhar no guarda-roupa de Peter Gabriel!

Tudo isso parece longe anos-luz da experiência dos Genesis. O que restou daqueles anos? Nunca teve vontade, por exemplo, de fazer outra rock-ópera como «The lamb lies down on Broadway»? E tudo superado?

Não é fácil responder. Penso estar ainda interessado em algumas daquelas ideias, mas de um modo diferente. Em certo sentido, aquilo que eu tentava fazer no último período com os Genesis não é fácil responder. Penso estar ainda interessado em algumas daquelas ideias, mas de modo diferente. De certo modo, aquilo que eu tentava fazer no último período com os Genesis era ligado ao domínio da multimídia. Naquele tempo, a sensibilidade do som era limitada pela tecnologia da época. Agora, gostaria de ir ainda mais adiante ao longo deste caminho...

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