Dionigi Cristian Lentini - Historia Romanceada Da Guerra De Tróia

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Romance para rapazes… e não só.
Um romance baseado na Ilíada de Homero. Um mito é um modo para dar um sentido a um mundo sem sentido. Os mitos são modelos narrativos que dão um significado à nossa existência. (Rollo May). A mitologia não é uma mentira, a mitologia é poesia, é metáfora. Certamente foi dito que a mitologia é a penúltima verdade – penúltima porque não pode ser expressa com palavras. É mais que palavras. (Joseph Cambell).
Fascinante epopeia histórica - mitológica, com a sua enorme carga de dor e de morte, tem início a partir de um triângulo amoroso cujos lados são: Elena, “femme fatale” ante litteram da lenda homérica; Paride, herói do clássico fascínio viril; Menelao, pálido soberano de Sparta, sobrecarregado da contenda com o valoroso irmão Agamennone. O encontro entre estas personagens vai activar um destino denso de Pathos: Paride, filho do rei Priamo e loucamente apaixonado põe Elena, foge com ale; Menelao, já esposo de Elena, ofuscado pelo ciúme e desejo de vingança, vai declarar guerra em Tróia dando inicio a uma catastrófica tragédia que durará dez anos. Em torno a este núcleo central, ganharão vida, ora emaranhando-se ora dissolvendo-se, infinitas vicissitudes ligadas entre elas do invisível Destino: insondável e misterioso, verdadeiro deus ex machina da mitologia grega, o Destino supera, com o seu determinismo absoluto, até a vontade dos deuses. Nesta versão romanceada da epopeia troiana o autor parece já saber que o leitor ficará, contra a sua vontade, seduzido pela trama e que, como as crianças postas diante de uma fábula, no fim de cada capítulo procurarão saber com curiosidade irresistível: “E depois?”.

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HISTÓRIA ROMANCEADA DA GUERRA DE TRÓIA

Um romance livremente inspirado na Ilíada de Homero

de Dionigi Cristian Lentini

Tradução de Aderito Francisco Huo

Todos os direitos reservados Copyright 2021 AO meu pai Por terme transmitido - фото 1

Todos os direitos reservados @ Copyright 2021

AO meu pai

Por ter-me transmitido

O amor pela mitologia clássica

PREFÁCIO

Ao cuidado da Dr.ª Consiglia Mosca

Num livro editado dois anos atrás, com o título Triângulos diabólicos, pesquisa sobre um arquétipo do mal, vem escrito entre outras coisas:

“O ciúme é um sentimento omnipresente. Mais, é uma das principais declinações da alma humana, relevável desde as noites dos tempos e substancialmente avulsa dos condicionamentos histórico - sociais. Não é por acaso que a mitologia clássica o representou e tipificado ”1.

E mais a frente o conceito vem melhor definido:

No mito……………………, o ciúme é parteira da tragédia e do sangue ”. 1

Aqui prevemos que este sentimento, sempre susceptível de desvios alarmantes, representantes da outra face do amor: sejam um como o outro estado da alma, movem na medida proeminente as acções dos homens e, por dentro do mito, mesmo aquelas dos próprios deuses.

A guerra de Tróia, com a sua enorme carga de dor e de morte, toma justamente início a partir de um triângulo amoroso cujos lados são: Helena, “femme fatal” ante litteram da lenda homérica; Páris, herói do clássico fascínio viril; Menelau, pálido soberano de Esparta, sobrecarregado pela contínua contenda com o valoroso irmão Agamenon.

O encontro entre estas personagens vai activar um destino denso de pathos : Páris, filho do rei Príamo e loucamente apaixonado por Helena, foge com ela; Menelau, já esposo de Helena, cegado por ciúme e desejo de vingança, vai declarar guerra em Tróia dando inicio a uma catastrófica tragédia que vai durar dez anos.

Em volta deste núcleo central, ganharão vida, ora emaranhando-se ora dissolvendo-se, infinitas vicissitudes ligadas entre elas a partir do invisível Destino: insondável e misterioso, verdadeiro deus ex machina da mitologia grega, o destino supera, como o seu determinismo absoluto, até a vontade dos deuses.

Como Ilíada, cuja escrita de Cristian se refere, assim todos os mitos da antiguidade, longe de propor simplesmente uma pequena história inventada, absolviam à mesma função que hoje vem assumida pela psicanálise. Denso de simbolismo, efectivamente, o mito escavava profundamente na alma do homem tornando-o consciente das usas ocultas pulsões e libertando-o da escravidão do incógnito.

O triangulo amoroso constitui portanto a dinâmica de fundo – ele-ela-o outro – sobre a qual implantam-se infinitas variações, conforme um cenário espácio-temporal que nunca se repete nas suas exigências/instâncias fundamentais. E isso acontece tanto na vida real como na reproposição artística, sobretudo no teatro, no cinema e na literatura.

A história de Helena, Páris e Menelau, representa pois “um arquétipo”, um modelo primário recorrente na complexa lógica dos sentimentos humanos. Até ao ponto de ser considerado o arquétipo do mal em absoluto.

Nada de estranho se o enredo homérico, não obstante o transcorrer de séculos íntegros, volta de vez em quando para fascinar e envolver.

Poucas semanas atrás, repentinamente, este escrito muito fluido e cativante de Cristian, solicitou a minha mente restituindo-lhe o prazer perdido de “ouvir contos”, aquela ancestral atitude infantil para seguir as míticas fabulações, desde a narração fantástica dos avôs, até os enredos empolgantes de fábulas e lendas.

Comecei a ler e continuei até ao fim, duma só vez, detendo-me frequentemente nas páginas porque, continuamente, nomes e situações engatavam-se em inumeráveis pormenores ha tempo submersos na minha memória apinhada. As sinapses tornadas preguiçosas retomando altitude e reconduzindo-me a leituras que pareciam esquecidas.

Desta forma voltei com satisfação aos anos do liceu, quando, entre estudantes, brincava-se ridicularizando às vicissitudes emaranhadas e incríveis desta acólita ruidosa, feita de personagens e divindades que, entre a mesquinhice e paixão, muitas vezes roçavam o fascínio da loucura.

Mesmo, aprisionados contra a nossa vontade entre livros e velhos bancos, não teríamos por ventura admitido agora que, no fundo, aquelas vicissitudes nos encantarão. Podia suceder que, depois da aula, permanecesse em nós a forte curiosidade de saber quais aspectos teriam tido a história da qual estávamo-nos ocupando pelo mero dever escolar.

Tem razão quem sustenta que o poema homérico não seja outra coisa que o resultado harmónico e poético de uma tradição oralmente transmitida: bastante correspondente à existência terrena, são os conflitos e as situações nele reportadas.

Com esta sua versão romanceada da epopeia troiana, parece que Cristian propõe-se acenando, entre o convidativo e o divertido. Uma espécie de jogo…quase uma aposta.

Parece já saber que o leitor ficará, contra a sua vontade, seduzido pelo enredo e que, como as crianças postas diante de uma fábula, no fim de cada capítulo procurará saber com curiosidade irresistível: “e depois?”.

Consiglia Mosca

Mottola, 10 de Junho de 2009

ÍNDICE

Prólogo Prólogo No tempo em que homens, deuses e heróis eram os únicos verdadeiros donos do seu Tempo, entretendo as próprias existências, confundindo o próprio comportamento/actos, assimilando e partilhando os próprios sentimentos, o Destino deixava reviver, assim como já tinha feito milhões de outras vezes, assim como faz todos os dias não obstante a nossa inconsciência e assim como fará até ao último dia da existência humana, a vicissitude histórica, fantástica e sobretudo do intimo que com a extraordinária acção, a dinâmica narrativa, o enredo épico, os aspectos psicológicos, os eternos indeléveis valores, inspirou, marcou e condicionou o natural curso da história.

Prometeu, as núpcias de Tétis e Peleu e o pomo da discórdia

O julgamento de Páris e o regresso à Tróia

O rapto de Helena

O princípio da guerra

À procura de Ulisses e de Aquiles

A injúria à Artemísia e o sacrifício de Efigénia

A perda de Filoctetes

O primeiro ano de guerra

Criseida e Briseida, o abandono de Aquiles e a vingança de Ulisses

O duelo entre Páris e Menelau

Diomedes e Glauco

O encontro de Heitor e Andrómaca

O duelo entre Heitor e Ájax Telamónio

O duelo entre Pátroclo e Serpedonte e a morte de Pátroclo

O duelo entre Aquiles e Heitor

Os funerais de Pátroclo

A humilhação de Príamo e a restituição do corpo de Heitor

As Amazonas de Pentesiléa e os Etíopes de Memnon

A morte de Aquiles

A demência de Ájax

As três condições

Filoctetes, Neoptólemo e a morte de Páris

O rapto de Paladio

O cavalo e Sinone

A queda de Tróia

Apêndice A – “Os deuses gregos”

Apêndice B – “Genealogias”

Apêndice C – “A Grécia e Tróia”

O Autor

Bibliografia

Prólogo

No tempo em que homens, deuses e heróis eram os únicos verdadeiros donos do seu Tempo, entretendo as próprias existências, confundindo o próprio comportamento/actos, assimilando e partilhando os próprios sentimentos, o Destino deixava reviver, assim como já tinha feito milhões de outras vezes, assim como faz todos os dias não obstante a nossa inconsciência e assim como fará até ao último dia da existência humana, a vicissitude histórica, fantástica e sobretudo do intimo que com a extraordinária acção, a dinâmica narrativa, o enredo épico, os aspectos psicológicos, os eternos indeléveis valores, inspirou, marcou e condicionou o natural curso da história.

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