Seria bom ter uma chance de provar isso, Pensou.
Finalmente, Crane disse, “Recebi um telefonema interessante ontem à noite – de um certo agente especial Brent Meredith em Quantico. Você nunca acreditaria no que ele me disse. Ah, mas provavelmente até sim.”
Sam gemeu de aborrecimento e disse, “Vamos lá, chefe. Vamos direto ao assnto. Liguei para o FBI no final da tarde passada. Conversei com várias pessoas antes de finalmente me conectar com Meredith. Eu pensei que alguém deveria ligar para o FBI. Eles deveriam estar aqui ajudando-nos.”
Crane sorriu e disse, "Não me diga. É porque você ainda acha que o assassinato de Gareth Ogden na noite anterior foi o trabalho de um serial killer que mora aqui em Rushville.”
Sam revirou os olhos.
“Eu preciso explicar tudo de novo?” Ela perguntou. “Toda a família Bonnett foi morta aqui uma noite, dez anos atrás. Alguém bateu em suas cabeças com um martelo. O caso nunca foi resolvido.”
Crane assentiu e disse, “E você acha que o mesmo assassino saiu da toca dez anos depois.”
Sam encolheu os ombros e disse, “Há, obviamente, alguma conexão. O MO é idêntico.”
Crane de repente levantou a voz um pouco.
“Não há conexão. Nós passamos por tudo isso ontem. O MO é apenas uma coincidência. O melhor que podemos dizer é que Gareth Ogden foi morto por algum vagabundo que passava pela cidade. Estamos seguindo cada pista. Mas, a menos que ele faça a mesma coisa em outro lugar, é provável que nunca o peguemos.”
Sam sentiu invadir-se por uma onda de impaciência.
Ela disse, "Se ele era apenas um vagabundo, por que não havia sinal de roubo?"
Crane bateu na mesa com a palma da mão.
"Droga, você não desiste de suas idéias, não é? Nós não sabemos se não houve um roubo. Ogden era burro o suficiente para deixar a porta da frente aberta. Talvez ele também fosse burro o suficiente para deixar um maço de dinheiro em sua mesa de café. O assassino viu e decidiu servir-se, batendo na cabeça de Ogden no processo.”
Recolhendo as pontas dos dedos novamente, Crane acrescentou…
"Agora, isso não soa mais plausível do que um psicopata que passou dez longos anos… fazendo exatamente o quê? Hibernando, talvez?”
Sam respirou longa e profundamente.
Não comece com ele novamente, Disse a si mesma.
Não fazia sentido explicar de novo por que a teoria de Crane a incomodava. Por um lado, e o martelo? Ela mesma notara que os martelos de Ogden ainda estavam perfeitamente arrumados no seu baú de ferramentas. Então, o assassino levava um martelo consigo enquanto andava de cidade em cidade?
Era possível, claro.
Mas parecia-lhe algo ridículo.
Crane grunhiu de mau humor e acrescentou, “Eu disse ao Meredith que você estava entediada e era excessivamente imaginativa e para esquecer tudo isso. Mas, francamente, toda a conversa foi embaraçosa. Eu não gosto quando as pessoas passam por cima de mim. Você não tinha que fazer essas ligações. Pedir ajuda do FBI é meu trabalho, não seu.”
Sam estava rangendo os dentes, lutando para manter seus pensamentos para si mesma.
Ela conseguiu dizer em voz baixa…
"Sim, chefe."
Crane soltou um suspiro de alívio.
"Vou deixar isso passar e não tomar nenhuma ação disciplinar desta vez" Disse ele. “A verdade é que eu ficaria muito mais feliz se nenhum dos caras descobrisse que isso aconteceu. Você contou a mais alguém aqui sobre suas travessuras?”
"Não, chefe."
"Então continue assim" Disse Crane.
Crane virou-se e começou um novo jogo de Tetris quando Sam saiu de seu escritório. Ela foi até a sua mesa, sentou-se e ficou em silêncio.
Se não posso falar com alguém sobre isso, sou capaz de explodir, Pensou.
Mas ela apenas prometeu não conversar com os outros policiais.
Então, quem restava?
Ela conseguia pensar em exatamente uma pessoa… aquela que era a razão pela qual ela estava ali, tentando fazer esse trabalho…
Meu pai.
Ele tinha sido um policial ativo ali quando a família Bonnett fora assassinada.
O fato de o caso não ter sido resolvido o assombrou por anos.
Talvez papai pudesse me dizer alguma coisa, Pensou.
Talvez ele tenha algumas ideias.
Mas Sam desanimou quando percebeu que não seria uma boa ideia. Seu pai estava em uma casa de repouso local e estava sofrendo de ataques de demência. Ele tinha seus dias bons e seus dias ruins, mas levantar um caso de seu passado quase certamente o perturbaria e confundiria. Sam não queria fazer isso.
Agora não tinha muito o que fazer até que seu parceiro, Dominic, aparecesse para a sua ronda matinal. Ela esperava que ele chegasse logo, para que pudessem dar uma volta na área antes que o calor ficasse muito opressivo. Esperava-se que quebrasse alguns recordes naquele dia.
Enquanto isso, não valia a pena em se preocupar com coisas que não dependiam de si – nem mesmo a possibilidade de que um serial killer pudesse estar bem ali em Rushville, se preparando para atacar novamente.
Tente não pensar nisso, Disse a si mesma.
Então ela zombou e murmurou em voz alta…
"Como se isso fosse acontecer."
O celular de Riley tocou enquanto Blaine os levava de volta a Fredericksburg. Ela ficou surpresa e inquieta ao ver de quem era a chamada.
Isso é algum tipo de emergência? Perguntou-se.
Gabriela nunca ligava para ela só para conversar e fez questão de não ligar durante suas duas semanas na praia. Ela só enviou um texto ocasional para deixar Riley saber que tudo estava bem em casa.
A preocupação de Riley cresceu quando atendeu e ouviu uma nota de alarme na voz de Gabriela…
“Señora Riley, quando chega a casa?”
"Daqui a meia hora" Disse Riley. "Porquê?"
Ela ouviu Gabriela respirar fundo e depois dizer…
"Ele está aqui."
"Quem está aí?" Riley perguntou.
Quando Gabriela não respondeu imediatamente, Riley entendeu…
"Oh meu Deus" Disse ela. "Ryan está aí?"
" Sí " Disse Gabriela.
"O que ele quer?" Riley perguntou.
“Ele não diz. Mas ele diz que é algo importante. Está esperando por você."
Riley quase pediu a Gabriela para colocar Ryan no telefone. Mas então ocorreu a ela – o que quer que Ryan quisesse provavelmente não era nada que ela quisesse discutir no telefone agora. Não com todo mundo ali no carro.
Em vez disso, Riley disse, "Diga a ele que logo voltarei para casa".
"Eu digo" Assentiu Gabriela.
Terminaram a ligação e Riley ficou olhando pela janela do SUV.
Depois de um momento, Blaine disse, "Hum … ouvi você dizer algo sobre…?"
Riley assentiu.
Sentadas atrás deles ouvindo música, as garotas não tinham ouvido nada até aquele momento.
"O quê?" Perguntou April. "O que está acontecendo?"
Riley suspirou e disse, "É seu pai. Ele está em casa esperando por nós.”
April e Jilly manifestaram a sua contrariedade.
Então Jilly disse, "Você não poderia dizer a Gabriela para fazê-lo ir embora?"
Riley estava tentada a dizer que realmente gostaria, mas não seria justo descarregar essa tarefa em Gabriela.
Em vez disso ela disse…
"Você sabe que não posso fazer isso."
April e Jilly gemeram de desânimo.
Riley podia entender como suas duas filhas se sentiam. A última visita não anunciada de Ryan fora desagradável para todo mundo – incluindo Ryan. Sua tentativa de entrar novamente na vida das garotas saíra pela culatra. April tinha sido fria com ele e Jilly fora totalmente rude.
Riley não fora capaz de culpar nenhuma delas.
Muitas vezes, Ryan enchera-as de esperança de que ainda poderia agir como um pai, mas destruíra as esperanças novamente e as garotas não queriam nada com ele.
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